terça-feira, 29 de dezembro de 2009

FELIZ ANO NOVO!!! FELIZ 2010!!!


[/Viver!
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz...

Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita... (O que é? O que é? Gonzaquinha) ]



Mais um ano que passa, mais um ano que vem...
Dezembro foi sempre o mês do ano que eu mais gostei. Gosto do natal, da energia que paira no ar, da virada de ano e da vontade de celebrar. Nessa época, é normal a gente olhar lá pra trás e ficar tentando ver onde erramos, onde acertamos, onde marcou mais, onde foi mais difícil.
Mais eu sempre digo uma coisa, olhar para trás para ver se cumprimos o prometido e fazer o ‘balanço’ é até necessário, mas depois de feito isso, ficar se culpando pelos resultados não é legal. Sempre restará aquela sensação de ‘eu podia ter feito mais’. Então fiz o que deu, e se não deu ao menos eu tentei! Se eu errei, eu aprendi. Se eu chorei, eu também ri. Seja como for eu vivi, ainda estou vivo e de um jeito ou de outro, certamente valeu a pena.
Não conheço alguém que conseguiu fazer, exatamente, o que se propôs. Porque a ninguém cabe o poder de controlar a vida. A gente até pode planejar como gostaríamos de ser e o que gostaríamos de fazer, a partir disso, ter coragem para lutar, ter paciência para esperar e maturidade para entender que nem tudo vai ser como queremos, mas a vida continua. Isso é fato. É regra. E, graças a Deus, é assim. Ou tudo seria muito fácil.

Esse ano foi difícil para mim. Foram meses de luta, de novidades, de correria, de intensas transformações e mudanças, mas, principalmente, foi um reencontro comigo mesmo. Quem acompanhou o Blog, talvez tenha percebido que havia sempre uma atmosfera meio tensa, quase uma névoa. Eu me sentia tentando sair da lama, depois de estar com os dois pés bem fincados.
Hoje estou melhor. Hoje olho para trás, sem cobrança, e me convido ao próximo ano. De peito aberto e querendo voar, sei que tenho coragem, paciência e maturidade.
Fiz muitas amizades boas. Algumas até digo sinceramente, jamais serei capaz esquecer. Passei por grandes surpresas e nessas reviravoltas senti o calor desses amigos ao meu lado. Pois então, hoje afirmo: amigo não é aquele que sempre está ao seu lado, mas é aquele que quando ninguém mais estiver (ou quiser) ele está!

OBRIGADO! De coração... obrigado!

Aprendi muito com o primeiro ano de faculdade. Minha visão de mundo se ampliou e sei que até agora tudo que aprendi é tão pequeno perto da vida – a vida nunca pára de me surpreender -. Superei fases complicadas no meu trabalho. Não vou negar que houve momentos em que pensei em desistir. Mas não desisti! Aprendi que forte não é o que nunca cai, é o que sempre levanta.

Não posso deixar de dar o meu sincero “Obrigado!” às pessoas que me ajudaram na campanha deste natal. Foi um sucesso em todos os sentidos; acho até que quebramos nosso recorde: mais de 300 presentes, entre brinquedos, roupas, calçados, doces etc. Fomos mais longe. Doamos para mais crianças. Foi mais difícil – alguns imprevistos engraçados! -, mas no fim sensação de compensação.

Que neste finalzinho de ano a gente repense nossos valores, nossas atitudes até agora e em tudo que nos trouxe até aqui, então partamos rumo a 2010! Com a coragem para lutarmos por nossos sonhos. Com a força para quebrar nossos recordes. Com ousadia atravessarmos fronteiras e com a vontade de irmos a cada dia mais longe!


[/ Eu posso ser escravo do ontem, mas sempre sou dono do amanhã! Feliz 2010! Tim Tim o/\o/\o ]

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A HORA É AGORA: SE ABRA PRA VIDA!!!


[/ Quando é um convite à vida aceite de braços abertos!]


Ultimamente tenho vindo com pouca frequência aqui no Blog. Não estou tendo muitas inspirações e acredito que é devido ao ritmo acelerado de vida em que estou. Tenho feito tantas coisas num único dia que, às vezes, chego à noite e tenho dificuldade em me desligar. Parece que um desejo de viver me consome por dentro com tamanha força que vai acabar por me engolir. Eu tenho pressa de viver, de abraçar a vida e senti-la! Sem impulsividade, mas com total entrega e intensidade. Aí sinto como se a vida me pedisse calma, para que fosse desvendada aos poucos...

Esse Blog, que começou como uma forma de extravasar os fantasmas de um adolescente reservado, acabou se tornando um diário on-line e numa deliciosa maneira de pensar, de refletir e de me abrir para o mundo; e em breve completará cem posts, em dois anos.
Não sei nem dizer quantos benefícios ele me trouxe, mas certamente não mais me vejo sem escrever. É a minha forma de me libertar. Não sei bem o que escrever no centésimo post, porque embora eu planeje sairá de outra forma. Só fico contente porque ao postar respeitei cada momento da minha vida e era exatamente o que estava se passando comigo em todas as linhas. Evitei eufemismos e exageros, eu fui aquilo ali sempre...

Concluí o primeiro ano de faculdade. Quase dois anos já se passaram desde que entrei no meu trabalho. Superei fases, atravessei outras e ainda em pé digo: Ah! Vale a pena, porque no fim essa vida insiste em pulsar mais forte!
Hoje de manhã acordei, tomei uma ducha, preparei um café e fui caminhar enquanto ouvia música. Num determinado momento uma sensação de paz e prazer pulsavam em mim, as águas do rio correndo, a brisa no rosto, o Sol e eu ali caminhando como um mero expectador da vida acontecendo diante dos meus olhos...

Têm determinados momentos que a gente sente a vida com toda sua força, é algo que tem o poder de nos mudar, alterando nossa estrutura e isso nos ensina muitas coisas. Quando a gente entende que a nossa relação com Tudo Isso Aqui é tão maior, o resto fica tão pequeno. Caminhando hoje de manhã, eu poderia dizer que não tinha problema algum...
Cheguei à conclusão que, quando paramos para escutar a vida, a vida pára para nos escutar também. E quando se transforma numa conversa, você alarga as suas fronteiras e se abre para um mundo que antes você não conhecia. Isso não tem nada a ver com religião ou fuga, e sim autoconhecimento. Talvez no fundo o que você escutará é aquela parte de você que precisa ser ouvida!


Amanhã Ou Depois

Nenhum de Nós
Composição: Thedy Corrêa

Deixamos pra depois uma conversa amiga
Que fosse para o bem, que fosse uma saí da
Deixamos pra depois a troca de carinho
Deixamos que a rotina fosse nosso caminho
Deixamos pra depois a busca de abrigo
Deixamos de nos ver fazendo algum sentido
Amanhã ou depois, tanto faz se depois
For nunca mais... nunca mais

Deixamos de sentir o que a gente sentia
Que trazia cor ao nosso dia a dia
Deixamos de dizer o que a gente dizia
Deixamos de levar em conta a alegria
Deixamos escapar por entre nossos dedos
A chance de manter unidas as nossas vidas
Amanhã ou depois, tanto faz se depois
For nunca mais... nunca mais


[/ A vida acontece agora, não deixe pra depois, viva o que tiver que viver, mas sinta a vida!]

domingo, 22 de novembro de 2009

Acerte os seus ponteiros...


[/ Eu acredito que dentro de cada um de nós existe um relógio biológico. Ele bate com o compasso da vida. Só é preciso sintonizar os ponteiros...]


Comer demais engorda. Comer de menos é anorexia. Dormir oito horas por dia é o ideal. Não dormir dá rugas. Beba muita água. Mas não exagere. Não tomar sol faz mal. Sol demais dá câncer. Faça o que tiver vontade. Mas não seja o ‘diferente’...

Hoje em dia, nesses tempos meio malucos que estamos vivendo, é fácil encontrar ‘fórmulas mágicas’ pra tudo. É remédio para dormir. Medicamento para ficar acordado. Pílula para ter fome. Chá para emagrecer. Loção rejuvenescedora. Cirurgias plásticas...

Isso não teria muito a ver com esses modelos de beleza inatingíveis que a mídia impõe?

O cabelo liso do mês passado virou o crespo desse mês. Ano passado o corpo ideal era da atriz cheia de curvas. Hoje o pódio é da modelo magrela. Antes o homem tinha que ser mais másculo. Hoje existe metrossexual. E cadê as mulheres que queriam ser presidentes?!

Eu não concordo com o padrão atual de vida. Acho maçante o que ele faz conosco e é triste o que algumas pessoas chegam a fazer para alcançá-lo. É fácil constatar, repare o número de casos de transtornos alimentares, obesidade e depressão crescendo.
Diante dessa série de exigências contraditórias que vemos diariamente, acho mais saudável ouvir as recomendações do meu próprio corpo.
Eu durmo quando tenho sono. Acordo sem despertador. Como quando tenho fome. Faço exercício físico regularmente, mas não dispenso a macarronada de domingo com minha família ou uma boa pizza com meus amigos. Dedico um tempo do meu dia só para mim. Dou risada quando quero e choro à vontade! Creio em muitas coisas, mas não sou fanático.
Sou humano. Nada perfeito. Não sou capa de revista nem ator de novela. Apesar disso tudo, me amo como sou e quem gostar de mim, me aceitará assim!

Não obrigo o meu corpo a fazer aquilo que não estou preparado no momento, e isso se chama respeito comigo. Nos dias em que estou mais agitado e naturalmente demoro a dormir, procuro ler um livro até o sono chegar. Nos dias em que estou mais devagar, não preciso de estimulante, uma boa corrida e uma alimentação ‘legal’ (que inclua um pouco de tudo!) me dá energia suficiente no dia. Quando me dá uma dor de cabeça repentina ou cansaço demais, prefiro conhecer as causas e resolver o problema. O corpo ideal é aquele que ao me olhar no espelho, estou contente com o que eu vejo. Não tomo sempre medicamentos e não vivo em função deles. Quando um médico me recomenda, é diferente! Eu nunca me automedico.

O que se ganha respeitando o próprio corpo?

Um parceiro!

Os benefícios de respeitar os próprios apelos são inúmeros. Quando a gente fornece o que o corpo precisa, ele também fornecerá o que precisarmos.
No meu caso, no dia em que preciso trabalhar mais, meu corpo prontamente responde. No dia em que eu preciso de mais concentração, meu corpo me prepara. Quando estou cansado, aparece mais energia. Chego mais longe. Meu corpo trabalha a meu favor. Obtenho mais resultados. Tudo vai surtindo efeito imediato. É como terra fértil.

No assunto beleza, eu acho algo controverso, porque vemos na História que os padrões vão mudando. Acredito, também, que ela está nos olhos de cada um. E o caminho é de dentro para fora: estar bem para aparentar bem.
Como pegar um único molde e encaixar em pessoas diferentes? Não tem como. Então eu quero acreditar que as pessoas devem valorizar suas próprias crenças, seus próprios valores, suas características pessoais. E lembrar que o nosso corpo ainda é humano, por isso ás vezes há dor, por isso dá preguiça, por isso a gente tem necessidades. Faça o que dá, sem tanta cobrança.

