domingo, 25 de dezembro de 2011

A diferença entre qualidade e quantidade














[/ Antes de começar esse post quero agradecer de coração todas as pessoas que ajudaram nessa campanha de natal, foi um sucesso. Tanto que não conseguimos contar quantos presentes ao certo conseguimos. Mas certamente foi um novo recorde. Graças a Deus! Obrigado a todos! ]



Nesses últimos dias pra encerrar o ano, a gente tem o costume de parar e refletir o que “ganhamos” durante os meses que passaram. É um costume de todo mundo. E algumas vezes pegamos pesado nesse julgamento que damos a nós mesmos.
Eu particularmente desisti há muito tempo de olhar pra trás o tempo todo e procurar onde foi que errei e o que eu poderia ter feito melhor; vivo um dia após o outro, com consciência e honestidade comigo mesmo.

Mas para ser sincero, mesmo sempre refletindo, se não tomo cuidado me percebo facilmente me julgando por alguma atitude ou pensamento, numa tentativa de compreender a relação dos meus movimentos passados com as suas consequências, para minimizar um sentimento de culpa. Um medo de ter feito algo errado. Pra isso estou sempre em vigia de mim, pra não querer compreender de mais a vida ao invés de apenas vivê-la e entender de mais as pessoas ao invés de apenas me relacionar e aprender com elas. Sem tantas expectativas. Sem tantas cobranças ou julgamentos. Sem tantas regras. Sem fórmulas e menos na teoria. E é difícil assumir isso...
Ao menos posso dizer que hoje melhorei bastante e já não vivo mais me massacrando por analisar a vida e dar o veredito: insatisfatório. Até porque, de verdade, a gente nunca sabe onde acertamos e o que está realmente errado. Muitas vezes o que julgamos ser um erro, um passo em falso, lá na frente pode ter sido isso a grande sacada. É o tempo que vai nos mostrar as coisas...

Hoje as análises para arremate de ano são diferentes pra mim. São mais simples e sem tanto rigor. Primeiro, analiso como estou me sentindo: o meu estado de espirito. Se estou calmo e feliz, em paz comigo mesmo e com os outros, se estou agradecido com a vida e além de outros sentimentos positivos, se carrego também a esperança de um novo ano ainda melhor, é sinal que pouco importa onde acertei ou errei. O saldo final é a paz de espirito. E isso é muito difícil de se alcançar, porque ela dá ao portador a sensação de bem estar independente de qualquer coisa. Não tem preço, não tem como comprar, não se adquiri sem viver. Nem sem cair. É um processo.
Segunda coisa que eu faço é refletir o que o ano quis me ensinar como lição principal. Nesse em particular – 2011 – aprendi a diferença entre qualidade e quantidade. A diferença dessa diferença na vida de uma pessoa.

Na primeira parte do ano pude sentir como é viver colocando nas coisas números. Custos, valores, níveis... E nessa linha senti qual é o preço que a vida cobra quando nos baseamos por: quanto isso custa, quanto tempo isso leva, quanta energia isso gasta, quais as expectativas, quais as consequências, qual o risco, quanto, quanto, quanto...

O preço é um vazio.

Chega um momento que, quem vive apenas lidando com números e valorizando resultados, se perde. Perde-se de si mesmo. Perde a autenticidade. Perde a própria identidade. A pessoa se esquece que é um ser humano de carne, osso e essência e que vive em sociedade, e passa a viver conforme regras, metas e controle. Focando apenas o lado material da vida.
Foi aí que notei que pra Vida nós não somos números de RG e de CPF. Nós não somos números numa empresa. Nós não somos números de uma conta bancária, tampouco o nosso valor é o que ela acusa. Somos pessoas! E não podemos calcular o preço de um abraço, o valor de uma palavra, não podemos quantificar emoções, sensações, percepções. E que isso a gente não ensina, não aprende, a gente desenvolve sozinho.

A partir daí resolvi fazer o movimento contrário. O fluxo inverso. Decidi focar em qualidade na minha vida. Nos meus relacionamentos. Na forma como eu vivenciava as experiências. Nas minhas palavras. Nas minhas atitudes. E resolvi fazer isso de forma mais efetiva, mais na prática e menos na teoria. Percebi que quando o foco de uma pessoa é qualidade e não quantidade, coisas precisam mudar. E mudar nunca é fácil. Mudar exige adaptações às vezes severas e adaptações exigem sacrifícios.
Mudei de emprego. Mudei de amigos. Mudei de ares. De hábitos. De pensamentos. Mudei minhas palavras, minhas ações. Minhas intenções. Quando o foco é a qualidade não importa a quantidade de amigos que você tem ou a quantidade de convites que você recebe por exemplo; como também não importa o quão alto seja o seu salário ou prestigioso seja o seu cargo no trabalho. Desde que todas as relações sejam maduras e saudáveis baseadas em confiança mútua e companheirismo, e que profissionalmente você ganhe um salário justo para desempenhar um cargo que te preencha e te faça feliz. Acredito que a base para uma vida com qualidade seja buscar aprender com as pessoas, amadurecer com os erros e focar em felicidade original, porque no fundo no fundo cada um de nós sabe muito bem o que nos faz feliz.


[/ Busque na sua vida o que realmente te faz feliz e pra descobrir isso pratique auto conhecimento. Eu te desejo do fundo do meu coração um Feliz Natal, um Ano Novo próspero, com muita saúde, paz de espírito e alegrias ao lado das pessoas que você ama! E que venha 2012 repleto de novas conquistas!!! ]


sábado, 3 de dezembro de 2011

ESPIRITUALIDADE

*Estrela de Davi ou Selo de Salomão

[/ “Mas pra quem tem pensamento forte o impossível é só questão de opinião

E disso os loucos sabem

Só os loucos sabem

Disso os loucos sabem

Só os loucos sabem” ...



Já faz um tempo que estou ensaiando como vir aqui falar de um tema tão importante que tem me respondido diversas perguntas. Vejo que estamos entrando numa fase da humanidade que nunca nos deparamos tanto com ele. A espiritualidade. Que não se confunda com religião, unicamente. Espiritualidade é muito mais amplo que uma religião em si ou um Deus supremo. Espiritualidade é a capacidade de crer, ter fé incondicionalmente e orar a nossa maneira. É experimentar a vida sob outra dinâmica, se atentando e valorizando coisas menos materiais. Pra não dizer, nada material. Nada explicável. Nada visível. Porém que nos faz sentido de alguma maneira muito intima e particular.

