
[/...até o que eu não quero enxergar]
Parado aqui dentro do ônibus a caminho da minha casa estão me passando tantas coisas pela cabeça. O passado é o primeiro. O passado é algo que, por mais que tentemos não pensar demais nele, de um jeito ou de outro se faz presente.
É de repente aquele "flash back", a música que marcou, um perfume... aí, é impossível não sentir aquele aperto no peito.
Nesse momento olho a minha volta, pensando nas decisões que tenho tomado para chegar até aqui. Algumas foram fáceis, outras nem tanto, mas certamente todas foram importantes. Decisões que me tornaram a pessoa que sou.
Fico me perguntando se estou contente com os frutos colhidos e infelizmente devo admitir que não é fácil assumir para mim mesmo que, para prosseguir é necessário esquecer; para viver às vezes temos que nos desapegar de algumas coisas e deixar pessoas pra trás.
Parece-me cruel viver sem me apegar às pessoas, porém é injusto prendê-las a mim e é perda de tempo tentar evitar que a vida mude. Simplesmente muda, não tem jeito!
Questiono-me se tudo o que fiz valeu a pena mesmo e dói viver com a dúvida se o saldo é positivo ou negativo...
Quantas vezes na vida não passamos por momentos assim como este, e agente tenta encontrar saídas; quando essas talvez a gente nunca encontre, porque um dia descobriremos que não estávamos presos.
Eu sempre achei que tinha as respostas pra tudo. Ou ao menos que já sabia por quais eu caminhos eu trilharia pra encontrá-las. No entanto, hoje eu não sei. E não sei mesmo...
Não significa que estou vivendo por viver ou apenas deixando os dias correrem por mim, mas simplesmente aprendi a questionar-me. Aprendi que nem sempre o que eu faço é o melhor... Pode ser o melhor pra mim! Mas não é necessariamente para os meus amigos, meu irmão ou para o mundo.
Noto que, para mim coisas que são TÃO importantes para outros não são. Sempre achei que terminar meus estudos, fazer uma faculdade, batalhar por um bom emprego e ser politicamente correto, bastaria. Bastaria para o mundo. Bastaria pra mim. Essas eram as minhas prioridades.
Mas hoje, não são! Hoje não bastam.
Porque hoje eu tenho ânsia demais de aprender. Viver mais. E sempre estou com a sensação que o tempo me sabota.
Hoje sei que o caminho que eu tenho escolhido é só mais um caminho. Não há nada de especial, ou mágico, ou sobrenatural nele. É só mais um dos caminhos a se trilhar. Envolveram opiniões próprias e escolhas conscientes. Decisões!
Sem tirar méritos próprios por direito pelas coisas que conquistei, mas tenho completa noção de que tudo o que importa pra mim, às vezes terminará importando... só pra mim! Às vezes, por mais que você fale, algumas pessoas simplesmente não ouvem, e nem farão questão de que você está falando. Muitas vezes o que pra mim é um absurdo de tolerar, talvez não seja tão surpreendente assim. O fato é ver que por mais que você tente ser correto, ir por um caminho reto, não se deixar intimidar, algumas pessoas não estão nem aí... se você ama, sofre ou chora. Paciência.
Não é pessimismo. Nem baixo autoestima. É introspecção.
Não significa que estou vivendo por viver ou apenas deixando os dias correrem por mim, mas simplesmente aprendi a questionar-me. Aprendi que nem sempre o que eu faço é o melhor... Pode ser o melhor pra mim! Mas não é necessariamente para os meus amigos, meu irmão ou para o mundo.
Noto que, para mim coisas que são TÃO importantes para outros não são. Sempre achei que terminar meus estudos, fazer uma faculdade, batalhar por um bom emprego e ser politicamente correto, bastaria. Bastaria para o mundo. Bastaria pra mim. Essas eram as minhas prioridades.
Mas hoje, não são! Hoje não bastam.
Porque hoje eu tenho ânsia demais de aprender. Viver mais. E sempre estou com a sensação que o tempo me sabota.
Hoje sei que o caminho que eu tenho escolhido é só mais um caminho. Não há nada de especial, ou mágico, ou sobrenatural nele. É só mais um dos caminhos a se trilhar. Envolveram opiniões próprias e escolhas conscientes. Decisões!
Sem tirar méritos próprios por direito pelas coisas que conquistei, mas tenho completa noção de que tudo o que importa pra mim, às vezes terminará importando... só pra mim! Às vezes, por mais que você fale, algumas pessoas simplesmente não ouvem, e nem farão questão de que você está falando. Muitas vezes o que pra mim é um absurdo de tolerar, talvez não seja tão surpreendente assim. O fato é ver que por mais que você tente ser correto, ir por um caminho reto, não se deixar intimidar, algumas pessoas não estão nem aí... se você ama, sofre ou chora. Paciência.
Não é pessimismo. Nem baixo autoestima. É introspecção.