Você prefere ir de acordo com padrões ou tentar descobrir o que tem de melhor em você??


[/ Todos temos algo especial. O caminho é descobrir, valorizar e expor isso! ]

domingo, 1 de novembro de 2009

. . .Miragens. . .


[/ Podemos não conhecer nosso futuro, mas se tem uma boa noção dos frutos pelas sementes que seguramos nas mãos]


Ao longo da vida já enfrentei muitos problemas, atravessei grandes fases e posso dizer que hoje aprendi discernir muito bem o que real do que é pura miragem.
Miragem é nada mais do que uma ilusão; na minha opinião, é um novo caminho para não se ir a lugar algum, gastar energia por nada e no fim perder algo irrecuperável – o tempo!
Então a miragem não passa de uma cilada da vida, que a princípio era somente para testar nossa força de vontade.

Eu observo pessoas que desviam e se perdem na busca por essas miragens. Ou se perdem ou se decepcionam na chegada...
Traçar novos caminhos e mudar os rumos, quando a gente percebe que para onde estávamos indo não tinha mais nada a ver conosco, é digno de muita coragem, pois é preciso se arriscar. Mas abandonar o caminho que se queria, trocando sonhos, entregando os pontos para ir atrás de uma ilusão, na maioria das vezes termina-se com uma grande decepção, porque não existirá oásis algum!
Já fui pego por essas ilusões e vi muitos serem também. Depois desse mau passo dado é preciso voltar até o ponto de origem e retomar o verdadeiro caminho. Nesse embalo perdemos mais energia e tempo, e agora tudo está mais difícil, por causa de um mau passo a vida nos cobrará mais caro (é como se o preço da passagem tivesse subido).

Eu costumo dizer-me que posso até não saber exatamente o que quero, mas já tenho uma boa noção daquilo que não quero. Não sei mesmo o que encontrarei pela frente, mas já conheço o que ficou pra trás, e se está lá trás têm motivos pra isso; a gente já evita uma porção de coisas quando não tropeçamos nos mesmos erros.
É preciso policiamento sempre. Vontades efêmeras não passam de miragens. O atalho, o caminho perfeito, aquilo obtido sem esforço, o insistir no erro são ótimos exemplos também. Quem nunca ouviu a frase: ‘quando estamos no caminho certo as tentações batem à porta’?

Acho sinceramente que um pouquinho de esforço não mata ninguém. Vale a pena sermos ousados e inovadores, mas sem persistência e determinação não se chega a lugar algum também. Sacrifício, lágrimas, suor, uma dor aqui outra li - sem exageros - não destrói ninguém, muito pelo contrário, detalha a personalidade e lapida o caráter. Nos ensina o valor das coisas, o melhor cuidado, porque sentimos o quanto é duro à conquista.

Se na História da Humanidade, grandes homens foram aqueles que mesmo cansados não desistiram e grandes coisas foram acertadas depois da milésima tentativa, de quantos erros você precisa? Está seguindo seu sonho ou uma miragem?


[/ De um ponto a outro, chega-se mais rápido quem anda numa linha reta!]

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Um sonho não acaba jamais! Feliz Dia das Crianças!


[/Finalmente acabou a pressão, o corre-corre, tudo se concretizou e estou com a sensação de missão cumprida uma vez mais]


Há dois meses atrás comecei pensar em como a campanha do Dia das Crianças deste ano deveria ser. Eu queria algo mágico neste ano, queria mais risada, queria mais brinquedos, mais crianças, mais garra e comprometimento. Quando iríamos, como iríamos, com quem e como poder ultrapassar nossas metas, foram dilemas que, por vezes, tiraram-me o sono.

Só que desta vez eu me senti só, a campanha começara tão singela, tão discreta, que quase ninguém comentou sobre ajudar ou não.
As semanas iam se passando, corrida contra o tempo, o cerco se fechando e nada; parecia mais algo que eu queria realizar do que qualquer outra coisa. Não sentia o calor das pessoas se envolvendo, se aproximando do propósito e isso me angustiava, isso estava acabando comigo. Parar com um sonho? Abandonar a campanha na metade? Tentar sozinho?
Confesso que cheguei a pensar em tentar arcar com tudo mesmo sozinho, mas isso seria quase impossível.

Bem, eu estava tão atolado de trabalhos da faculdade, matérias para estudar por causa da semana de provas, que não consegui me doar como queria neste ideal. Confesso que, também, me deixei entregar um pouco pelo cansaço e quase me conformei com a situação difícil.

Foi então que, faltando poucas semanas para o dia tão aguardado, meus amigos mais próximos começaram a me ajudar neste sonho. Me senti amparado. Me senti suportado, a esperança voltava a abrigar meu peito. Ia dar certo, tinha de dar! Começava a sentir o calor da ideia, os corações batendo no mesmo compasso, na mesma batida e notei que voltávamos a dançarmos juntos. Uma vez mais juntos! Pelo mesmo sonho, pela mesma arrecadação, pelas crianças, por nós mesmos.
E se no fim tudo dá certo, as coisas desta vez não tinham de ser diferentes. Não podiam ser...
Os mais afins começaram a se aglomerar para o centro da pista, os mais distantes começaram a reparar-nos e pouco a pouco senti que iam todos se chegando. Até o momento que todos dançavam! A mesma música! Uma mão carregando a outra, suprindo cada lacuna da pista e eu já podia ouvir o final: as risada da criançada.
Acredito que pulamos de 50 brinquedos para mais de 200, em poucos dias. Bonecas, carrinhos, roupas, jogos e calor humano – o principal, calor humano! -.

Quando chegou o momento tão aguardado, pulei naquela pick-up, meu coração já transbordava, um bololô de emoções me dominou e só me lembro de fazer reverência a Nossa Senhora de Aparecida, pedir proteção a todos e dizer “Mais uma, vamos lá!”.
E fomos! Doamos mais de 200 brinquedos naquela tarde! Vimos mais de 200 sorrisos! Olhos que brilhavam, mães agradecidas, gritos, risada e, se Deus quiser, aquelas crianças crerão que existirá um mundo melhor em algum lugar, por alguns momentos, pela força de um ideal.

Houve, sim, um mundo melhor nos olhos daquelas crianças, naquela tarde, eu vi, e estou tão certo e acredito tanto nisso que vibro. E isso me dá gás, me dá força e me impulsiona a viver até a próxima campanha. Porque ouvir de uma criança de uns 4 anos, durante a campanha: " Mãe mamãe, olha, eu ganhei uma 'muneca'! ", isso NÃO TEM PREÇO! *-*


[/ Eu quero agradecer de coração a todos que me ajudaram. Que Deus dê em dobro cada pedacinho de sonho que reavivaram.
Obrigado mesmo às crianças... obrigado, porque no fim o presente foi todo nosso!]

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Neste palco só você pode dar o seu show!


[/ QUEBRE A PERNA!]

O grande desafio é simplesmente começar!
Depois de ter passado dias pensando neste post, chego aqui em frente do computador e eu me deparo com a maior dificuldade: começar.
Até aqui foi fácil. Agora começa o dilema: saber o que escrever para me fazer entender e ser fiel ao propósito inicial do post.
Quais serão as melhores palavras para se usar? O que fazer? Por onde ir!?

Quando o artista prepara uma peça e está ensaiando, até aí é fácil, a sós ele e a arte. O desafio é lá no palco, no cara a cara, no olho no olho, quando as mãos suam e o coração dispara, a mente esvazia o deixando na mão.
Como brotar risadas da platéia silenciosa? Como tirar suspiros e arrancar lágrimas?
As cortinas já se ergueram, o mistério acende, o respirar pausa, os olhos atentos e então, o espetáculo começa...
Nessas horas, eu aprendi que o melhor a se fazer é usar de tudo que estamos sentindo, focando para um ponto e com a coragem, ficar em pé ao palco e dar o melhor de nós.
Se o dia for durão, a gente dá uma de palhaço, e a vida vai rir de volta pra gente. Se tiver muitos obstáculos no caminho, brincando de trapezista e equilibrista, a gente vai caminhar na corda bamba sem se deixar cair.
Para os momentos tristes, mágica!
Para os momentos difíceis, malabarismo!
Porque o show tem de continuar e o desafio está em somente dar o primeiro passo.

Depois que começamos, tudo fica mais fácil, acredite. Como um girassol que mira o Sol, devemos mirar um sonho e tentar alcançá-lo a todo custo. A gente só não pode cair no erro de não respeitar os limites do nosso corpo. A verdadeira ideia deste post é contar o que passei e o que aprendi com isso.

Há uns anos atrás (quando ia por aqueeela maré, antes de cair naquele labirinto), eu fazia as vontades de todo mundo o tempo todo, cedia aos apelos externos e nunca aos meus. Acabei caindo numa tremenda armadilha, feita por mim mesmo.
Quando precisavam de mim, eu ajudava mesmo sem poder – às vezes, mesmo sem querer -; emprestava dinheiro que me faria falta; ia com a turma para lugares, quando eu queria ir a outros; omitia minha opinião verdadeira só para não ir contra o restante do grupo; pagava o preço de não ter autenticidade e era sempre o ‘amigão’ da turma, o ‘bom camarada’, aquele que nunca diz não.

O tempo foi passando até o momento de eu não reconhecer meu corpo, eu só tinha dores (comentei algumas vezes aqui no Blog: enxaquecas constantes, dores nas costas e no joelho, e um cansaço sem precedentes).
Meu corpo dava sinal vermelho, então, começou uma alto-sabotagem.
Na faculdade, precisava me concentrar e minha cabeça só pensava no trabalho. No trabalho, minha cabeça estava na faculdade. Quando eu chegava da universidade, precisava dormir, e cansado, não tinha sono. No trabalho o sono surgia. Eu tomava tudo quanto era remédio para as dores do corpo e, além de nada resolver, tinha efeitos colaterais. Comecei engordar, me descuidar, me alimentar mal, ter pesadelos (coisa que nunca tive!) e aquilo estava virando uma bola de neve. Ansioso, angustiado, inseguro, desmotivado, já não sabia o porquê caí nessa. O que veio depois todos acompanharam aqui: depressões, crises existenciais, escoliose dorsal.
Onde eu estava errando?
Foquei no problema até achar a solução, percebi que o erro partia de mim. Por que eu tinha que fazer o gosto de todo mundo, só para ser o amigão? Só para poder ser querido entre os que eu achava descolados? Será que é preciso a gente fazer favores, se anular, fazer só a vontade dos amigos e não ter opinião própria, pra viver bem?
Então eu acordei pra real e publiquei aqui “WAKE UP!”. Daí por diante, filtrei minha vida, passei a me amar e me respeitar ainda mais, e aprendi o que é o Amor Próprio. Hoje estou em acordo com a vida: nem ela me cobra demais nem eu a cobro tanto também! ; )


[/ Por isso vai o aviso aos navegantes, comece aos poucos fazendo o que você gosta e aos poucos verá que estará conquistando o que você quer!]

domingo, 6 de setembro de 2009

EXISTE LUZ!!!