Mês passado, teve a Semana da Administração na minha faculdade. As palestras dadas pelos convidados vieram reforçar essa ideia de uma consciência espiritual que já vem ganhando força tem tempo. Creio que muita gente também já percebeu isso. Pessoas mais espiritualizadas até. A própria mídia tem divulgado bastante, de diferentes formas, como a espiritualidade tem encontrado as respostas que a ciência deixou a desejar.
Durante as noites de palestras, enquanto os convidados discursaram sobre diversos assuntos, como: o milagre da vida, conceitos filosóficos, finanças, administração de conflitos, volta e meia eles caíram no assunto Espiritualidade de alguma forma e a influência dela em suas vidas. Foi aberto. Nenhum deles usou subterfúgios. Assumiram claramente que tornar-se espiritualizado é cada vez mais necessário para entender uma porção de coisas. Uma porção de sinais...

Durante a vida a gente esbarra nesses sinais importantes e acho engraçado como não nos damos conta disso. Sinais esses que podem ser a resposta pra alguns enigmas, quando não nos programamos pra reproduzir que foi só mais uma coincidência. Manipulando-nos assim, a acreditar no contrário do que estamos sentindo. Talvez isso aconteça porque nos ensinaram desde muito cedo, que nem tudo o que sentimos é de fato o que estamos vendo. Mas será mesmo?

Passamos a vida inteira nos dizendo que os sonhos eram mesmo apenas sonhos, imagens personalizadas por nosso inconsciente tentando nos enganar; que aquela "pulga atrás da orelha" era só uma pulga atrás da orelha e foi melhor deixar as coisas como estão. Não faria sentido correr o risco de sermos taxados de loucos, não é? Afinal a Terra ainda é quadrada!

É mais prático descreditar e julgar as coisas como "não existentes" como resposta final, pra não ter que debater a verdade que ainda não foi de fato explicada como tal. Tudo pra poder deitar a cabecinha no travesseiro à noite e dormir mais seguro, agarrado a crenças que não funcionam.
Diante dessa fuga de coisas "ilusoriamente reais" - sim, reais! - me fica a pergunta: seguros de quê?
Será medo de acreditar que existem perguntas não respondidas, que até hoje o nosso "bom senso" não assume não ser capaz de esclarecer?
Será medo de acreditar que não estamos a sós, num universo infinitamente maior do que o nosso julgamento?
A vida sem espiritualidade faz sentido, também?

Não estou aqui dizendo que cada um não possa ser descrente. Em hipótese alguma. Somos livres para ter ou não crenças, para viver e ver o mundo como julgarmos. Estou apenas levantando questões. A mim, uma coisa é fato: aqueles que transformaram a ciência, a tecnologia e as matérias efêmeras num deus, estão se sentindo sós. Vazios. Falta algo que ninguém está sabendo explicar. Eu não estou vendo a tecnologia da última geração – dos últimos minutos –, alimentar todas as necessidades dos "fieis" – que cada vez mais tem aumentado. Eu estou vendo um ciclo vazio, vicioso, viciante, caro, perigoso, que só tem alimentado o dinheiro – que aliás é atualmente outro deus soberano, não?

Diante desses questionamentos, você tem acreditado em quê? Ou nada disso te faz sentido?
A espiritualidade está ganhando cada vez mais espaço entre a própria ciência e há quem diga – e quem sempre disse! –, que num futuro muito próximo ambas caminharão lado a lado e a ciência encontrará através da espiritualidade, curas, respostas e novos caminhos, sabia?


… “Toda positividade eu desejo a você
Pois precisamos disso nos dias de luta

O medo segue os nossos sonhos

O medo segue os nossos sonhos”


( Charlie Brown Jr. / Composição: Chorão e Thiago Castanho) ]

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Porque eu gosto é de GENTE!


[/ “Algumas pessoas acham que foco significa dizer sim para a coisa em que você vai se focar. Mas não é nada disso. Significa dizer não às centenas de outras boas ideias que existem. Você precisa selecionar cuidadosamente.” (Steve Jobs) ]


Eu utilizo esse título para o post porque dói perceber certas coisas que pra alguns tá passando batido, mas eu vejo! Aliás, não consigo não ver. Numa conversa semana passada – semente desse post –, meu professor chamou essa “dor” de consciência; de acordo com ele quando adquirimos consciência sobre as coisas da vida, não somos mais capazes de tapar o olhos para os acontecimentos, a gente vai pagar um preço por isso eternamente. Aí ele nos disse que nos resta aprender a tolerar as diferenças.


Eu sou tolerante, eu só estou desacorçoado com essa nova modalidade de geração.


Se pararmos um minuto, pelo menos, pra pensar sobre a nossa geração e a que tem vindo e sobre os estilos de vida, vamos perceber diferenças marcantes entre os anos. Nos mais variados setores.

Na educação por exemplo, antigamente havia sacrifícios; para fazer um trabalho de escola não existiam sites de buscas, tínhamos que pesquisar nos livros, revistas e afins para encontrar o conhecimento; além do que, nunca líamos um único livro ou uma única revista, o caminho era trabalhoso e demorado. Porém, o conhecimento adquirido era consistente, aprofundado e além de desenvolvermos um olhar com criticidade para as coisas, acostumávamos nossa mente a questionar e debater o que aprendíamos. Quando precisávamos pesquisar sobre um tema “x”, até o encontrarmos, durante o caminho aprendíamos sobre “y”, “z” etc.

Hoje é possível ir direto, se encontra muito facilmente o que quer – mas sempre de forma muito superficial também –, e todo o resto que poderia ser aprendido é desprezado.

O conhecimento proporcionado pelas atuais instituições de ensino, na minha opinião, propõem a repetição das mesmas ideias e dos mesmos caminhos. Há fórmulas, regras, métodos, tudo certinho, no entanto, se já aprendemos que cada ser humano é diferente, ou seja, aprende também diferente, as instituições de ensino e os “mecanismos de educação” devem promover o debate de ideias e a criticidade nas opiniões. Não respostas prontas. Padrão não encaixa em diferença.


Hoje eu sempre desconfio das referências...


