segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Neste palco só você pode dar o seu show!


[/ QUEBRE A PERNA!]

O grande desafio é simplesmente começar!
Depois de ter passado dias pensando neste post, chego aqui em frente do computador e eu me deparo com a maior dificuldade: começar.
Até aqui foi fácil. Agora começa o dilema: saber o que escrever para me fazer entender e ser fiel ao propósito inicial do post.
Quais serão as melhores palavras para se usar? O que fazer? Por onde ir!?

Quando o artista prepara uma peça e está ensaiando, até aí é fácil, a sós ele e a arte. O desafio é lá no palco, no cara a cara, no olho no olho, quando as mãos suam e o coração dispara, a mente esvazia o deixando na mão.
Como brotar risadas da platéia silenciosa? Como tirar suspiros e arrancar lágrimas?
As cortinas já se ergueram, o mistério acende, o respirar pausa, os olhos atentos e então, o espetáculo começa...
Nessas horas, eu aprendi que o melhor a se fazer é usar de tudo que estamos sentindo, focando para um ponto e com a coragem, ficar em pé ao palco e dar o melhor de nós.
Se o dia for durão, a gente dá uma de palhaço, e a vida vai rir de volta pra gente. Se tiver muitos obstáculos no caminho, brincando de trapezista e equilibrista, a gente vai caminhar na corda bamba sem se deixar cair.
Para os momentos tristes, mágica!
Para os momentos difíceis, malabarismo!
Porque o show tem de continuar e o desafio está em somente dar o primeiro passo.

Depois que começamos, tudo fica mais fácil, acredite. Como um girassol que mira o Sol, devemos mirar um sonho e tentar alcançá-lo a todo custo. A gente só não pode cair no erro de não respeitar os limites do nosso corpo. A verdadeira ideia deste post é contar o que passei e o que aprendi com isso.

Há uns anos atrás (quando ia por aqueeela maré, antes de cair naquele labirinto), eu fazia as vontades de todo mundo o tempo todo, cedia aos apelos externos e nunca aos meus. Acabei caindo numa tremenda armadilha, feita por mim mesmo.
Quando precisavam de mim, eu ajudava mesmo sem poder – às vezes, mesmo sem querer -; emprestava dinheiro que me faria falta; ia com a turma para lugares, quando eu queria ir a outros; omitia minha opinião verdadeira só para não ir contra o restante do grupo; pagava o preço de não ter autenticidade e era sempre o ‘amigão’ da turma, o ‘bom camarada’, aquele que nunca diz não.

O tempo foi passando até o momento de eu não reconhecer meu corpo, eu só tinha dores (comentei algumas vezes aqui no Blog: enxaquecas constantes, dores nas costas e no joelho, e um cansaço sem precedentes).
Meu corpo dava sinal vermelho, então, começou uma alto-sabotagem.
Na faculdade, precisava me concentrar e minha cabeça só pensava no trabalho. No trabalho, minha cabeça estava na faculdade. Quando eu chegava da universidade, precisava dormir, e cansado, não tinha sono. No trabalho o sono surgia. Eu tomava tudo quanto era remédio para as dores do corpo e, além de nada resolver, tinha efeitos colaterais. Comecei engordar, me descuidar, me alimentar mal, ter pesadelos (coisa que nunca tive!) e aquilo estava virando uma bola de neve. Ansioso, angustiado, inseguro, desmotivado, já não sabia o porquê caí nessa. O que veio depois todos acompanharam aqui: depressões, crises existenciais, escoliose dorsal.
Onde eu estava errando?
Foquei no problema até achar a solução, percebi que o erro partia de mim. Por que eu tinha que fazer o gosto de todo mundo, só para ser o amigão? Só para poder ser querido entre os que eu achava descolados? Será que é preciso a gente fazer favores, se anular, fazer só a vontade dos amigos e não ter opinião própria, pra viver bem?
Então eu acordei pra real e publiquei aqui “WAKE UP!”. Daí por diante, filtrei minha vida, passei a me amar e me respeitar ainda mais, e aprendi o que é o Amor Próprio. Hoje estou em acordo com a vida: nem ela me cobra demais nem eu a cobro tanto também! ; )


[/ Por isso vai o aviso aos navegantes, comece aos poucos fazendo o que você gosta e aos poucos verá que estará conquistando o que você quer!]

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