[/ se você se encontra num caminho escuro, sem sinal de saída, que mais parece um labirinto, não desespere, segue, há luz no final do túnel! ]


Eu defendia e vivia da forma que os realistas pensam. Eu era totalmente a favor da inexorável realidade e contra qualquer utopia, fantasia ou fuga à imaginação; paradoxal isso, sempre fui meio autista. Brigava comigo mesmo então...

Acreditei, quis acreditar, que o melhor caminho é aquele que enxergamos tudo, que sabemos onde pisamos, para onde vamos, como estamos, com previsão de chegada, análise disso, planejamento daquilo e tudo mais. Trancado em meus paradigmas, eu mudava a direção das velas sempre que o vento não soprava a meu favor. E, por esses caminhos, quando eu tropeçava e entrava numa fria, imediatamente buscava algum motivo lógico e racional para o deslize.
E pra mim a vida assim estava boa. Vivia meus dias de forma pacata e um tanto quanto cômodo. Enxergava somente o que a vida me apresentava e acreditava unicamente naquilo que tivesse solução. Não alimentava falsas esperanças nem vivia sonhando demais.
Vivendo dessa forma, com esta filosofia realista, eu nunca tinha problemas com nada, eu não tinha dores de cabeça, não ficava mal, não tinha angústia muito menos ansiedade, eu não chorava nem sofria. Só que, também, eu nunca evoluía, não amadurecia, não aprendia com os meus erros, não me superava e não me atualizava; podia se passar décadas, eu estaria do mesmo jeito.
Eu acho que viver assim é ‘fácil’. Muita gente prefere uma vida normal, sonhando por baixo, dentro do que é aceito, exercendo o seu personagem e nada muito fora desse esquema. Pagam um preço por serem assim – na minha opinião muito alto! – e vão tocando a vida sem stress, sem muita diferença, onde todo mundo pensa igual, sente igual, fala igual... parece igual.
Eu fui por essa onda, com essa grande massa, até um tempo atrás. Daí por diante, vi que não era bem por aí o meu caminho. Esse preço, eu não paguei mais!
Hoje, penso que viver de acordo com uma filosofia totalmente realista é se prender no óbvio. É estar cego vendo! É optar por estar sedado, anestesiado o tempo todo: você vê somente o que lhe é mostrado, faz somente o que o coletivo julga certo e, quando as coisas dão errado, coloca a culpa de tudo na razão, na situação, no momento, na vida. Nunca em si mesmo, nem por um motivo maior. É ser cético demais para acreditar numa mudança repentina de ventos, numa golpeada de sorte ou em coisas que a ciência não explicaria (sentido existencial).

Esses, os realistas, dizem que os otimistas são os que vivem no mundo da Lua, acreditam que tudo é mar de rosas e são esperançosos demais para encarar a realidade. Pois eu afirmo: Eu sou cem por cento otimista! Eu sempre acredito, sempre tenho fé, vou conseguir, o vento soprará a meu favor, no fim tudo vai dar certo e se ainda não deu é porque não chegou o fim. Eu sempre tenho coragem, sempre tenho confiança e, mesmo com insegurança e incertezas, nunca desisto e toco em frente o barco!
Se eu não consigo, quando recebo uma rasteira da vida e os ventos cessam, eu não mudo a direção das velas, recomeço, porque vai dar certo. Tem que dar certo!
Quando eu caio, eu choro, lamento, mas em seguida levanto, enxugo o rosto e recomeço de novo. Ainda mais forte, ainda mais confiante, mais maturo e com mais garra.
Um novo dia começou, o Sol já nasceu, ele brilha pra todos, então ele vai brilhar pra mim!

Eu acho que ter fé e acreditar no melhor lado da vida é positivo. É compreender que tudo tem um sentido e até os erros fazem parte do acerto: se não deu certo, no fundo, está dando certo.
Pensar assim, agir assim, nos dá um por que pra nossa vida. Nos faz entender um monte de coisas, com o tempo; não podemos ver a vida por pedaços, julgar por uma situação ruim. Se a gente não consegue agora, amanhã sim. E se não conseguirmos amanhã, uma hora conseguiremos!
É preciso sonhar alto mesmo e ter uma determinação ainda maior. Não pendurar as chuteiras só porque o jogo parece perdido, as coisas mudam. Eu já vi times virarem o jogo, cinco minutos antes do final do segundo tempo. Eu já ouvi que exércitos ganharam guerras dadas como perdidas. Nessa vida já me aconteceu uma porção de coisas engraçadas e acho que todo mundo, em algum momento, já presenciou essas reviravoltas que a vida dá.
Ser otimista é ir além das fronteiras de si mesmo, se descobrindo, se renovando, se superando, acreditando cada vez mais. Por que qual o sentido de Tudo Isso Aqui se não se superar, evoluir e acreditar?


[/ Sempre acredite, sempre tenha coragem, persevere, porque sempre vai dar certo, tenha sonhos, tenha metas e jamais deixe que lhe digam que não vale a pena ter sonhos, porque tudo vale a pena quando a alma não é pequena – já dizia o poeta ]

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Necessário, Difícil, Dolorido... Compensador!


"Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo
que não fosse
saudável ... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa
que me pusesse para
baixo. De início, minha razão chamou essa atitude de
egoísmo.
Hoje sei que se chama... Amor-próprio."
(Charles Chaplin)



Já faz um tempo que notei um acúmulo de coisas desnecessárias na minha vida. Coisas que têm ocupado muito espaço. Não estou conseguindo me livrar facilmente disso, confesso. Mas quero! Preciso muito. Já sentei e conversei comigo mesmo a respeito; essas coisas não têm mais nada a ver comigo, estão desatualizadas, não acompanharam meu caráter, minha nobreza de ideais e já não posso continuar seguindo meu caminho com saúde, se não me livrar delas. Essas ‘coisas’ que me refiro nada mais são do que pessoas, lembranças, sentimentos que não me refletem atualmente. Com a sensação de missão cumprida, fim de etapa, é preciso me atualizar uma vez mais. E assim abrir espaço a uma nova fase consonante comigo.

Desde o mês de Julho estava com desejo de mudanças. Aos poucos fui moldando meu pensamento e rotina ao novo estilo de vida. Um estilo mais honesto comigo. Precisava dar mais espaço pra mim no presente. Não me sentia vivendo minha vida como queria. Então, fui me reinventando aos poucos. Tirando projetos, que sempre quis ousar tentar, das gavetas. Dando ouvido àquela parte de mim que precisava inovar. E, com tempo, maturidade, muita paciência e atenção aos apelos do meu corpo, da minha mente e da minha alma, mudei. Prefiro dizer que recomecei.

Os conceitos são os mesmos. Assim como os princípios, a honra e a humildade. Apenas ousei, me encorajei, me desafiei tentar algo novo, algo mais.
Os dias se passaram e o mundo respondeu a minha ação prontamente! Passei a dormir melhor, comer melhor, acordar ainda melhor. O saldo foi positivo. Mas ainda não é o suficiente pra mim...
Ainda que eu tenha mudado algumas ideias e algumas ações, restou aquele acúmulo. O próximo passo é me libertar do desregramento da fase anterior. Não estou à vontade com algumas pessoas e sentimentos que ficaram. Estão me pondo pra baixo.
Já aprendi que o primeiro passo para mudar é querer a mudança. O segundo é estar disposto a abrir mão do dispensável. Não me vejo mais como antes. Certo que não quero mais coisas que não me sejam saudáveis. Basta! Aos poucos quero cada coisa no seu devido lugar.


"Não devemos ter medo dos confrontos... Até os planetas
se chocam e do caos
nascem as estrelas."
(Charles Chaplin)


[/ Colocarei todas essas coisas que me põe pra baixo numa caixa e enviarei pra Deus, só Ele poderá dar o devido fim ]

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Pura Magia!!!


[/ Eu estou vivendo uma fase nova da minha vida. Gratificante. Uma mistura de surpresas com aprendizados. Tato. Intuição... ]


A cada dia me reformulo mais. É como se eu estivesse caminhando num terreno escuro, desconhecido por mim, onde a cada passo é uma nova aventura e, no entanto, mesmo não enxergando bem onde estou, sei exatamente por onde ir. Como ir. Apenas por um instinto. Sem rotas, sem mapas. Sem bússolas... e sem medo. Apenas o meio e eu. Noto isso nas baleias que, em baixo d’água, lá no fundo, sabem atravessar oceanos e mares por instinto – intuição -.
A vida, no geral, é assim: algumas surpresas, muitos aprendizados, insistência... Mas, nesta fase atual, tem algo bem diferente. Específico. Não sei... não saberia explicar, ainda.
Eu me desafio mais. Uma competição saudável, superação. Nunca me conheci tanto. Nunca estive tão certo de mim; reais qualidades, reais defeitos, possibilidades. Estou menos inseguro. Mais confiante no Imprevisível. Guardando em mim a certeza de que um vazio de mudanças precede, mas não tenho por que temê-lo. Na verdade, agora o convido!
Quando estou perdido, sem informação alguma e sem segurança, aí eu me toco. Aí sou eu ao natural. Quando perco o roteiro dos próximos capítulos, me encontro. Sem medo, sem ansiedade, com total entrega e preparo, me dedico a trilhar esse novo horizonte.

Neste momento da minha vida estou no presente. Agora. Cabeça, corpo e alma. E como é difícil, sim, estarmos compenetrados no “aqui”. Ou estamos com a cabeça no passado ou no futuro. Às vezes até estamos no presente, mas em pensamento mil coisas ao mesmo tempo. Não é fácil se concentrar numa só por vez. Porque é necessário saber o que queremos realmente agora. Note que são raras as vezes que permanecemos em contato com nós mesmo por muito tempo; nos ouvindo; nos respeitando; nos dando espaço no presente. Hoje, neste momento, o que você realmente quer ser?

Por esse caminho noto uma enorme dificuldade em “ser”. As pessoas “estão”. O mundo todo busca o estar: ‘quero estar magro’, ‘no futuro, quero estar bem de vida’, ‘no passado, eu estava feliz’. É tão difícil encontrar o ser? Resolver um problema momentaneamente é bem diferente de saná-lo. Viver é muito diferente de existir. Viver não é sobreviver. É estar, de fato, na estrada. E muitas vezes, é ser a estrada!.
A gente foge do presente. E nem percebe. Nos anulamos. Seja pela dor de enfrentar o momento ou pelo medo do que encontraremos. Aí, caímos no doce engano de achar que estamos ‘no controle’. Acreditando que ninguém nos manipula, quando, na verdade, manipulamo-nos inconscientemente. Não sei porque fazemos isso conosco. Esse ‘autoboicote’.

Hoje faço parte daqueles que vivem plenamente. Respiro fundo. Foi uma decisão partida de mim. Me identifiquei, me ouvi e eu me decidi não “estar” feliz. “Ser” feliz, de uma vez por todas!