Quando o assunto era paquerar ou fazer amizades era a coisa mais simples do mundo: só sair de casa e puxar assunto com as pessoas! Cara a cara, no olho no olho, assim como quem não quer nada, quando víamos encontrávamos afinidades e tão logo as relações se firmavam. Tudo tinha graça, qualquer lugar era interessante, porque no fundo o que realmente importava era o contato com a pessoa, a simples presença do outro.

Hoje não há contato (físico), é desnecessário sair da frente da tela do computador – ou celular –, existem comunicadores instantâneos e redes sociais das mais variadas e internet ligando todo mundo. Cada um na sua casa, trancado no seu mundo. Bom, até aí tudo bem. Só é questionável ver grandes amigos que conversam sobre tudo, o tempo todo, pela internet, e quando se encontram pessoalmente não passa do "oi". São pessoas íntimas na internet, mas estranhas pessoalmente!(?)

Até que ponto então podemos dizer que todos os amigos/seguidores podem ser realmente amigos? Uma amizade de contato raro, exclusivamente pela internet, onde só o que se sabe um do outro muitas vezes é o que é mostrando no avatar ou no perfil, é real? É saudável? Será interessante ter uma porção de amigos virtuais e nenhum "à moda antiga"?


Eu não estou aqui dizendo que a tecnologia é inútil para a humanidade, nem que deveríamos aboli-la das nossas vidas. Na minha opinião, a tecnologia existe para facilitar a vida, mas, jamais para substituir o contato humano. As relações humanas. Ter um microondas para fazer algo rápido porque não temos muito tempo – de vez em quando –, tudo bem. Utilizar a internet para conversar com alguém que mora muito longe, é necessário. Usar robôs para fazer um trabalho que seria humanamente impossível, por causa de precisão ou peso, eu concordo.

Só precisamos tomar cuidado e refletir para sabermos distinguir o que é necessidade do que não é. Não nos relacionamos com as máquinas.

Trocar uma conversa pessoalmente com outra pessoa por um contato virtual apenas, é estanho pra mim. Ter milhares de amigos numa rede social, mas estar só num fim de semana por não ter com quem sair, não é alta sociabilidade pra mim. Resumir minha vida, minhas experiências e relações a um espaço virtual, não é saudável pra mim.

Eu gosto de internet, mas eu priorizo a realidade. Eu gosto de ler livros, de correr na rua, de andar descalço às vezes, de olhar nos olhos das pessoas enquanto eu converso, de preparar minha própria comida, de sentir a vida como ela é. Eu gosto é de gente!



[/ “Escrevo sem pensar, tudo o que o meu inconsciente grita. Penso depois: não só para corrigir, mas para justificar o que escrevi.” (Mário de Andrade) ]

domingo, 23 de outubro de 2011

JAI HO!!!


[/ "Coragem é resistência ao medo, domínio do medo, e não ausência do medo." (Mark Twain) ]


Não existe coisa melhor do que olhar para trás, ver todo o trajeto feito e sentir um baita orgulho de si mesmo. É uma sensação indescritível relembrar de cada momento e saber desde o começo que não era fácil. Apesar de muito solitário e doloroso, a gente enfrenta essa jornada com a certeza de que ela precisa ser feita. Mesmo que nesse primeiro momento somente nós percebamos isto. Estou me sentindo exatamente assim neste momento. Corajoso. Fiel. Feliz. Integro. E principalmente, mais maduro.
O ser humano é constituído de um código de conduta; nunca tive dúvidas quanto a isso - cada pessoa tem o seu. É íntimo. Particular. E a gente sabe como é difícil seguir esses nossos valores internos e enfrentar as oposições externas. As barreiras. Creio que a parte mais difícil ainda, seja olhar nos olhos das pessoas que amamos e muitas vezes não ver refletidos os nossos sonhos, as nossas crenças, os nossos valores lá. Porém eu sei que é aí que a vida se revela desafiadora pra mim: quando dentro de nós algo "apitou" que o caminho mais difícil parece o mais correto e a gente tem que decidir o que fazer a respeito.

Aí eu me lanço. Com a coragem de um marinheiro que perdeu a bússola e vai se guiar pelas estrelas, eu me lanço. Como um lobo que uiva solitário na mata e vai se guiar pela floresta, eu me lanço. Me agarro nos ideais, firmado nos princípios, com a certeza da dificuldade, mas com esperança no peito que eu vou conseguir! Eu não desisto. Não me ensinaram essa parte. Eu não aprendi a voltar atrás. Prefiro tentar e amargar o sabor da derrota se preciso, mas não desisto de continuar tentando. Pra mim é impossível não desafiar a vida quando cada veia do meu corpo está pedindo o contrário.

Quando eu era criança adorava fechar os olhos e sentir o vento soprar meu rosto. Eu dizia pra mim mesmo que eu não estava ali no telhado de casa, que eu era como o vento livre e aventureiro. Uma hora no deserto, outra em mar aberto... Acreditava nisso. Não pude deixar de acreditar ainda. Não consegui deixar de acreditar no ser humano, na força da nossa inteligência, na nossa capacidade de cair hoje e chorar, e levantar e rir amanhã. Não consegui deixar de acreditar, desde quando me ensinaram que "querer é poder" e o maior obstáculo tá na minha mente. Não conseguirei eu acho.
Sou do contra. Do pagar pra ver. Do vai ou racha. Sou o que levanta a mão, que levanta a voz, que enfrenta a vida, que não arreda o passo. Não sou exemplo nem santo, não sou prepotente tampouco arrogante, sou um alguém que aprendeu que a vida é como dizia o poeta "é pra quem se atreve"!





[/ A quem interessar possa... Retomei minha carreira profissional e estou imensamente feliz. Porque a vida insiste em pulsar mais forte!]

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Feliz Dia das Crianças sempre, a todos!


[/ No dia 12 de Outubro comemora-se o Dia das Crianças e de Nossa Senhora de Aparecida, padroeira do Brasil para os católicos ]


Há mais ou menos quatro anos atrás, começavam as primeiras discussões, entre nós do grupo, sobre solidariedade, desigualdade social, sobre a situação de algumas crianças carentes em nossa cidade e o que poderíamos fazer para de alguma forma melhorar esse triste contexto.