É compreender que no decorrer da vida, em alguns momentos a nossa vida perde o sentido. Desfoca. Têm momentos que a gente se estranha, parece que algo não encaixa. Nesse descompasso tentamos nos encontrar. Andar nessa estrada na qual nos perdemos e ficar olhando em volta para ver algum rosto familiar ou um lugar conhecido.
Não há jeito de descobrir sem viver, não há como evitar a vida e não há aprendizado sem esses momentos de introspecção. É preciso mergulhar com coragem e ir o mais fundo que puder.
Em momentos de dor aprendemos muito, acho muito valioso o "conteúdo interno" produzido nesses instantes. Instantes que a gente sabe que tudo pode acontecer, na certeza de que tudo vai mudar, que nada será como antes, que não se terá como fugir e que qualquer passo a ser dado não volta.
[/ É como descer um morro e se descobre sem freios, não dá pra voltar, não dá pra parar, só é preciso atenção para se equilibrar e rezar para não bater em nada]
6 comentários:
Nossa!!! Que lindo...como você é expressivo.
Obrigado!!!
Já que visitou e gostou, espero que venha sempre! Fique à vontade, todos são bem vindos!
Abraços
Fique com Deus.
O tempo passa e eu não sei se sou eu quem fica mais calado ou as pessoas. Nesse semestre você e eu estamos tão sem assunto um com o outro, que parece que é tão fácil falar com todo mundo, mas entre nós está difícil.
Percebo que a gente intui muitas coisas. Deduzimos. Sei que há uma linguagem, mesmo que não verbal.
O fato é que eu estou estranho também. Deslocado. Tudo está meio automático, acho que essa seria a palavra pra minha vida: deixei no automático. E ela está indo, dia após dia. Automaticamente...
Bom, sei que há uma vontade incontrolável de acordar e pegar essas rédeas de novo. Porque assistir minha própria vida, em terceira pessoa, não está sendo nada agradável.
Beejoo, Ju
Fique com Deus.
Oi Jonas.
Infelizmente hoje nossa conversa precisou ser rapida e ficou com reticências. Queria ter tido tempo para você poder desabafar mais.
No entanto pensei bastante durante o dia em o que escrever, e pensando na próxima aula.
Sabe Jonas, a felicidade é sem dúvida uma busca constante, porque nós seres constantes.
Você é uma pessoa que gosta de estar sempre evoluindo e aprendendo e portanto as coisas ficam estagnadas com facilidade. Isso é bom, porque assim estamos sempre buscando.
Não sei se algum dia chegaremos numa época de nossa vida que diremos: Agora estou feliz com a minha vida, não preciso buscar mais nada.
Quanto mais você mudar seus conceitos, mais você precisara mudar todo o resto para se sentir feliz e realizado. Você precisará de novos aprendizados, no profissional também, conhecer novas pessoas, novos lugares. Isso é normal!!
Mudar e desistir são duas coisas completamente diferentes.
Ao invés de ficar tão pensativo e melancólico, pense que tudo o que você esta agora sentindo é uma excelente oportunidade para sua busca, para o novo, para descobrir o que você quer mesmo, o que realmente te fará feliz.
Parece fácil né?? Nós devíamos saber o que ns faz feliz, mas as vezes não sabemos. E por isso que precisamos parar e perguntar: Eu quero saber o que eu quero.
Procurar novos conceitos e não mudar as coisas ao seu redor, é como chegar em casa no fim do dia, tomar um banho da cabeça aos pés e colocar as mesmas roupas sujas e carregadas que usou o dia todo. O peso do dia continua lá... e o banho não vai ter o mesmo efeito. Entende o que digo??
E claro, todos nós já passamos pelo o que você esta passando.
Eu cheguei a ficar assim durante um ano todo. Faz parte... e nada mais é que seu ser interior lhe dizendo que algo ainda precisa mudar.
Don't worry and be happy!!
And if you need, help is here!!
Abraços!!
Teacher!!
Oi, Aline!
Bem... eu li seu comentário, reli, dei um tempo... voltei ler, e não conseguia comentar. Sabe quando você lê algo que te impressiona porque ficou muito bom, e você simplesmente não sabe como reagir?? Fiquei assim.
Quando eu li seu comentário pela primeira vez, eu fiquei imaginando uma porção de coisas que eu queria mudar em minha vida. E por outro lado eu fiquei imaginando que mecanismo é esse que me faz mudar tanto? Ou evitar mudanças??
A analogia do banho me pareceu bem sensata mesmo: não resolve nada eu não se reciclar e renovar-se. O correto é estar em constante lapidação.
Acho que o que me encomoda é o fato de mudanças gerarem instabilizações naturais...
...quanto a isso, não posso controlar, pois já aprendi que não dá pra viver batendo de frente com a naturalidade da vida! É assim, faz parte, nos cabe compreender...
Sem saber mais como falar o que penso, me dedico a refletir o seguinte: Por que me agarrar em crenças antigas? Onde começa a ansiedade? O que está em conflito em mim, que me dá insegurança??
Como já aprendi uma vez, enquanto não encontro as respostas, vivo as perguntas!
Hugs!
Postar um comentário