Agora só falta você
(Rita Lee
Composição: Rita Lee / Luís Sérgio Carlini)

Um belo dia resolvi mudar
E fazer tudo o que eu queria fazer
Me libertei daquela vida vulgar
Que eu levava estando junto a você

E em tudo que eu faço
Existe um porquê

Eu sei que eu nasci
Sei que eu nasci pra saber

E fui andando sem pensar em voltar
E sem ligar pro que me aconteceu
Um belo dia vou lhe telefonar
Pra lhe dizer que aquele sonho cresceu

No ar que eu respiro, uu
Eu sinto prazer

De ser quem eu sou
De estar onde estou

Agora só falta você, iê, iê
Agora só falta você, aaa...
Agora só falta você, iê, iê
Agora só falta você, au!


[/ Agora só falta você se encontrar ]

domingo, 19 de julho de 2009

AUTOBIOGRAFIA: Na Linha de Frente!


[/ Vou fazer uma autobiografia.
Esta é a primeira vez que contarei abertamente sobre minha história, poucos sabem; não tem nada de escandaloso ou ilegal, mas momentos de profundas mudanças e valiosos aprendizados ]


Oi...
Eu não sei quem está lendo essas linhas, então me apresentarei: Meu nome é Jonas Aparecido de Souza e cresci no interior de São Paulo. Fui sempre uma criança reservada. Me lembro de fazer grandes reflexões e passar horas e horas absorto olhando para o céu. Optava por me isolar, ter poucos colegas e viver entre amigos imaginários. Isso causava muito estranhamento nos meus pais, que chegaram a pensar que fosse autismo.
Têm coisas que não saem da minha cabeça, e do coração, tais como: subir no telhado durante as madrugadas, tomar banho de chuva e roubar goiabas no vizinho.
Mesmo tendo uma infância sadia e até que normal, meu pai sempre deixou bem claro o quanto eu tinha que estudar – isso não era muito saudável -. Eu já não sabia o que era o amor ao conhecimento, pois fui obrigado a ser sempre o melhor! Para o meu pai só existia dois: o que vence e o que perde. Quando fazemos algo apenas para agradar alguém, que não a nós mesmos, as coisas ficam meio estranhas – eu procurava a todo custo corresponder às expectativas dele -.
Minha casa parecia um quartel. Minha mãe trabalhava demais, dentro e fora de casa. Meu pai parecia um general. Eu, o soldado dele que tinha a missão de salvar os outros! Tenho um irmão, três anos mais velho, que não foi metade do que fui cobrado: meu pai me corrigia até nos pingos dos ‘is’!
A infância foi uma época difícil pra mim, mas, como tudo, eu sabia que uma hora ia passar, aguardei impacientemente...

Cheguei na adolescência e um desejo de liberdade gritou forte dentro de mim, ecoando por todo lado. Aos quatorze anos foi o auge da minha rebeldia: bati de frente com meus pais, meus professores, com o mundo e qualquer regra que me era imposta à grosso modo!
Neste momento da minha vida, eu não me reconhecia. Fiz coisas por impulso. Vivi intensamente. Corri grandes riscos. Levei tombos épicos! Mas aprendi, também! Fui um rebelde sem causa, um tolo na verdade.
Foi na adolescência que enfrentei meu pai pela primeira vez e afirmei minha personalidade! Certo dia pedi pra eles pra ir numa festa local. Meu pai não deixou – e minha mãe nada falava -. Então, eu disse que daria um jeito de ir assim mesmo. Meu pai tentou me barrar de todas as formas (de todas as formas!). Lembro-me de apontar o dedo na cara dele e dizer: ‘Pai, a partir de hoje vou trabalhar e ajudarei financeiramente em casa no que precisarem, mas quero saber: qual o preço da minha liberdade??”. Tremi como nunca. Meu pai respirou fundo, olhou firme nos meus olhos, na certeza que não mais conseguiria me conter, e disse: “Faremos um acordo: a partir de hoje você irá trabalhar, sim, mas não quero um centavo teu pra pagar minhas contas. O seu dinheiro terá que ser usado pra pagar estudos que você realizará!”.
Meu pai não podia ter me dado um castigo pior. Eu estava numa fase rebelde, indo muito mal na escola, mau comportamento, tudo que eu menos queria era estudar mais. No entanto, aceitei! Fiz curso de Inglês, Informática, Contabilidade, Recursos Humanos, Técnico em Administração... Sobrevivi! (rs) E, hoje, agradeço a ele por tudo isso.

Quando completei dezessete anos, meu pai me disse: “Hoje pedirei demissão no meu trabalho e, daqui pra frente, eu quero que seu irmão e você assumam a casa”. Meu irmão, explosivo e cabeça-dura, por raiva pediu demissão na semana seguinte! Ele dizia que se meu pai não queria trabalhar, ele também não ia.
Aos poucos vi a casa desabando sobre nós! Aluguel caro e contas pra pagar se acumulavam, enquanto a geladeira vazia. Minha mãe? Ela estava afastada pelo INSS, tendo o salário ‘preso’ por alguns meses (‘ burrocracia ’ desse país). Eu vendo aquela situação tomei uma atitude. Eu, pelo trabalho, já tinha parado de estudar e não concluído o Ensino Médio, consegui mais um emprego. E depois mais uns extras* (*serviços legais e honestos! Fui ser balconista de pizzaria, trabalhei como garçom, fui até cozinheiro. Juro!). Com dois empregos e alguns extras consegui equilibrar as dívidas com maestria e manter, com um certo conforto, minha família. Nunca trabalhei tanto. Acho que nem dormia!
Meses depois meu pai faleceu. Meu mundo desmoronou! Só que vi minha mãe caindo aos poucos e percebi que eu deveria ser mais forte. Peguei o leme mais uma vez e dele não soltei mais! Desde então, sou companheiro para minha mãe. Pai para meu irmão. Irmão para minha tia. E filho para minha avó. Passo a passo, firmemente, cheguei à Universidade. E estou aqui hoje pra dizer para quem estiver lendo estas linhas: QUE VALEU A PENA!

Às vezes sinto que minha vida toda foi um treinamento para o meu momento atual. Eu posso dizer que tomei a liderança nos momentos cruciais, porque mais ninguém se manifestou. E é o que mais vemos: a casa caindo e todo mundo assistindo!
Sempre ouvi de todos que sou muito determinado. Sempre fui elogiado pela minha força de vontade, garra e persistência. Essas pessoas me olham como se eu não fosse um ser humano normal. Como se eu nunca esmorecesse, não chorasse e não passasse por momentos de indecisão – como todos! -. Quero desmistificar essa imagem, porque não sou um robô, mal sabem como sofro de insegurança. Eu sou completamente indeciso e inconstante. Tenho momentos de solidão, onde eu choro e me dá uma baita vontade de jogar tudo para o ar. Mas sabe aonde me seguro? EM MIM! Eu entendi que não posso me garantir através dos outros. A nossa vida só pode e deve permanecer em nossas mãos, pois assim podemos controlar de verdade e porque fora delas torna-se perigoso. Eu posso até ser inseguro, mas não tenho medo de viver, porque minha vida sempre está em minhas mãos. E no dia que ela se for, terei o prazer de saber que morri lutando, ouvindo e levando os primeiros tiros na linha de frente de batalha!


[/ Não tema a vida. Porque a vida não temerá você! ]

terça-feira, 14 de julho de 2009

A vida é um teatro ?


[/ Boa sorte pra você !]


Hoje aconteceu algo que me deixou triste; uma colega de trabalho, e amiga, foi demitida. Não vou negar que ela cometeu algumas falhas seguidamente, mas acho que não deveria ser ela a despedida no momento, têm pessoas naquela loja que mereciam mais!
Eu me sinto cansado às vezes; cansado de tanta coisa que eu observo e finjo que não vejo; que eu escuto e finjo que não ouço, pra manter um ‘ bom convívio ’; coisas essas entaladas na minha garganta, feitas na frente de todo mundo, que ninguém nunca comenta, e isso me consome aos poucos por dentro, porque acho inadmissível: pessoas que faltam ao trabalho por uma ‘doença fantasma’ sobrecarregando serviço em quem fica; gente que diz ‘Bom dia’ com tamanha falsidade que, no minuto seguinte, é capaz de tudo (de tudo mesmo!); pessoas que não ‘ se situam ’ e agem como se suas ações não interferissem no meio; são pessoas assim que emperram a vida das outras, atravancando o fluxo das coisas, provocando uma cadeia de desencontros e desentendimentos.

Essa minha amiga foi embora magoada, porque confiou em pessoas que ela não deveria ter confiado – palavras dela -. É assim mesmo, a gente só é trapaceado por pessoas que se diziam nossas amigas, pois é preciso estar bem perto para nos derrubar. E só amigos são capazes de tal aproximação.
Mas como eu insisto em dizer-me: um sono tranquilo não é pra quem quer e o mundo sempre gira! Um dia a máscara cai.

Agora o clima lá ficou tenso. Todos pouco falam. E ninguém sabe de nada. Me deparar com a lei do mais forte, onde quem grita mais alto tem a razão, pra mim é o fim do mundo. Quer dizer... é o começo, quando não existia democracia, nem lei, nem Justiça!


[/ mas a de Deus existe! e Essa não falha!]

Não se vive, se sobrevive, quando se fica fora do fogo!


[/ muitas pessoas estão acessando o Blog, não reparem na bagunça, hein! rs rs rs ]


Durante algum tempo venho observando um certo comportamento nas pessoas: o conformismo (Isso me irrita). E me peguei também em alguns momentos agindo assim. Passei dias analisando e me perguntando o seguinte: é mais fácil cruzar os braços? Qual é o medo?
Vira e mexe, ouço frases como: ‘isso não é bem o que eu queria pra minha vida, mas está bom’, ‘queria que fosse diferente’, ‘eu acho que não consigo’, ‘ah... tá bom assim’ e por aí vai. Olha como essas frases têm um tom de desânimo e são carregadas de fracasso. Não tem como ouvir frases assim sem cair num abismo de pessimismo logo em seguida.
Quando eu me pego nesse redemoinho, imediatamente paro o que estou fazendo. Paro. Respiro. Automaticamente vou reconstruindo tudo de novo: os pensamentos, as falas, as ações. Porque isso pega! É sério. É preciso lembrar que eu sou meu maior aliado e não vou ficar me boicotando, não resolve me condenar nem me conformar com o problema, porque se quero encontrar uma saída eu posso, sim! Por que não?