Eu sempre fui solidário, é da minha natureza, sempre tenho vontade de me mobilizar para ser útil as pessoas. Gosto quando as pessoas se sentem bem, independente se as conheço a fundo ou não. Aí entra uma questão delicada que observo: às vezes é muito mais fácil a gente ser solidário só com quem a gente conhece, acha que precisa, com quem a gente gosta, mas e os demais?


Devo lembrar que Solidariedade é como Justiça, são cegas. Devemos ajudar independente de quem seja. Até considero isso um dever de todo ser humano. Ser caridoso, comunitário; dividir deveria ser obrigatoriedade, pois não faz mal a ninguém e soma; só isso: soma! E nem por um momento acredito que "apenas" fazendo Campanhas para arrecadar algumas coisas e doar a essas crianças, penso que estou "fazendo a minha parte". Devemos fazer a nossa parte todo dia, a todo momento, com todos ao nosso redor, indireta ou diretamente. Aí, além da família, dos amigos mais próximos, entram o nosso vizinho, o colega no trabalho, um desconhecido na rua, qualquer pessoa. Aí, estamos falando de tolerância com o outro; saber ser um pouco mais útil às pessoas - sem esperar nada em troca com isso -; se importar com o bem estar de todos; oferecer um minuto de atenção; uma palavra amiga; um favor; doar-se mesmo. Isso, não custa tanto! E faz, sim, uma enorme diferença: na vida de quem prática, na vida de quem recebe e na vida de tudo ao redor.

Então, para vivermos numa rua mais limpa, numa cidade menos violenta, num estado mais digno, num país mais justo, num universo melhor, devemos começar mudando o nosso contexto (interiormente), e CONTINUAR a fazer o que é certo independente se os outros estão fazendo. Se cada um fizer a sua parte e não ficar prestando demasiada atenção se o outro está fazendo a parte dele, ao invés de engatinharmos, passaremos a correr rumo ao desenvolvimento sustentável!


Voltando às Campanhas... Reunidos de bons sentimentos e uma grande vontade de ajudar, minha família, meus amigos e eu nos mobilizamos. Com a ajuda de uns aqui, outros acolá, empresas conscientes, nós reunimos forças para nos superar a cada Campanha. Ajudar mais crianças. Trazer mais sorrisos no rosto delas, pelo menos nesses momentos. Eu sei que algumas pessoas dizem que isso é pouco e nunca vai mudar nada, que estamos perdendo tempo. A essas pessoas, eu digo que "temos plantado muitas sementes" (meu objetivo é esse!) e nunca se perde tempo quando nos prestamos a ajudar. Nunca. Muito bem dito, alguém uma vez: "a melhor maneira de se encontrar é se perder em benefício de outros". Sábio isso.


Nessa última Campanha, realizada ontem mesmo no Dia das Crianças, conseguimos roupas, brinquedos, calçados, doces, entre outros presentes. Mais de 300 para ser mais exato!

Eu acredito que vivemos num mundo que constantemente tenta nos dizer que "não tem como", que "está muito difícil", "é cada um por si", e acredito que muito dessa "filosofia" nossas crianças absorvem. Então, o que eu quero? Nesses dias de Campanha, dizer exatamente o contrário: Sim, é fácil, há esperança, e muitos como nós acreditamos em vocês, tenham fé e persistam no Bem!



[/ O sucesso e a pobreza são coisas efêmeras e o planeta está constantemente dando voltas. Se liga nisso! ]

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Letra ou Melodia?


*Nebulosa de Hélix, também conhecida como A Hélix ou NGC 7293 é uma nebulosa planetária localizada na constelação de Aquarius.

[/ "Misterioso e intimidante para contemplar, o cérebro humano é a coisa mais complexa que existe, e a tarefa mais difícil em que ele pode se empenhar é entender a si mesmo." (David Noonan) ]



Durante minha vida toda eu tenho notado que o ser humano tem dentro de si mesmo uma voz que o guia. Eu chamo assim. Uns chamam de guia, outros de luz interior, há quem diga que é intuição, instinto... Seja o que for, realmente pode-se perceber que é uma sinalização importante do nosso próprio corpo a nós mesmos. Quem nunca diante de uma situação específica, seja de perigo ou decisão, "sentiu" dentro de si mesmo, algo como: "é melhor não fazer isso", "esse caminho parece familiar", "já vi isso!". Ou até, "algo me diz que é por aqui...".


A verdade é que nós nunca saberemos até que ponto essa "voz" pode ser ouvida ou negligenciada, até que ponto é a vida nos dando um sinal ou é o nosso próprio inconsciente emitindo alguma coisa. Na minha opinião, tanto faz ser uma coisa ou outra, eu sigo! Eu ouço. Dou prioridade. Não sei explicar na hora – na verdade nem faço muita questão disso –, mas se em determinado momento algo dentro de mim (que posso nem saber o que é realmente) apita "não", é não! "Siga", eu sigo! Na grande maioria das situações – pra não dizer todas –, me sai bem. Às vezes há quem diga que não fiz um bom negócio, mas o tempo acaba nos provando o contrário, de uma forma sempre misteriosa.

Faço das minhas decisões o meu norte e através das minhas conversas internas vou tirando as rotas para o meu caminho. Nunca faço questão que os outros entendam meus planos ou minhas palavras, uma vez li e achei interessante: "Eu planto uma semente, seja falando algo ou não, uma hora nasce, tudo tem seu tempo". Sou assim, gosto de ser assim, nunca me explico, não peço seguidores. Dou pistas. Num olhar posso revelar mais coisas do que muita gente pode imaginar, entende quem quer, repito: nunca pedi seguidores.


Acredito que há um único Sol lá em cima pra todos nós, Ele brilha sempre, nunca nos nega sua luz, e os caminhos são vários, cada qual com o seu. Todas as pessoas possuem consciência. Não há ser nesse universo que não tenha sentimentos e pensamentos, nasceram conosco, estão aí por algum motivo. São essas as nossas armas. E aí o truque. A vida fala pra quem quer ouvir, não é papo de doido, nem de pregador barato, é fato. A metáfora é justa: "onde uns vêem letra, outros podem sim enxergar melodia", por que não!?


Se algumas pessoas não conseguem se ouvir é porque nunca se preocuparam em se levar em consideração, colocam-se em segundo plano até em suas próprias vidas e só porque não ouvem-se não significa que não exista voz. Ou luz. Ou saída. Há, sim! Sempre há.

