
Está chegando 15 de Novembro - o feriado que meu pai faleceu. Quando chega o mês de Novembro, começo pensar nele mais que nunca. Relembro das histórias e de todas as fases que passamos juntos, e quantas lições de vida aprendi. Lições, essas, que só entendi muitos anos mais tarde.
Você nunca vai entender o porque seus pais se preocupam tanto com você, até ter um filho ou perdê-los. Você nunca vai entender o porque seus pais são enérgicos ou inflexíveis, sem vê-los chorando por ter que fazer isso. Educar requer força. Educar nem sempre é dar ou dizer o que os filhos esperam. O meu pai era o homem mais brilhante que eu conheci. Meu pai era dotado de uma sabedoria que eu não compreendia. Ele foi um homem que tinha sede de viver. Tudo o que fazia, fazia com determinação e ânimo - algo que sempre me surpreendia - como aquele homem nunca desanimava? Se eu disser, por um momento, que uma única vez, vi aquele homem enfraquecido ou desmotivado, estaria mentindo para mim mesmo. Pois ele buscava motivos para sempre estar em pé lutando, batalhando dia após dia. Um desses motivos era os filhos: meu irmão, mais velho, e eu.
- Um dia eu cheguei em casa e fui pedir dinheiro ao meu pai. Eu devia ter 10 anos. Ele me perguntou o destino do dinheiro. Respondi que era para pagar uma aposta que eu tinha feito com um primo. Logo em seguida, eu disse que não achava certo eu ter que pagar aquela quantia (2 reais). Meu pai deu-me, com tom de palestrante (o jeito natural dele falar), duas grandes lições, tão sábias, que carrego até hoje. Ele disse-me: " Filho, vou te ensinar uma coisa, nunca entre em apostas que envolvam dinheiro, pois os riscos são altos. Mas se prometer algo cumpra! Cumpra, mesmo chorando, o que prometer sorrindo... está aqui o dinheiro!".
Momentos, como o citado à cima, sempre ocorreram em minha vida. Eu tinha ao meu alcance um sábio pai que, ao mesmo tempo, foi a pessoa que eu mais odiei (e ele sábia!). Porém, como meu pai via a frente de seu tempo, não se importava em eu odiá-lo, pois sábia que, um dia, eu seria grato à ele. E sou! Ele cobrava-me perfeição. Ele cobrava-me acertos, vitórias, e se possível, o impossível. Ele era duro na queda e não descansava enquanto eu não fosse o melhor no trabalho que ele tinha me designado. Isso gerou, na época, em mim um desejo de sumir. Não suportava viver sempre sob pressão e competição. No fundo, meu pai queria que eu fosse melhor que ele e que fosse tudo o que ele não conseguiu ser. Hoje, sou muito forte (física e psicologicamente). Mato um leão por dia.
[Pai, eu quero te dizer que, mesmo com todas as nossas brigas, você foi o melhor homem do mundo. Dou graças a Deus por ter o pai que tenho. A vida é um livro que agente só pode ler depois de escrito por completo, e nunca capítulo por capítulo. Um dia agente se encontrará numa bem melhor]
3 comentários:
Gostei mto do seu blog ^^
como vc deve ter percebido, fiz o meu hj, porque amo escrever.
espero que você me visite mais vezes, assim como também irei te visitar. Gostei do seu jeito de escrever :)
um Grande Beijo Nany Rabello~
Olá! ^^ Prazer em conhece-lo! Tbm gostei muito do teu blog! Parabéns! ...E achei realmente Lindo o teu post! Parabéns²!
Muito sucesso para você e teu blog! =]
Cuide-se! Até mais! ^^
Filho....um ser vitorioso mesmo antes de nascer...ver esse céu, esse sorriso nos lábios de pessoas que te amam e que te fazem feliz...Somos vitoriosos em uma corrida de milhões de espermatozóides querendo alcançar um único óvulo e aqui esta vc...filho....homem...Jonas Souza, assim como mãe te digo, viva a vida a cada minuto como aquele em que um dia te fez ser vitorioso, seu pai com certeza e tua mãe tem muito de vc e vc tem deles e isso nunca nem a morte nem a vida vai poder te tirar de dentro de vc..e Deus que faz parte integrante de sua alma divina te iluminará em todos os momentos de sua super vida...viva simplismente..e simples demais...rs
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