Recentemente andava muito cansado fisicamente e com fortes dores nas costas e no joelho. Receoso fiz exames de raio-x e constou: escoliose dorsal e ‘joelho desgastado’. Já esperava por tudo isso e confesso que não fiz muito pra me prevenir. Trabalho tanto, mas tanto naquela loja...
Provavelmente terei que fazer fisioterapia, tomar alguns remédios e evitar esforço físico por algumas semanas - já estou deduzindo que estas serão as recomendações do meu médico -.
De início fiquei com medo do futuro, comecei imaginar e deduzir as coisas e logo me vi pior; pois pior que estar mal por fora e estar mal por dentro. Tão logo que cai em desespero comecei buscar alternativas. E quem não pegou em mãos o laudo do meu médico e não ficou sabendo deste assunto, nem nota meus problemas porque eu não me entrego. E quando recebi a notícia ainda fui correr pra relaxar!
É certo ouvir as recomendações dos médicos, repousar e se cuidar. Só não é justo consigo mesmo se fazer vítima frente uma situação que poderia ser passageira.
Se algo não está me agradando, eu me manifesto. Respeitosamente, educadamente, de forma justa, mas tomo atitude. Ouvi e respeitei o meu corpo, mas jamais eu daria campo ao medo. Porque o medo consome. Ele trava e se aloja, e como um vírus vai se generalizando. Com o tempo, você não é capaz de fazer nada naturalmente e vive ansioso. Aí sim, eu cairia se desse ouvido ao meu pessimismo agindo.
Hoje estou muito bem. Não sinto dores nas costas, mas sei que o problema está lá. Ele e eu teremos que aprender a conviver, porque não vou cruzar os braços!


[/ Quais os seus medos? Não está na hora de enfrentá-los?! ]

domingo, 14 de junho de 2009

O Sol está ao alcance das suas mãos!


[/ acordei, agora são exatamente 4h34 da manhã e sei que não vou mais conseguir dormir porque meus pensamentos não me deixam. Então vou ficar acordado para ver, daqui a pouco, o Sol nascendo, e até lá estou eu aqui no pc com mais uma xícara de café nas mãos ouvindo Bubbly da Colbie Caillat...]


Ontem tinha tudo para ser um sábado normal: acordar cedo, ir trabalhar, voltar e ir dormir. Seria assim se eu tivesse ido trabalhar, pelo menos. Na verdade eu até fui – ao menos meu corpo foi -.
Perdi a conta de quantas pessoas perguntaram em que mundo eu estava. Fiquei off o tempo todo, mas minha mente continuou online. Alguns chegam a perguntar como são esses momentos de autismo e eu respondo: ‘deliciosamente perturbador, porque quando eu quero ir pra lá simplesmente não consigo e quando preciso ficar aqui estou preso lá’. Fico, então, entre o fio tênue que separa a realidade de um adulto e a fantasia de uma criança. Por isso oscilo entre momentos que sou muito firme e duro com momentos que sou inocente chegando a ser bobo. Antes de me entender, compreender e aceitar que sou assim, que já tentei mudar mas não consigo, tive sérios problemas por dispersar demais em momentos cruciais.

Mas só até eu perceber que essa ‘falha’ podia ser lapidada e bem trabalhada; e o que me prejudicava podia me ajudar, se eu aliasse o que me ‘desfavorece’ com algo que me destaco. Então, aliei essa dispersão com minha criatividade que foi dando lugar à imaginação que, quando bem usada, é fonte de sucesso. Momentos de autismo deram início a ótimas reflexões, que aliado a minha determinação foram o gatilho das minhas conquistas. E consegui muito prestígio por esse diferencial.
Assim, com o tempo, eu fui notando isso nas pessoas também: alguns reclamam que são mais lentos, menos audaciosos, mais impulsivos, mais críticos e, no entanto, se esquecem que ninguém é igual mesmo. E é aí que ganhamos força: na diferença! Pense: se eu tenho características que mais ninguém possui, faz de mim único naquilo. E se eu trabalhar bem essas áreas, a fim de personalizar e objetivá-las encontrei um mar aberto de infinitas possibilidades à minha frente. Cada pessoa tem um mecanismo diferente para todas as funções: todos podemos olhar para o mesmo quadro, mas jamais existirá a mesma análise; um se prenderá no amplo, outro nos detalhes, outro nas cores, outro nos formatos, outro nas idéias, e assim vai, porque existem múltiplas formas de olhar pra vida.

NO QUE VOCÊ É BOM?

Primeiro de tudo, descubra qual é o seu mecanismo. Como você age e reage nas mais diversas situações da vida. Você mais que ninguém se conhece. Sabe onde estão seus pontos fortes, quais são suas características menos acentuadas e como você as opera. Depois pratique o que você é bom e tenta conciliar com aquilo que tem dificuldade, a fim de atingir o melhor de você, pois o seu maior potencial provém das duas partes juntas - uma coisa irá equilibrar a outra -. Lembre que somos metade sagrada metade barro! Ninguém é isento dessa força de criar.
O caminho é compreender que cada um é um caminho. E só poderá entender isso quando estiver em paz consigo mesmo. Se entenda. Se conheça. Pois as chaves para abrir aqui fora, já estão dentro de você!


[/ eu vi o Sol nascer com tudo! Com sede de brilhar. Lembre: você pode se esconder do Sol, mas ele jamais poderá se esconder de você! Para os que querem seus raios haverá sempre luz! Bom dia!!!]

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Os Desígnios de Deus


[/ está um friozinho bom hoje. Como estou de férias da universidade, aproveitei pra ir correr um pouco enquanto ouvia música – me desligo totalmente nesses momentos -. Jantei e vim para cá com uma aconchegante xícara de café ^^]


Um dia conversando com uma amiga, ela me deu um tema de post: os desígnios de Deus. Oras, quer tema mais interessante que este?
Confesso que, a principio, eu não sabia o que escrever sobre isso. Porque, pasmem talvez, eu não sei se acredito piamente em destino. Me parece tão cômodo aceitar que sou um mero personagem da vida sem autonomia, vivendo a mercê da sorte. Não sei se é bem por aí...
Então me dediquei ao máximo a colher informações sobre esse tema. E levou dias! Pesquisei em livros, em sites, conversei e analisei opiniões de pessoas mais velhas; e, num destes sites, encontrei o Blog do Paulo Coelho, onde ele fazia reflexões sobre esse assunto. O Paulo Coelho, em seu Blog, escreveu uma fábula sobre uma lagarta que vivia reclamando com Deus por ser lagarta. Até que um dia a natureza pede que ela construa um casulo, e ela acha que será seu túmulo. Dias após, para sua surpresa, se torna uma linda borboleta – o que ela tanto pedia para Deus: voar.

Eu acho que Deus tem, sim, um plano para cada um de nós, mas, não somos limitados a este plano. Somos metamorfoses únicas. Onde entra o livre arbítrio?
Creio na capacidade humana de criar. Na capacidade humana de evoluir e de se superar, independentemente do quão difícil esteja a vida. Somos animais racionais, dotados de sentimentos e com uma capacidade instintiva de superação. Deus não nos poria aqui para sofrer. Penso que nosso destino é traçado nos momentos de decisões, e a partir daí - e somente daí - uma série de consequências começam acontecer no universo – seria talvez o famoso efeito borboleta.

Não sou cético – respeito quem seja -, sou católico e tenho fé em Deus. Mas eu vejo muito, e não é de hoje, pessoas que depositam tudo em Deus. Se sofrem, o culpado é Deus. Se estão desempregadas, o culpado é Deus. Se estão com dificuldade financeira, doméstica ou no relacionamento, o culpado é Deus! Se nada em suas vidas der certo, o culpado será Deus??
Aí essas pessoas vão às igrejas, assembleias, cultos e oram, choram, crentes que só isso irá mudar suas vidas.
Ir à igreja orar, louvar e se emocionar é válido – diria até necessário -, agora... sair de lá sem pôr em prática no dia-a-dia tudo que o padre ou o pastor pregou não adianta em nada. Serei um bom filho de Deus somente dentro da igreja?
Uma pessoa saudável, forte, sã, que tem tudo para mudar seu cenário de vida, mas prefere se acomodar e jogar a culpa num destino desprivilegiado ou num Deus cruel está totalmente equivocada. Concordo que emprego não está fácil de encontrar e que, algumas pessoas, têm menos oportunidades. Concordo, também, que para alguns essa nossa sociedade capitalista e preconceituosa tende a fechar portas. Mas, isso Não é Fator Determinante. Pois o que justifica então, jovens moradores de favelas chegarem a uma universidade? Concluí-la... O que justificaria tantos casos de pessoas que deram a volta por cima? Justifica o gosto por superar, se superar. O gosto pelo conhecimento. A vontade de crescer. A determinação de não se dar por vencido.
Do meu humilde ponto de vista, é isso que Deus quer de mim: não me dar por vencido!

E eu nunca me dei por vencido pra quem acha que a minha vida foi fácil. Nunca foi! A vida toda estudei em escolas públicas, nem por isso preferi culpar o governo pela má educação, estudei e ‘eu fiz a minha escola’.
Meus pais não tinham condições de me dar um tênis um pouco melhor ou comprar um número maior de roupas, mas nem por isso preferi culpar Deus por nossa pobreza, eu fui trabalhar!
Quando eu notava algum obstáculo eu não reclamava, eu continuava meu caminho com persistência e resignação.
Eu fiz uma escolha: preferi estudar, trabalhar e ter força de vontade, nunca aceitando nada que vinha muito fácil.
Se hoje sou um homem inteligente, sempre comprei as minhas coisas e ainda ajudei e ajudo financeiramente minha família é porque em nenhum momento eu quis me dar por vencido. Parece mais fácil esperar o tal dinheiro cair do céu ou o dinheiro que dá em árvore como ouvíamos dos nossos pais; só que eu prefiro ir atrás dos meus objetivos a esperá-los chegar!


[/ se você acordou pela manhã, abriu os olhos, respira fundo e agradece, porque você está vivo! Então vá a luta, porque você tem um dia inteiro pela frente para construir o seu destino]

terça-feira, 2 de junho de 2009

Hummnnn...


[/ que frio, que frio, que frio! Antes de começar este post, vou pegar uma xícara de café lá na cozinha (1 minuto...) rs Voltei! – servido? rs – vamos lá...]