Atente ao que seu corpo fala, mas de forma realmente efetiva, faça-se algumas perguntas, como: "Por que tem?", "Está bom pra mim? Não está?", "O que eu posso fazer a respeito?". São perguntas básicas, justas, que por mais que não pareça revela muita coisa, só é preciso pôr em prática. Identificar e sufocar é bem pior, acho que é por isso que muita gente não se encara, como não se conhece de fato, teme o que vai encontrar. Mas acredito, sinceramente, que nesse ponto a vida é incisiva, ela nos põe contra parede uma hora, quer estejamos esperando ou não. Aí, a vida quer respostas satisfatórias, posturas mais firmes, quer verdades, sejam elas quais forem. Quem não tem o hábito de praticar autoconhecimento, nesses momentos explode. Ou implode! Mas é fato, chega uma hora que a represa se rompe e a vida retoma seu curso, não há barragem/máscara/mentira que suporte isso, é a Lei da Vida se fazendo justa.


Por medo de viver, tem gente que liga a TV e fecha o cérebro. Entra numa relação amorosa com o coração fechado. Quer convidar a vida a entrar com as portas do corpo todas trancadas. Não dá! Não se vive assim pela metade, ou a gente vive plenamente e encara os riscos naturais da vida e aprende com eles ou sobrevivemos brigando com sombras. Há coisas que jamais podemos dar campo, as mais famosas se chamam pessimismo, medo e dor. Não digo que essas coisas não tenham força, mas só fortalecem se você as alimentar. Nada nessa vida dura pra sempre, não há mal que permaneça sem o nosso consentimento. A mágoa, a tristeza, as sensações e os pensamentos ruins são exemplos de excesso de malas que carregamos, não vamos utilizar isso no futuro, tem que deixar pra trás. Carregar esse monte de coisas pra quê? Só quem carrega, carrega o peso!


Se uma pessoa for capaz de aprender pelo menos essas três coisas na vida, já viverá muito melhor: ser capaz de ouvir os apelos do próprio ser; ser capaz de se colocar no lugar do outro e ser capaz de aprender com os erros (e não precisa ser necessariamente os próprios!).



[/ Se você me disser que acredita, eu posso te convencer do contrário. Mas se você disser a si mesmo antes, ninguém poderá mudar isso. E pra isso ser bom ou ruim, depende do que escolherá acreditar. Letra ou melodia? ]

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

QUAL É O SEU FOCO?


[/ "Não precisamos saber nem como nem onde, mas existe uma pergunta que todos nós devemos fazer sempre que começamos qualquer coisa: Para que tenho que fazer isto?" (Paulo Coelho) ]


Às vezes me assusta deparar com a nossa total entrega às coisas erradas. Todo mundo vê, sabe que está errado, se acostumou - e invarialmente consente -. Depois se tenta aliviar a consciência ao declarar que não há o que possa ser feito a respeito; o que me cansa é isso, uma reação passiva/omitiva da sociedade ao que ainda deveria nos chocar. Sim, violência ainda me choca; notícias sobre mortes, catástrofes, comportamentos antiéticos ainda me causam asco. Não consigo crer que essa realidade está comum em lugar algum, pra ninguém, eu sinto muito se ainda não sou capaz de me acostumar com o que é antiético.

Nunca fui fã de omissão, acredito que estar por dentro do que acontece ao nosso redor é necessário e importante, o que me espanta é o foco!
Ligo a TV por exemplo, já de manhã sou confrontado com notícias sobre mortes no trânsito ou crianças envolvidas em tráfico de drogas; abro o jornal e na primeira página - numa foto enorme -, me deparo com o casamento de alguma celebridade, e no fim - bem no cantinho da página, quase imperceptível aos olhos alienados - uma notícia sobre cultura.

Em qualquer roda de pessoas, em qualquer momento ou lugar, os assuntos mais comuns são sempre os menos importantes, e os que talvez se deveria focar mais, tentar encontrar solução, simplesmente não se discute. É uma coisa velada.


Fico surpreso com o foco que a sociedade tem dado a certas coisas e não a outras. Ser professor na minha época - e não sou tão velho assim -, era motivo de orgulho e respeito, hoje é ganhar pouco e ser desprezado em sala de aula. É vergonhoso parecer inteligente numa sociedade que o importante é parecer popular(?). Na atual "filosofia psicopata" é vergonha ser transparente e jogar limpo(?). Enquanto coisas que deveriam ser importantes na vida de alguém saem de moda é espantoso os motivos que causam interesse e vergonha em algumas pessoas. Onde está o foco?

Longe de ser moralista extremo ou uma pessoa radicalmente crítica, penso que as coisas estão meio que indo contra à maré e nos resta atentar somente uma coisa: é isto o que queremos - abrir o jornal e ler tragédias, assistir TV e ver tragédias, conversar sobre mais tragédias ou quem sabe sobre algum "
'Reality' Show ", enquanto assuntos como planejamento familiar, cultura, saúde, política ninguém se atreve?! Esse é o foco?

Repense onde os seus olhos estão voltando atenção e avalie se é isto o que quer pra sua vida. Dizer que não faz política, que não gosta de ler, que não gosta de cultura e que papo cabeça é coisa de chato é se destinar à alienação. O que fortalece uma pessoa e a protege de abusos, e desenvolve uma população por completo é informação e cultura.

Não resolve a gente se preocupar única e exclusivamente com a nossa própria vida e o outro que se resolva sozinho; não adianta fechar as portas da nossa casa e fazer de lá um lugar melhor enquanto porta à fora há problemas. A gente vai ter que se entender aqui, por esse motivo cidadania é um dever. Enquanto vivermos na filosofia: "na hora de rir e se divertir é todo mundo junto e na hora de resolver os problemas é cada um por si", as coisas só tendem a piorar.



