
Após estes meses de pausa e boas reflexões – necessárias -, agora começo a me situar da realidade presente. Não que eu estivesse latente, apenas relaxei. Para me recarregar. Eu estava bem desgastado. Esses meses que passaram foram de intenso descanso, onde o principal objetivo que me dei foi, realmente, dormir. Acumular forças. Energias.
Hoje com a mente e o corpo descansados, posso me sentir seguro para começar a dar início a novos projetos. Pensar sobre minha vida profissional por exemplo. Agora sinto meu próprio corpo me chamando para novos rumos. Aos poucos.
Esse tempo que passou, para mim foi muito enriquecedor em vários sentidos. Porque pude perceber a vida com outros olhares. Com uma certa calma que, quando no meio da vida tumultuada, não enxergava com clareza pequenos detalhes. Constatei que eu tinha coisas na minha vida que eu não aproveitava bem. A lista vai de roupas à pessoas!
Tenho me sentido renovado, com ideias mais frescas e com o coração mais apaziguado. Notei que o trabalho pode nos tirar a essência da vida quando não tomamos cuidado. Não apenas o trabalho, qualquer coisa em que nos dedicamos demasiadamente. Faz mal exageros. Aprendi que temos setores na vida. Família. Amigos. Trabalho. Afetivo. Pessoal. Esse último é tão importante. Eles precisam ser bem preenchidos, em dosagens iguais.
Com a bagagem cheia de livros lidos, filmes assistidos, conversas interessantes, reflexões profundas (dolorosas), sinto-me como voltando de viagem. Uma viagem que fui ao meu encontro. Um resgate talvez? Não sei se melhor ou pior, certamente estou diferente de antes. Olho para trás às vezes, na tentativa de relembrar algumas coisas e comparar com o momento presente... mas logo em seguida paro. Besteira! Já passou. É aí então que eu percebo como é fácil a gente viver nessa de sempre comparar o passado com o presente. Acredito que é porque constantemente tentamos nos dizer se estamos no lucro ou no prejuízo. E de alguma forma, vai saber porquê, nos conforta quando nos dizemos que acertamos. Vai saber o que realmente é certo...
Pra mim o certo é um só. Estar vivo. Seja com um troféu nas mãos ou com uma lição na bagagem, ou com uma boa história pra contar, certamente estar vivo é o que mais importa.
Com a certeza de que estou feliz comigo mesmo e agradecido com a vida, procuro olhar para trás com orgulho por tido coragem, humildade e determinação nos momentos em que a vida me pedia um pouco mais.
[/ “Viva uma vida boa e honrada. Assim, quando você ficar mais velho e pensar no passado, poderá obter prazer uma segunda vez.” (Dalai Lama) ]
2 comentários:
Nossa!! Nem comentei o outro ainda e você postou mais um!! Que inspiração!!
Bem Jonas, me parece que esse tempo só para você foi bom e lhe fez bem.
Você teve tempo de por as ideias em ordem, reciclar seu sentimentos literalmente.
Jogar fora o que não mais lhe pertencia; a carga extra. Se seguimos viagem com bagagem demais, uma hora fica demasiadamente pesado continuar.
Precisamos sempre deixar o passado no passado (let bygones be bygones)
Por isso esse tempo é necessario, para encará-lo, digerí-lo e depois seguir em frente mais leve.
Renovar as energias é importante, esfriar a cabeça também. Pois agora você está ciente do que realmente quer daqui para frente.
Parece algo simples e até bobo, mas nem sempre sabemos o que queremos.
Desejo tudo de bom e muita luz nos caminhos futuros a serem trilhados!!
Hugs!
Teacher
Aline,
de vez em quando eu "dou uma limpa" nas minhas gavetas, no meu guarda-roupa, tento reaproveitar algumas coisas e outras jogar fora, e logo em seguida penso na minha vida: o que há nela que não está legal, que está me incomodando, que eu preciso resolver? Aí então, da mesma forma como faço com o meu quarto, faço com a minha vida. Analiso. Repenso. Se tem como transformar transformo, se não eu jogo fora. Sentimentos. Lembranças. Conceitos. Pessoas! Isso não é egoísmo.
Como você mesmo falou, a partir daí, dessa "limpa", a gente dá um "up", e com menos coisas inúteis no caminho melhor a passagem. Mais espaço para novas coisas entrar.
Adorei o comentário
Hugs!
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