Minutos antes de começar um post, acreditem se quiser, eu nunca sei bem o que irei escrever. Fico ‘bolando’ ideias na minha cabeça durante dias, formatando textos mentalmente, buscando inspirações, imaginando como ele ficaria pronto, selecionando assuntos interessantes – e verídicos -, mas, na maioria das vezes, quando começo criar o post, tudo vai saindo diferente. As ideias espalhadas ganham foco. A inspiração que antes não vinha aparece do nada. As palavras vão ganhando vida e tudo vai se desenvolvendo sozinho. Essa é a ‘mágica da vida’: no fim dá tudo certo. Tudo, tudo, tudo que acontece no meu dia-a-dia me ajuda na criação de um novo post, como: um cheiro familiar que passou no ar de repente, a música suave vindo do outro lado da rua, no senhor entediado de bicicleta, na criança alegre que entrou na loja onde trabalho, num rosto triste e cansado, numa paisagem singular... Tenho apreço por coisas cotidianas. Eu não gosto de rotina, nunca gostei, mas gosto da vida diária – que é uma caixinha de surpresas -. Você lembra como foi seu dia ontem? (pense...) Como ele foi hoje? Como ele seria amanhã? Como ele será amanhã? Note que tem diferença...
Você pode ver beleza aonde não tem para os outros. Você cria o seu mundo! Onde nele tudo é válido. Porque a beleza vai te acompanhar aonde for, ela está em seus olhos. Quem vê maldade em tudo, se irrita com tudo, nada tem paciência, tudo crítica e nada compreende vive doente. Fadigado. São pessoas coléricas, a ponto de um infarto a qualquer momento. Pra quê? isso tudo vale a pena mesmo?
Agora quem aproveita com bons olhos a vida, levanta bem humorado, recebe com ‘Bom Dia!’, conversa com entusiasmo e trabalha com maturidade os problemas vive muito melhor. Sadio. Sempre disposto. São pessoas que se parecem com uma criança nos primeiros passos: já sabem que vão cair, mas já aprenderam a levantar!
Pessoas de bem com a vida são mais produtivas. Ninguém gosta do ‘reclamão’, da ‘mal-humorada’, do ‘preguiçoso’, da ‘pessimista’... a gente se aproxima de quem é alto astral e nos passa força de vontade, por mais que a vida esteja difícil.
Não planeje tanto a vida. Se importe, em primeiro lugar, em vivê-la. A gente passa tanto tempo pensando em coisas que nos desviam do nosso bem-estar. Seja carreira profissional, família, estabilidade financeira, relacionamentos. Não que esses fatores sejam menos importantes, mas quando a gente entende que a vida acontece, com ou sem nós, tiramos um enorme peso das costas. Não somos responsáveis por tudo! Não se cobre tanto. Relaxa um pouco, a vida não precisa ter esse pesO! A vida foi feita para curtirmos cada momento com calma, com prazer, de forma única.
Então, se presenteia com coisas especiais – e isso passa muuuito longe de dinheiro -. Se dê uma tarde/noite/dia de folga. Leia um livro, assista um filme, prepara um prato, mecha com terra, escreva um poema, saia dar uma volta, conversa com seu cão, ou, simplesmente, só você e você. Ali, no seu canto, com as suas coisas e seus pensamentos. Se permita uma pausa. Um descanso. Você não vai morrer nem o mundo vai acabar se você disser: “ MUNDO, HOJE EU NÃO TÔ! ” =)


[/ como seria seu dia amanhã?? ] (ih, eu acho que o café esfriou! rs rs) x]

quinta-feira, 28 de maio de 2009

WAKE UP!


[/ me sinto cada dia mais renovado, porque meu aniversário está chegando e sei que nesde dia eu sempre renasço! ]


Não sei se você já percebeu, mas tudo na vida tem um tempo certo para acontecer. A gente solta uma bexiga no ar e espera que ela volte em nossas mãos. Só que não é bem por aí... felizmente ou infelizmente. Durante toda minha vida bati de frente com o mundo! Em alguns momentos da minha jornada, o tempo foi o meu guerreiro fiel; noutros, um tirano que me enfrentou ferozmente; me derrubava e eu levantava. Nunca entendi esse meu desentendimento com coisas pré-estabelecidas. Me dá ânsia só de me imaginar conivente a submissão. Sei que Eu tenho o meu tempo. E desde sempre foi assim. Tempo para resolver um problema. Tempo de ficar sozinho. Tempo de dar risada. Tempo de chorar calado e sofrer no meu canto. Tempo de ‘viajar’ – ainda que em mim mesmo -.
Eu sei que às vezes acabo magoando e chateando algumas pessoas por eu ser assim... nunca fiz por maldade. Um dia eu estava conversando com a minha mãe sobre isso: por que tudo tem que ser no meu tempo?
O que minha mãe me disse:
“- Jonas, eu e natureza queríamos que você nascesse de nove meses – como é o recomendado -. Mas VOCÊ quis nascer de oito meses! Fui às pressas para o hospital mais próximo, porque você queria nascer logo. E como chutava. Daquele momento em diante, eu entendi que você vinha no seu tempo, nem antes nem depois, e eu teria que respeitar. “

Eu tenho o meu tempo! Nem me mostrem relógios com horas marcadas, porque não sigo um único caminho. Eu não mando em nada, em ninguém, em momento algum, em lugar nenhum, mas mando em mim! E no meu corpo mais ninguém controla. Tenho que respeitar os Meus apelos. Prefiro me dar ouvido a nadar a favor da maré só para aparecer bonitinho na foto.
Vejo muitas pessoas que vão conforme o fluxo, dançando conforme a banda, mecanicamente, sem questionar nada, e se matando um pouco por dia. São pessoas que não estão felizes, odeiam como agem, suportam seus falsos amigos e, mesmo assim, continuam ‘empurrando’ uma vida artificial e medíocre, sem autenticidade alguma, sem tentar mudar nada, crentes que estão bem.
Não sou perfeito, mesmo! Nunca tive a menor pretensão de me candidatar a “último biscoito do pacotinho” ou ‘o sabe tudo’, só que eu banco as minhas decisões. Eu sustento minha personalidade aonde eu estiver, perante quem for e não mudo para agradar. O pior erro que o ser humano pode cometer é querer agradar as pessoas só para ser aceito. Vejo tanto isso. Tenho um certo desprezo, porém respeito quem gosta ou prefere se exercer dessa forma. Eu, não! Meus ‘não’ têm sabor de não. E meus ‘sim’, também. As consequências de me ouvir são melhores que me render ao sistema. É difícil no começo impor nosso jeito de ser, só que com o tempo a gente nota que é melhor termos personalidade e afirmarmos nossa postura. Isso é ter Atitude. Originalidade! Somos únicos e não genéricos.

Eu aprendi que a vida não é tão difícil. Alguém sábio disse isso: “Deus não escolhe os capacitados, Ele capacita os escolhidos”. O Sol nasce todo dia e ele não escolhe para quem vai brilhar.
Se sempre soubemos que cada ser carrega o dom de ser capaz de ser feliz, por que não tentarmos mudar? [/ e isso vale pra mim!] Por que se acomodar com a situação, temer uma mudança, ou acovardar-se diante do futuro?
Converso com algumas pessoas, seja no ônibus, no trabalho ou na faculdade, e vejo o medo que elas têm do pioneirismo. Do radical. Medo do incerto. Não consigo entender por que se prender tanto ao tradicional por medo ou insegurança do novo. Nunca fui de ir à sombra dos outros. Eu abro os meus próprios caminhos. Se cair, levanta, oras, ninguém é de ferro. Só que ninguém é de vidro, também. Eu acho que quando a gente tem um 'click' e desperta, começamos perceber que tudo isso é só por um tempo, uma hora isso tudo vai acabar, então, tudo vem com outro peso, a gente começa relevar muita coisa, tratar melhor as pessoas, fazer valer nosso jeito e ser felizes. Tenham um 'click'. Despertem, antes que seja tarde.

O que parece incomodar essa sociedade atual é existir pessoas que bancam suas próprias decisões e vão a luta com garra para perder com classe ou vencer com ousadia.
Eu posso ser como sou, mas jamais serei como quiserem que eu seja, porque sou um ser oscilante e não uma massa pra molde!


[/ quem toma as Suas decisões, você ou o seu meio? Dê uma olhadinha no espelho e veja se está respeitando as suas vontades!]

domingo, 24 de maio de 2009

Círculos na Janela


[/ Aaaooo, o frio chegou! a época do ano que eu mais gosto é essa: cafezinho, um livro e uma música fecha o ambiente... ^^ ]


Acho que no inverno as pessoas ficam mais introspectivas. Elas se tornam mais observadoras. Andam mais rápido, com olhares distantes... Há nesta época do ano sempre um ar de mistério – já notou? -. Chego perto das janelas de casa – sempre embaçadas – e fico desenhando no vidro, ao mesmo tempo em que admiro a chuva finiiinha cair: me parece um convite à reflexão... espetáculos imperceptíveis aos olhos mais desatentos. Então... minha mente voa...

Comecei ler um livro do August Cury, O Futuro da Humanidade – A Saga de Marco Pólo. Um livro totalmente realista, com uma atmosfera psicologicamente tensa, densa; este livro tem mexido muito comigo, despertou alguns antigos fantasmas...
[/ vou aproveitar esse gancho para explicar algo; não foi uma nem duas pessoas que já comentaram comigo que remexo muito meu passado. Que sou nostálgico demais. Que meu Blog só têm memórias. E que não vivo meu presente, pois, de acordo com essas pessoas, meu presente parece reflexo do passado. O que eu tenho a dizer a respeito: não sei porque faço isso! Faço. Tenho consciência, mas Não consigo evitar. Não sei se não vivi tudo que queria ter vivido, ou eu era mais apaixonado pela infância, ou se sou anormal, ou autista. Simplesmente sei que vira e mexe estou eu ‘viajando’. Tudo, tudo, tudo eu comparo com antigas experiências. Minha memória é uma navalha! Eu guardo tudo – inclusive mágoas -. Não sou perfeito e respeito o jeito de todos! ].

Às vezes sinto que fico rodando a mesma volta, dançando as mesmas canções num círculo sem fim... então, quanto mais me perco em mim, mais necessito perguntas; e quanto mais pergunto mais me perco... destinos desenhando espirais [/ como os que faço no vidro embaçado... ]

Minha net voltou a funcionar ontem. Não aguentava mais ficar indo em lan-houses. Aos pouquinhos estou colocando minha vida ‘virtual’ em ordem: respondendo os recados do orkut, enviando email, retornando usar o msn, entrando com mais frequência aqui no Blog e podendo postar mais rápido.


[/ agradeço quem teve paciência! ]

domingo, 10 de maio de 2009

O Telhado


[ Já faz tempo que estou me cobrando escrever algo aqui...
...e aqui estou eu ]



Vou começar este post com a seguinte pergunta: Você prefere viver cansado ou morrer pra descansar?

Prefiro viver. Posso estar cansado, mas estou vivo! Minhas dores de cabeça voltaram, tenho trabalhado bastante e notei que o tempo está passando rápido. Um dia li a frase: 'os dias são longos e os anos curtos'; hoje entendo o que significa.
Terminei de ler o livro Onze Minutos do Paulo Coelho. Fascinate. Tem tudo a ver com o momento que eu estava vivendo a um tempo atrás. Do meu ponto de vista, este livro ensina que não podemos obrigar a primavera ficar para sempre em nossas vidas; podemos apenas pedir que venha, abençoe-nos com sua esperança, e fique o máximo de tempo que puder. Li, em seguida, outro livro do Paulo Coelho: O Monte Cinco. Retrata meu momento atual. Tenho olhado para trás e visto que cometi diversos erros com Deus. Eu, que advirto tanto: preste atenção nos sinais, não quis enxergar o óbvio. Nos últimos meses, Ele me enviou dezenas de sinais para demonstrar que algumas coisas que eu estava fazendo não era certo, que não ia me fazer bem, que eu deveria parar. Não dei ouvidos. Não quis enxergar. Eu não quis nem sentir. O resultado disso foi o Inevitável - como com Elias, personagem do livro O Monte Cinco -. Deus é nosso mestre, somos alunos Dele, e chega um momento que é necessário nosso professor nos testar. Não é errado lutarmos com nosso professor. Travei A batalha. Sai dessa. Pronto pra outra! E como ensina no livro, fui abençoado com um nome: Determinação!