[/ Como minha professora de inglês diz, " a gente assiste um telejornal sobre guerras, assaltos, assassinatos, violência e no final um sorrisinho e 'Tenham uma boa noite!' "
(Hã?!) ]

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Originalidade Vs Mediocridade


[/ "O processo de banalização que atinge todas as atividades humanas – lazer, trabalho, estudo – promove simultaneamente a mediocrização do sujeito. Segundo um antigo dicionário, medíocre é "mediano, ordinário, insignificante, vulgar, sem mérito, aquele que está entre mau e insuficiente"" (Márcia Denser) ]


Há dois tipos de pessoas no mundo, aquelas que são interessadas no novo e seguem essa curiosidade natural se lançando no desconhecido e se descobrindo a cada fase da vida e aquelas que não gostam de mudança, aceitam um único padrão imútavel de vida e vão levando uma existência morna, sem grandes imprevistos e também sem grandes aprendizados.
As primeiras, as chamadas de "diferentes" na sociedade, são pessoas que pensam realmente diferente, porque acreditam que a vida muda, que as pessoas são diferentes e entendem isso, são pessoas que valorizam as suas experiências vividas e sempre estão em busca de respostas, são questionadoras, desafiadoras e amam criar algo novo e digno de admiração.
As outras, as pessoas medíocres, acreditam num único caminho para a felicidade, que só existe uma forma para se viver na sociedade e é dever de todo mundo seguir à risca essas "normas éticas". São pessoas que sonham com uma casa própria, um carro bom, um emprego bom - e que vão se aposentar nesse trabalho, para aí começarem a viver a vida! Não discordo que ter casa própria + carro bom + emprego estável sejam ótimas coisas para qualquer ser humano, mas peço desculpa se não compartilho desse sonho. Eu não. Eu não consigo. Porque eu quero mais do que isso. Eu quero, antes de ter posse de inúmeras coisas materiais, poder dizer que me conheço tão bem a ponto de saber tirar minhas próprias conclusões, ser dono das minhas verdades e com isso autor da minha história. Vejo uma porção de gente (gente medíocre) que é cheia de posses, mas a própria pessoa não teve o privilégio de se possuir ainda. E isso é uma pena, me desculpe.

As pessoas originais infelizmente estão em minoria na sociedade, porque a grande maioria não percebeu ainda que nós não somos iguais, não é possível viver de forma genérica. Não há como você ser medíocre após entender isso. Ninguém nasce fadado a ser uma coisa ou outra, é sempre uma questão de escolha: aceitar ou entender as coisas. Acredito que se pode tirar uma boa conclusão só do fato de nascermos nus, ninguém nasce usando roupa da moda, pendurado num celular multimídia, acoplado numa televisão de LED e escorrega para um carro conversível, porque obviamente as únicas coisas que precisamos para viver nesse primeiro momento é gratuito: pensar, sentir e respirar. Ao longo do tempo as pessoas esquecem das necessidades principais e pulam para o desnecessário, esse é o problema, essa inversão de prioridade que gera uma inversão de valores.

Pessoas originais são mais difíceis de se reconhecer à vista, mas as medíocres são fáceis de serem reconhecidas, porque via de regra andam juntas. E na grande parte do tempo delas estão falando da vida das outras, principalmente das "diferentes".

Que tipo de pessoa você quer ser, original ou medíocre?
Se aceita um conselho, seja original. Vale mais a pena. Lute para ter suas próprias opiniões, baseadas em suas ideias bem refletidas e mude quando preciso. Com o tempo vai acabar percebendo que a sociedade é original - pelo menos deveria ser -, o que acontece é que tomamos como correto a mediocridade. Mas, nada que não possa ser mudado.


[/ "Todo o escritor que é original é diferente. Mas nem todo o que é diferente é original. A originalidade vem de dentro para fora. A diferença é ao contrário. A diferença vê-se, a originalidade sente-se. Assim, uma é fácil e a outra é difícil." (Vergílio Ferreira) ]

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O conhecimento está na busca


[/ “A alma é essa coisa que nos pergunta se a alma existe.” (Mário Quintana) ]


Semana passada, durante uma aula na faculdade, um professor disse algo que cravou em minha mente. Enquanto ele explicava sobre estilos, técnicas e conceitos sobre Negociação, disse que o maior erro numa negociação é tentar encontrar solução antes de conhecer a raiz do problema – “Muitas vezes a gente busca respostas para perguntas que desconhecemos”, disse ele. Fiquei imóvel, pensei sobre meu Blog na hora, no meu interesse nele: uma busca interior por respostas! O mais espantoso não foi constatar que também busco respostas, porque sei que todo ser humano busca as suas, o que me surpreendeu foi eu me questionar se conheço as minhas perguntas. Logo em seguida, me perguntei: “Como buscar respostas para perguntas que não sei exatamente quais são?!”.
Meu professor finalizou dizendo que a resposta se torna clara quando se enxerga com clareza a pergunta para ela.

Nos últimos dias, me dediquei a refletir sobre isso – porque esse assunto me intrigou bastante – e tentei encontrar as tais perguntas! Não foi uma tarefa fácil, confesso, talvez não tenha chegado a uma conclusão assertiva ainda, no entanto, sei que busco através desse espaço reflexão sobre a minha própria vida. Aqui me questiono sobre alguns conceitos, me encontro comigo mesmo, me desvendo de alguma forma, me reinvento em outras, mas sempre com o intuito de inovar para mostrar ao mundo uma nova imagem minha e assim poder evoluir como pessoa. Acredito que não é possível evoluir sem alterar a matriz e toda alteração passa por um processo – que nem sempre é saboroso.


Cheguei a conclusão que procurar por perguntas imutáveis é me fadar a uma resposta absoluta, e se parto do princípio que não existem respostas definitivas, também não existem perguntas imutáveis. Assim, estamos sempre nos perguntando algo diferente em cada fase da vida! E em cada fase da vida respondemos diferente também! São questionamentos internos e subjetivos e as respostas, num primeiro momento, nem sempre são esclarecedoras. O conhecimento está na busca! Como canta os Titãs em Enquanto houver sol: “É caminhando que se faz o caminho”. Através das nossas experiências, a vida vai se revelando à medida que vamos seguindo – e a gente nem percebe!



“Enquanto houver sol
Enquanto houver sol

Ainda haverá

Enquanto houver sol

Enquanto houver sol...”



[/ Antigamente eu perguntava por quê?! Hoje eu me pergunto por que não!?]

