quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O conhecimento está na busca


[/ “A alma é essa coisa que nos pergunta se a alma existe.” (Mário Quintana) ]


Semana passada, durante uma aula na faculdade, um professor disse algo que cravou em minha mente. Enquanto ele explicava sobre estilos, técnicas e conceitos sobre Negociação, disse que o maior erro numa negociação é tentar encontrar solução antes de conhecer a raiz do problema – “Muitas vezes a gente busca respostas para perguntas que desconhecemos”, disse ele. Fiquei imóvel, pensei sobre meu Blog na hora, no meu interesse nele: uma busca interior por respostas! O mais espantoso não foi constatar que também busco respostas, porque sei que todo ser humano busca as suas, o que me surpreendeu foi eu me questionar se conheço as minhas perguntas. Logo em seguida, me perguntei: “Como buscar respostas para perguntas que não sei exatamente quais são?!”.
Meu professor finalizou dizendo que a resposta se torna clara quando se enxerga com clareza a pergunta para ela.

Nos últimos dias, me dediquei a refletir sobre isso – porque esse assunto me intrigou bastante – e tentei encontrar as tais perguntas! Não foi uma tarefa fácil, confesso, talvez não tenha chegado a uma conclusão assertiva ainda, no entanto, sei que busco através desse espaço reflexão sobre a minha própria vida. Aqui me questiono sobre alguns conceitos, me encontro comigo mesmo, me desvendo de alguma forma, me reinvento em outras, mas sempre com o intuito de inovar para mostrar ao mundo uma nova imagem minha e assim poder evoluir como pessoa. Acredito que não é possível evoluir sem alterar a matriz e toda alteração passa por um processo – que nem sempre é saboroso.


Cheguei a conclusão que procurar por perguntas imutáveis é me fadar a uma resposta absoluta, e se parto do princípio que não existem respostas definitivas, também não existem perguntas imutáveis. Assim, estamos sempre nos perguntando algo diferente em cada fase da vida! E em cada fase da vida respondemos diferente também! São questionamentos internos e subjetivos e as respostas, num primeiro momento, nem sempre são esclarecedoras. O conhecimento está na busca! Como canta os Titãs em Enquanto houver sol: “É caminhando que se faz o caminho”. Através das nossas experiências, a vida vai se revelando à medida que vamos seguindo – e a gente nem percebe!



“Enquanto houver sol
Enquanto houver sol

Ainda haverá

Enquanto houver sol

Enquanto houver sol...”



[/ Antigamente eu perguntava por quê?! Hoje eu me pergunto por que não!?]

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi JOnas!! Estou atrasada com meus comentários aqui kkk, como você anda inspirado com seu blog!!

Pelo visto sua semana rendeu os mais variados pensamentos.

Se você continuou naquela linha de pensamento da aula passada, sei que essa sua busca pelas perguntas corretas foi além de complexa.

Eu achei interessante a sua conclusão. Nossas perguntas sempre mudarão, porque nós sempre mudamos.

Talvez as perguntas que precisavam de resposta no ano passado já não mais importam.

É incrivel pensar o quanto nós nos conhecemos tão pouco, pois uma busca pela nossa verdade interior, é uma busca que poucos têm coragem de fazer, afinal podemos achar uma resposta sobre nós mesmos e não gostarmos.

Estava lendo um site e achei uma frase interessante:

"A felicidade é um estado demasiado constante, e o homem, um ser demasiado mutável para que convenham um ao outro". - Jean Jacques Rousseau.

Gostei da frase pois nossa maior verdade é ser mutável, é estar sempre nessa busca, o mais importante é que a busca é feita com o propósito de evolução, de encontrar o bem estar e a felicidade em todos os aspectos de nossas vidas: trabalho, na família, no amor, em nossas almas.

Para isso estamos constantemente mudando, adquirindo perguntas novas e nos redescobrindo; conhecendo aquela parte de nosso ser que desconhecíamos ter.

Hugs!!

Teacher.

Jonas Souza disse...

Oi, Aline! Está atrasada mesmo rs rs

Então, ando bastante inspirado mesmo, sinto vontade de escrever quase todos os dias, é como se eu tivesse perdido "um bloqueio". Esse tempo em casa, com as minhas coisas e os meus pensamentos só tem me feito bem, isso nunca vou poder negar; trouxe a mim mesmo de volta para mim.

Gostei da parte do seu comentário que diz que às pessoas podem achar dentro de si mesmas respostas que não gostam; vejo isso sempre, esse medo da novidade, do diferente, de "se ver" diferente.

Quando será que vamos aprender que somos mutáveis? Que não existe uma verdade universal? Que a vida ser boa ou ruim só depende da percepção de cada um?
Aaah, acredito que quando entendermos essas perguntas e soubermos as respostas, a humanidade começará grandes realizações positivas!


Obrigado pelo comentário, Aline
Hugs!