Minha professora de Comunicação e Expressão passou por aqui ( né, Solange?! =D rs). Ela reparou que tem alguns erros da nossa língua aqui no Blog. Têm erros mesmo, ela está certa. Eu disse que não corrigirei, porque levo este Blog como minha vida: tem como voltar e apagar os meus erros??
A cada dia gosto mais da universidade que estudo. Tenho adquirido muito conhecimento de mundo. Sem falar nas três horas de viagem diárias que converso com um e outro. Ouvindo as pessoas do meu ônibus, vendo o que elas passam para conseguir a chance de estudar, me sinto envergonhado de reclamar. Tenho um colega de curso que viaja quase cinco horas por dia para estudar na UniPinhal! Isso é o que eu chamo de coragem e força de vontade.

Sabe quando você está num daqueles momentos de pausa de viagem, como numa das paradas de um ônibus? me sinto assim... alguns passageiros descem, outros sobem...
Sinto que têm coisas, neste momento, a minha volta que não podem ser observadas com olhos apressados. Ao longo da minha vida - e quem acompanha o meu Blog já notou - têm momentos que eu fico absorto. Consumido por mim mesmo. Aaantigamente eu fugia desses momentos - hoje eu os adoro! -. Porque que é aí que me conheço; me abservando eu aprendo muito mais...

" Vou viver como alguém que só espera um novo amor. Há outras coisas no caminho onde eu vou. As vezes ando só trocando passos com a solidão, momentos que são meus e que não abro mão! Já sei olhar o rio por onde a vida passa. Sem me precipitar e nem perder a hora, escuto no silêncio que há em mim e basta. Outro tempo começou pra mim agora. "
( Ana Carolina)

Quando eu era criança, e não estava legal, eu ia atrás da minha casa, pegava uma escada e subia no telhado olhar o céu, ora estrelado ora azul negro. Eu tinha dez anos.
Só queria ver o horizonte - e não existia céu mais lindo do que o visto daquele telhado -. Me lembro do vento gelado e cortante, do meu corpo quente, meu coração palpitando rápido, meu olhar fixo e meus pensamentos longe. Ah... que lágrimas difíceis de rolar! Eu juro que se eu fechar fortemente meus olhos eu retorno naquelas noites. Noites que eu orava. Noites que eu clamava. Noites que eu subia naquele telhado pra conversar com Deus. E Ele vinha!! A gente brigaaava, brigava! Fazia isso quase toda madrugada. Uma, duas, três horas da manhã... não tinha horário. Ali minha mente voava e cortava o céu estrelado sobre minha cabeça.
A madrugada que mais me marcou naquela época, foi a última. Lembro como se fosse ontem. Eu tinha treze anos. Meus pais me comunicaram que tinham encontrado uma casa que eles queriam, toda papelada burocrática estava pronto, já estava tudo certo para nos mudarmos no dia seguinte - como sempre a vida me comunicando uma mudança às vésperas -. Perdi meu chão! Naquela noite subi ao telhado com o coração apeeertado. A cabeça cheia de perguntas. Chorei de raiva. Chorei de impotência. De medo! Nossa, como eu chorava. Morávamos num lugar alto e eu podia ver a cidade acesa. Luzes abaixo e acima de mim...
De repente eu olho para trás e vejo meu pai subindo o último degrau da escada. O tempo congelou, naquele instante meu coração parou... Logo imaginei que ele iria me bater por eu ter acordado alguém com meus passos no telhado. E no entanto, ele se aproximou de mim, colocou uma das mãos no meu ombro, sentou ao meu lado e disse olhando nos meus olhos: "filho, ficará tudo bem". Eu desmoronei, mas não queria chorar perto dele; ele me ensinou a ser um guerreiro - mais tarde eu aprenderia que guerreiros também choram -. Eu dizia: "pai, eu não quero mudar, eu gosto daqui". Na verdade, eu não gostava daquela casa e eu odiava aquele lugar. E se me perguntassem qual lugar daquela casa eu mais gostava, eu responderia o de fora - o telhado -. Porque o telhado tinha um céu, e este céu me dava esperança...
Meu pai olhou firme para a mesma direção que eu - o centro da cidade, onde moraríamos - e disse: "Jonas, a gente vai ter que se mudar!".
Eu entendi que nem mesmo meu pai queria se mudar ou estava certo que se acostumaria com a mudança, mas era preciso. Ali eu senti que algumas decisões Têm que ser tomadas. E um verdadeiro guerreiro se lança guerra adentro, com o coração apertado, com as lágrimas caindo, lembranças na bagagem para mais tarde lamber as suas cicatrizes - é o Inevitável -. E fugir não resolve nada. Então, naquela noite, seguei as lágrimas, enxuguei o rosto, ergui a cabeça para o ouvir o meu pai finalizar a conversa: "filho, aonde formos ou o que encontrarmos eu estou do seu lado!".
Nos mudamos. Moramos cinco anos na nova casa. E posso garantir que, a partir do momento que pisei o primeiro pé lá dentro, vivi uma das melhores fases da minha vida - Ele me tirou um telhado para me dar uma casa -. É claro que tive meus momentos de crise e meus problemas... mas isso é para uma outra história...

O fato é que Deus, realmente, fecha a porta. Mas Ele jamais deixa de abrir a janela. Uma lição?

- O mar está furioso e o céu está cheio de tempestade, MAS NÃO TENHA MEDO, SEGURA FIRME O LÊME E NÃO DESISTA, porque quanto mais feio o cenário vai ficando MAIS PERTO DE TERRA VOCÊ ESTÁ!


[/ ACREDITE]

sábado, 11 de abril de 2009

1 ANO DE VIDA!! \ o /


[ "Paaarabéns pra vooocêêê, neeesta daaata... ": este mês, abril, o Blog comemora 1 ano de vida!!! ]


Durante algum tempo fiquei pensando sobre o que escrever neste post, sobre como escrever e que, ao mesmo tempo, pudesse fazer muito sentido para quem o lesse e representasse toda alegria que sinto neste aniversário. Mesmo agora, não sei exatamente como fazer; as palavras vão fluindo na minha mente - sem ordem - , vou digitando 'com o coração' e, depois, analisarei o resultado. Serei fiel à originalidade! Não quero pensar demais - deixo as letras saírem de mim por vontade própria, tendo vida - ; assim não corro o risco de ser superficial ou dizer inverdades; ou até deixar com 'ar plástico', maquiado demais.
Paro para relembrar, lendo posts antigos, como passei por tantas coisas diferentes. É engraçado como a gente sente tudo de novo quando lemos páginas de um diário - este Blog nada mais é que um diário -. Escrevo aqui muito de mim mesmo; muito da minha vida. Incrível: isso tem vida! Algumas pessoas marquei muito nestes posts - pessoas que me fizeram muito bem e pessoas que me 'ensinaram muito' -. Quero então, antes de mais nada, agradecer algumas pessoas amigas que compartilharam esses momentos/posts. Sei que, essas pessoas, foram in-dis-pen-sá-veis. Insubstituíveis. Marcantes! Sei que posso/vou correr o risco de esquecer alguém, mas tenho que dar nomes a essas pessoas: Emanoel, Michele, Pimenta, Fabiano Valentin, Math, Luis Fernando (não está em ordem de prioridade ou amizade, estão na ordem que entraram na minha vida). Certamente, essas pessoas lembram de mim. Certamente, essas pessoas são grandes amigos. Certamente, jamais vou esquecer delas. Porque, certamente, cada uma tem sua importância - e sabe qual é.

Um dia desses atrás, eu estava trabalhando e me veio uma estranha sensação. Era uma sensação tão diferente, tão incomum, uma sensação que eu jamais havia sentido. Vou tentar descrevê-la vulgarmente como um 'djávu': parecia que eu/alma estava no futuro, tinha uns quarenta anos e via-me/corpo no passado (era presente) com vinte anos. Sur-re-al. Fiquei navegando em 'ondas' de energia - nem sei explicar -. Foi intrigante. Em seguida, quando voltei em mim, bateu medo. Sensação de ânsia. Náusea. Como se, só por alguns segundos, eu estivesse aprisionado numa dimensão futura e pudesse me ver nesta. Um teletransporte talvez? Nossa vã filosofia ou ciência já sonhou com tal realização??
Eu não gostei dessa sensação... Ela me veio como um sinal de não estar aproveitando positivamente minha vida. "É preciso viver e não apenas existir". A velocidade que pulei dos vinte para os quarenta anos e vice-versa me assustou, e me lembrou de como a vida está passando. A vida está passando! Estamos tomando banho, estamos dormindo, comendo ou 'não fazendo nada' e o ponteiro do relógio está andando. Estou aprendendo que 1 minuto de uma criança de dez anos nunca é igual o meu minuto com vinte anos. Como o meu minuto é muito maior que o de um senhor com sessenta anos. Então: o tempo vai passando e ficando mais curto!!
Quero aproveitar a minha vida como ela merece. Como eu mereço. Deus me deu vida, me deu saúde, me deu raciocínio, me deu total liberdade. Eu não posso me resumir a ser um corpo, em cima da terra, que simplesmente respira, come, bebe, dorme. Sou mais que isso! Preciso ser muuiito mais que isso. Preciso pensar coisas elevadas. Fazer coisas elevadas. Pôr um sentido sagrado em tudo que eu imaginar. Ser uma luz a iluminar o caminho dos demais!! Não é possível a gente acreditar que estamos na vida por estar. Viver por viver? Eu não posso me omitir diante da vida nem me esconder, porque estou vivendo a minha vida e não a de mais ninguém.

Estou lendo um livro chamando Onze Minutos do Paulo Coelho. Nunca um livro me cativou tanto e me proporcionou diferentes sensações. O Paulo Coelho, para mim, é um mago na escrita. Ele é um gênio. Ainda não terminei minha leitura, embora já esteja perto de concluí-la, mas oscilei 'n' vezes minhas opiniões de mundo, sobre mim, sobre a vida, sobre assuntos polêmicos... É um livro que faz refletir muito sobre muitas questões sociais e particulares. Dogmas. Paradoxos. Estou gostando...

Não posso deixar de comentar sobre a Campanha de Páscoa Solidária que estou realizando. A mesma campanha do natal passado: reuni amigos, colegas e familiares - os mesmos da campanha anterior - juntando um pouco de dinheiro de cada um, compramos ovos de páscoa, chocolates, bombons, balas, pirulitos para muitas crianças carentes. Sem falar nas roupas que ganhamos, nos brinquedos e nos presentes. Solidariedade! Hoje é o dia da entrega, e neste dia é sempre um corre corre [/ Que tudo dê certo!! Amém].

Vou finalizar este post, com chave de ouro!! Quando eu tinha 16 anos de idade, me chegou às mãos um livro que, na época, mudou minha vida para melhor; eu não tinha tanto hábito de ler. Este livro, em especial um poema, tem tudo a ver com este post. E logo ele me veio à mente! O livro fazia parte da biblioteca da escola na qual eu estudava; ele tem capa verde, com dois olhos verdes desenhados e com o seguinte título (que não podia ser outro!): VISÕES ADOLESCENTES de Flávio Antonio Fernandes da Silva. O último poema do livro era assim:


Conselho

Aproveita bem o tempo
antes que ele se vá.
Sente o bailado do vento
que te convida para a dança.