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Não espere


[/ Enquanto eu espero, a vida acontece. Enquanto eu espero, me perco. Enquanto eu espero, posso me decepcionar. Mas quando eu sigo, aconteço com a vida. Quando eu sigo, me encontro. E enquanto eu sigo, aprendo! ]


Durante a vida, aprendi a não esperar por algumas coisas e me convencer a acreditar muito mais em mim. Por isso gostaria de dizer àquelas pessoas que passam toda uma vida esperando por certas coisas, coisas que as complete, que acredito que já nascemos completos.
Não espere amor, das pessoas que simplesmente por algum motivo não foram capazes de te amar.
Não espere ser feliz, no ano que vem quando finalmente dar início a determinados planos.
Não espere por um amigo, que simplesmente não soube esperar por você algum dia.
Não espere correr atrás dos seus sonhos e lutar por eles, após conseguir alguém que acredite tanto neles quanto você.
Não espere ser você mesmo, apenas quando estiver sozinho.
Não espere que alguém te encontre, antes de você se encontrar.
E cuidado! Não espere pra viver a vida, apenas quando já se deparar diante da morte.

Há tudo o que precisa dentro de você mesmo, te garanto que o que precisar está aí - sempre esteve: amor, coragem, motivação, força, o que for. Quer me dizer que é difícil, complicado e às vezes doloroso e acha que eu não sei disso?
Quem disse que a vida não foi feita pra se arriscar?
Quem disse que não há saída? Porque se alguém te fez acreditar nisso, pode muito bem acreditar no contrário, é só querer. Então vai descobrir que não é possível alguém te amar se você não se ama e que muitas vezes na escala da vida estaremos sozinhos e precisamos acreditar em nós. Não resuma sua vida a procurar e esperar, o que é nosso a gente descobre porque vem de encontro.

Vejo pessoas esperando de mais. Não o esperar no sentido de paciência, é o esperar cair do céu. Quem sabe vai cair do céu a resposta do problema, não é? A cura. A felicidade. Simplesmente vai cair do céu e da noite para o dia tudo muda. É... eu queria que fosse simples assim. Mas acredito que não seja. Posso até crer que a resposta está lá, no céu, mas sei que ela não vai cair se eu não for lá buscá-la.


[/ O futuro a gente contrói a partir dos nossos sonhos e ações persistentes, baseando-se unicamente em nossa confiança. Confie e siga, vai bastar! ]

terça-feira, 23 de agosto de 2011

ANSIEDADE É UM SINAL!


“Ansiedade, ânsia ou nervosismo é uma característica biológica do ser humano, que antecede momentos de perigo real ou imaginário, marcada por sensações corporais desagradáveis, tais como uma sensação de vazio no estômago, coração batendo rápido, medo intenso, aperto no tórax, transpiração etc. Esses dois aspectos, tanto a ansiedade quanto o medo, não surgem na vida da pessoa por uma escolha. Acredita-se que vivências interpessoais e problemas na primeira infância possam ser importantes causas desses sintomas. Além disso, existem causas biológicas como anormalidades químicas no cérebro ou distúrbios hormonais. Ansiedade é um estado emocional que se adquire como consequência de algum ato.” (Wikipédia)


Ultimamente tenho estado muito ansioso, mesmo. Uma ansiedade sem precedentes. Recentemente encontrei esse texto sobre ansiedade e, pra mim, a explicação é exata. Até coloquei em vermelho as palavras que me chamam mais à atenção. Eu sei que a ansiedade é um problema bem complexo, porque possui muitos sintomas diferentes – e pessoais – e as causas podem ser biológicas. O objetivo do post não é entrar nessa questão e sim num outro problema – também real – causado pela ansiedade: a extravasação.

Eu particularmente tenho corrido e feito outras atividades físicas como um louco, é só bater a ansiedade. E da mesma maneira que tenho me observado sobre isso, observo outras pessoas ao meu redor. Cada pessoa extravasa a sua maneira. Meu irmão por exemplo, acorda às 2hs da manhã para comer batata frita, minha mãe corre para os doces e tenho amigos que descontam na cervejinha no final de semana ou partem às compras. O fato parece simples – e até dar conotação de graça –, mas é sério. Muito sério. E observo que a maioria das pessoas não presta atenção nesse mecanismo de compensação (extravasação, relaxamento, compulsão...) porque mal o percebem. Você mesmo já parou pra pensar sobre isso? Nos momentos de ansiedade o que você tem feito?


Muitas pessoas podem achar que isso não é um problema real com consequências sérias, que isso não afeta a suas vidas, porém, na minha opinião, qualquer atitude exagerada feita para “compensar” uma sensação de ansiedade é sim um problema. Porque através dessas “compensações” nem resolvemos o problema principal – que obviamente continua camuflado –, nem sanamos a ansiedade de vez, porque ela vai voltar. A ansiedade em si não é o maior problema, ela é apenas a sinalização para ele. Geralmente, a ansiedade é um aviso para um problema presente, que por estar mal resolvido está ocasionando esses transtornos. Pode ser uma conversa que você quer ter com uma pessoa e fica adiando. Ou aquela vontade reprimida. Pode ser aquela história que ainda ficou mal resolvida. Da pra notar que: a ansiedade é desencadeada, muitas vezes, por uma vontade que está sendo reprimida, o que está gerando uma situação mal resolvida!


Na psicologia se diz que devemos se preocupar quando algo está nos incomodando. Então, se não te incomoda aqueles quilinhos extras ou aquelas contas a mais no final do mês, e se não sente uma sensação de vazio extremo às vezes ou uma enorme ansiedade, ótimo, se preocupar pra quê? Mas, se isso tudo faz sentido pra você, então o mais sensato é tentar resolver. Se for um problema financeiro, analisa o que pode ser feito; se for um problema amoroso, senta e conversa com a pessoa; se é um problema no trabalho, na família ou pessoal, faça da mesma maneira. A partir do momento que você resolver esse assunto dentro de você, a ansiedade desaparecerá. Porque eu posso garantir também, um mecanismo de “compensação” sempre tende a aumentar, quem come um bombom hoje, comerá uma caixa amanhã!



[/ Tenho quase certeza que tem gente pensando qual é o meu problema pra correr tanto. Bom, eu ainda não sei a origem dessa minha ansiedade, mas quando eu descobrir virão os posts seguintes! rs rs]

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Persona


[/ Às vezes eu observo que a maioria das pessoas tem uma imagem "desatualizada" sobre mim. E das duas uma: ou eu quem continua dando essa imagem inconscientemente ou percebo e de alguma forma deixo passar. Não sei ao certo o que acontece, mas reparo bastante na forma que me descrevem.]