Segue o instinto dos amantes
ao sentires descompassar o coração.
Canta, ainda que fora do tom:
o importante é cantar uma canção.

Cultiva desde cedo a liberdade
- tua carta de alforria como identidade.
Não abre mão do teu sonho
- voa com ele para a estrada imaginária.
Vive intensamente cada segundo
- o relógio não pára.

Atenta para a dor camuflada
de quem só viu passar a vida.
Solta o riso dentro da noite
abraçando a eterna madrugada.

Saboreia o sumo dos amores
- melhor gosto não há.
Aproveita bem o tempo:
outro jamais haverá.


[ ...a vida está passando depressa, precisamos ficar cada vez mais atentos nas pessoas, nas conversas, nos sinais nos enviados; estamos em sintonia direta com a vida, os dois lados recebem os sinais: atenta para os que Você está enviando... Feliz Páscoa para todos!! ]

sábado, 21 de março de 2009

Despertar de uma crise existêncial!


Depois de um momento nebuloso e dolorido começamos enxergar os primeiros sinais sutís das nuvens se espalhando; é o começo da superação de uma fase problemática. Esse momento entrelaça realidade e fantasia de tal forma que não sabemos se estamos dormindo ou já acordados, então vamos vivendo os dias de modo intimamente peculiar.
Eu estou saindo de uma crise existencial que beirou pânico! Começou tudo no início deste ano e foi se estendendo até uma semana atrás, quando finalmente dei um basta e superei. Acredito que quase ninguém percebeu, porque ao longo dos anos aprendi a esconder melhor esses sintomas. Mas eu percebi e vivi intensamente uma dor camuflada, silenciosa e tão dolorida de maneira particular mesmo - não envolvi ninguém nessa minha atmosfera de problemas -. Driblei tudo como um camaleão. Uma ou outra pessoa próxima deve ter percebido. Mas ninguém comentou comigo. Nenhum lamento de dor eu transpareci.
Essa crise existencial beirou pânico porque por várias vezes me questionei qual meu lugar aqui. Eu quis me achar no meio dessa bagunça que se encontrava minha vida. De um lado problemas no trabalho, meu gerente brigando comigo por dispersar e não corresponder as espectativas da loja, mas, eu não conseguia fixar meu pensamento no serviço! Eu me perdia em mim mesmo naqueles corredores. Corre corre da universidade, eu gastava todo meu dinheiro pagando as mensalidades, o transporte, os xerox, as taxas disso e daquilo. Do outro lado problemas com minha família, minha avó paterna veio morar conosco por causa de brigas, meu irmão e minha cunhada também, dívidas, mudança de casa, mudança de hábitos, problemas com nossa inquilina, e eu num relacionamento amoroso que ia e voltava.

Aguentei tudo calado e curti o duro amadurecimento desta fase certo de que, eu sairia dessa, e daria a volta por cima!! Quase todas as noites, eu chorava no caminho de ida e volta da universidade no ônibus. Ninguém me compreendia e eu afundava ainda mais. Eu estava só, não conseguia achar força sozinho para sair dessa confusão que me encontrava, mas eu não desabafava com ninguém. Durante esse tempo não parei de ajudar pessoas que amo, ouvia todos, compreendia todos, procurei ser luz no caminho deles. A contrapartida ninguém me compreendia - todos só queriam ser ouvidos -. Mas por Uma Força Maior eu me encontrei. Passei pela crise sem tantos ferimentos e com muito na bagagem. Hoje sou muuuito mais que antes, a nível de conhecimento de mim mesmo. Aprendi nesses três meses de ano lições de uma vida inteira. Agora, as neblinas estão destapando o Sol que vem nascendo lá longe no alto daquela montanha. E ele já começa a me esquentar!

Quando passamos por um problema procuramos sempre buscar a solução pelo caminho mais rápido, mais fácil e menos doloroso. A gente quer encontrar as respostas na primeira esquina. E são nessas ciladas que entramos num problema ainda maior, onde nos deparamos com uma situação ainda pior. Acredito que tudo que chega e nos toca é nosso; tudo que a gente dá nome, existe; todo problema só permanece até enterdemos o porque ele veio. Por que tomamos um remédio para o estômago e dói a cabeça logo em seguida? Por que caimos no mesmo lugar? O nosso corpo e a vida conversam conosco. Tudo faz parte de uma cadeia de entendimentos. Destíngua problemas reais e problemas imaginários. Certos de uma coisa: dor é fato, sofrimento é opcional. Até nos momentos de dor, de fuga, de fortes emoções podemos achar brilhantes pontos de vista. E com base nesses pontos de vista que destrancamos portas futuras. É como aqueles jogos em terceira pessoa que para passarmos a fase 2 dependemos de algo que encontramos na fase 1.
Um problema puxa uma solução futura - quando os caminhos vão se estreitando e dificultando o nosso entendimento é porque estamos perto da conclusão. Já ouviu a frase: " Se está doendo é porque está sarando "?



[Um brinde aos ciclos da vida. Porque, afinal, a vida insiste em pulsar mais forte!!]

Um sono tranquilo


Como dói enxergar o pior lado de uma pessoa. Dá páura. Um medo incalculável. Saber que alguém é capaz de mentir, roubar e até fazer uso de deslealdade para vencer é algo difícil de aceitar. Existem pessoas assim. E não são poucas. Essas pessoas são manipuladores de primeira, aprendendo desde muito cedo que precisam enganar para conseguir o que querem. Crescem experts em ciladas e armadilhas. São falsas. São traiçoeiras e até covardes. A contrapartida existem aquelas pessoas, como eu, que pensam: é preferível ouvir a moral e os bons costumes ao invés de fazer algo vergonhoso, mesmo que saiamos por baixo. Eu não me vendo por um salário melhor. Eu não entrego um amigo por um cargo maior no trabalho. Tem coisas que me envergonhariam demais para eu ousar fazer. Como trair uma pessoa. Alguém que amo. Como omitir verdades necessárias. Como ser mesquinho e achar que só eu tenho a razão. Eu não sou assim e me dói demais descobrir que uma pessoa que gosto é. Dói mesmo. Desmascarar falsos amigos. Saber que uma pessoa má pode estar vivendo ao seu lado neste exato momento e você nunca se deu conta. Talvez a gente finje que não percebe. Porque essa pessoa parecia legal. Parecia confiável. Parecia... só parecia.
Comece prestar atenção nas pessoas a sua volta. Aquelas que você escolheu para conviver. Se você observar os sinais que a vida manda irá notar que algumas delas só querem dinheiro ou uma chance de absorver sua energia. São oportunistas pobres de espírito e luz interior, precisam invejar a felicidade e a paz alheia.
Mas, sabe o que confortará meus pensamentos quando eu deitar minha cabeça no travesseiro esta noite? Saber que tudo é só neste instante. É só por hoje. Algumas pessoas podem até se dar bem as minhas custas, sorvendo minha energia aos poucos, porém, amanhã o sol vai bater naquela janela. Eu vou acordar com a luz dele. E vou olhar para o céu e agradecer por ainda estar vivo, seja como for. Amanhã será outro dia. E estou tão certo e vou levantar tão firme dos meus ideais que nem quero lembrar de tudo isso. Estou certo que um sono tranquilo é para os que merecem! Alguns deitam e não conseguem aguentar a própria consciência. O peso da culpa. Porque eu sei que esses oportunistas podem trapacear todos, mas ao se olharem no espelho sempre terão que encarar o próprio olhar. Ver o tipo de pessoa que se é realmente. Isso é fato!

domingo, 8 de março de 2009

A vida é uma eterna escalada...


Hoje está sendo um dia de recordações. Um tio que eu não via a muito tempo veio nos visitar. Nós nos reunimos na cozinha, acredito que seja o canto mais aconchegante de uma casa, em meio a cafés tecemos diversos comentários sobre o passado; história da nossa família. Sempre gostei desse tio em particular, porque na minha família ele sempre foi neutro. Nunca procurou problemas com ninguém. Sempre ajudou todos, na medida do possível. Eu posso dizer que ele nunca me ajudou em nada, mas, a contra partida ajudava muito só pelo fato de nunca me atrapalhar. A gente pode até pensar que família não é um fator difícil e importante em nossas vidas, mas é, sim. Não vivemos sozinhos. O ser humano é racional e optou por viver em sociedade (civilizada, era o combinado). A família é a primeira sociedade da qual fazemos parte, é a primeira referência sociológica e ideológica que temos, e é onde adquirimos os primeiros costumes, preconceitos, culturas, religião, etc. Então, a família acaba se tornando uma das prioridades, item de importância, onde muitas das vezes assume relevante presença em nossas decisões.
Ao longo do desenrolar das conversas na mesa da minha cozinha, eu notava nitidamente o quanto minha família é desunida. Olhares se estranhando, conversas paralelas, um certo desrespeito oculto, até algumas dores latentes. Infelizmente, ou felizmente, cada um viveu sempre no seu canto e sem muito contato. Salvas as raras vezes em que telefonamos um para os outros para saber se estão todos vivos. Pode parecer forte isso, talvez até triste, mas é a realidade daqui.
Apesar de tudo isso, nos amamos. Há um certo código peculiar de respeito e união. Não somos nem nunca fomos modelo de uma boa família; existe família perfeita?

O tempo passa, a gente cresce, amadurecemos e nos tornamos fortes. Hoje eu vejo que tudo vale a pena. Eu precisei cair muito na adolescência, precisei brigar muito com meus pais, me deparar com o lado mais difícil da vida para entender que tudo isso faz parte. Olho nos olhos deste meu tio e, como numa máquina do tempo, vou para anos atrás. Vejo nestes mesmos olhos o quanto eu era inexperiente. Nós tomamos decisões e, hoje, achamos estarmos completamente certos. O tempo vai passando e vamos vendo a medida da nossa impaciência, impulsão, intolerância e despreparo. Mas isso me conforta, porque estamos evoluindo. Seria horrível envelhecer e não ganhar nada com os anos. Ganhamos poder de opinar com consciência. Poder de argumentação lógica em base sólida. Conhecimento de mundo. Paramos de olhar e aprendemos a observar. Nós nos tornamos críticos da história, com criticidade, não a crítica pela crítica apenas.

Eu tenho 20 anos e posso dizer que vivo a cada dia uma das melhores fases da minha vida; ontem foi melhor que anteontem e amanhã será melhor que hoje - se Deus quiser, porque eu quero -. Faço a minha vida dia a dia. Não mês a mês. Não a ano a ano. Não faço planos longínquos para ser feliz ou milionário amanhã, apenas me dou o privilégio de viver o agora sem ser vítima de mim mesmo. O pior inimigo que posso encontrar no meu caminho sou eu, então, não resolve nada eu brigar comigo. Eu me compreendo, e ponto final.
Com esta visita do meu tio eu aprendi que, por mais que o tempo passe, família é família. Família é base.
Vamos respeitar nossas origens, nossa naturalidade. É legal e interessante o conhecimento de culturas novas, conhecimento de mundo, mas a gente nunca pode esquecer do ponto de partida, onde tudo começou, das nossas raízes.