Já ouvi muita gente dizer por aí que sou (sempre) politica e ecologicamente correto, de paz, de bons modos, que nunca vacilo, que não cometo erros. Em partes, me conhecem. Só que ninguém acorda comigo e sente o meu humor pela manhã. Então ficam rotulando sem fundamento; porque ninguém convive comigo 24 hs por dia. Aliás, ninguém convive com ninguém todo esse tempo. Mesmo d'baixo do mesmo teto. É complicado quando dizemos que "conhecemos" as pessoas. Via de regra, ninguém é uma coisa só com todo mundo o tempo todo. Por esse motivo o que julgamos ver nos outros é apenas uma pequena faceta do que a própria pessoa manipula e uma grande faceta de nós mesmos, refletido.
A escritora Clarice Lispector, certa vez declarou: "Escolher a própria máscara é o primeiro gesto voluntário humano. E solitário. Mas quando enfim se afivela a máscara daquilo que se escolheu para representar-se e representar o mundo, o corpo ganha uma nova firmeza, a cabeça ergue-se altiva como a de quem superou um obstáculo. A pessoa é."

O "Eu" de hoje, após de ter vivenciado todos os momentos que vivenciei - bons e ruins, após ter passado por todas as fases e obstáculos que eu já passei, é outro. É diferente do passado. Está atualizado. Portanto, julgar de santo quem dá esmolas e de religioso quem vai à igreja toda semana é complicado, vai um pouco mais além disso. Um copo não traduz um bêbado, da mesma forma que um comportamento isolado não traça todo um perfil psicológico, as pessoas são um contexto um pouco mais amplo. Os verbos estereotipar, extrapolar, generalizar, invadir é preciso moderar, todo julgamento corre o risco de ser um tanto precipitado e incompleto.


Estou dizendo que as pessoas são todas psicopatas?

Estou sendo controverso e negando tudo aquilo que venho defendendo anos e anos nesse Blog então? Transparência? Não! Não, necessariamente.
É muito desagradável e um trabalho inútil classificar as pessoas colocando nelas moldes e julgá-las eternamente por isso. Concordo sim que as pessoas mudam ao longo do tempo e posso garantir que nunca quis dizer nesse Blog ou em qualquer outro lugar que eu sou o detentor da verdade. Sou sim, da minha verdade!

Vamos parar de fadar as pessoas a rótulos e aceitar uma capacidade de ir se moldando de acordo com as experiências da vida, de que nem sempre o que é errado, feio e sem sentido para nós será também para os demais; vale sempre repetir que tudo é um tanto pessoal, relativo e passivo de erro.


[/ “A realidade é complexa e o modo como costumeiramente a percebemos muitas vezes está errado. Se as coisas e acontecimentos sempre evoluíssem conforme as nossas expectativas, não teríamos o conceito de ilusão ou de equívoco.” (Dalai Lama)]

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O que é Isso!?


[/ O que é essa força!? De onde ela vem, de onde surgiu e como ela tem esse poder?? ]


É uma sensação capaz de fazer erguer a cabeça depois daquela rasteira inesperada da vida, nos endireita o corpo e nós continuamos a tocar o barco com a mesma coragem de antes e agora ainda com mais esperança.
É um sentimento que faz queimar o rosto e acelerar o coração naquele momento em que a gente olha pra trás com um aperto no peito e se diz: “puxa, essa doeu!”. Mas a gente continua!!!
É uma energia que corre dentro de todas as pessoas. Corre dentro do mendigo na rua, que caminha com a dúvida se até o pôr-do-Sol terá o que comer. Corre nos olhos da mulher abandonada por um grande amor, que olha para um horizonte incerto com ousadia. Corre dentro daquele que perdeu tudo! Corre dentro daqueles que trabalham muito e não ganham quase nada, mas são movidos por essa força que não os deixa desistir. Corre dentro de mim, corre dentro de você!

Essa força vem através da música tocada longe que vem como um sinal cortante; que vem através das palavras daquele desconhecido que fala sobre um conhecido problema; que surge de dentro de nós de onde achávamos não existir mais nada. E então a gente continua!!!
É um sentimento que nos faz tremer com aquele abraço dado com intenção, é uma energia capaz de mudar, transformar, transmutar, emocionar, é uma força capaz arder, de doer, de salvar! É um sentimento que pode vir de diversas formas e nos atingir de qualquer jeito, quando menos esperamos. É um poder que não vemos, que não conhecemos, que não sabemos seu nome, mas a gente sente e sabe que é o que é no momento exato.

É uma energia, uma força, um sentimento, um poder capaz de te fazer tremer enquanto estremece o mundo ao seu redor. É o milagre, é o sonho, é a fé, é a imaginação, é você eu e nós. É algo que eu não sei como te apresentar, mas que eu tenho certeza que você já conhecia e sabia do que eu estou falando desde o primeiro parágrafo!




“And that's why I smile
It's been a while
Since everyday and everything has felt this right
And now
You turn it all around
And suddenly
You're all I need, the reason, why
I smile”
(Avril Lavigne – Smile / Composição: Avril Lavigne, Martin, Shellback)


[/ Já descobriu o seu nome!? ]

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

VOLTEI


Após estes meses de pausa e boas reflexões – necessárias -, agora começo a me situar da realidade presente. Não que eu estivesse latente, apenas relaxei. Para me recarregar. Eu estava bem desgastado. Esses meses que passaram foram de intenso descanso, onde o principal objetivo que me dei foi, realmente, dormir. Acumular forças. Energias.
Hoje com a mente e o corpo descansados, posso me sentir seguro para começar a dar início a novos projetos. Pensar sobre minha vida profissional por exemplo. Agora sinto meu próprio corpo me chamando para novos rumos. Aos poucos.

Esse tempo que passou, para mim foi muito enriquecedor em vários sentidos. Porque pude perceber a vida com outros olhares. Com uma certa calma que, quando no meio da vida tumultuada, não enxergava com clareza pequenos detalhes. Constatei que eu tinha coisas na minha vida que eu não aproveitava bem. A lista vai de roupas à pessoas!
Tenho me sentido renovado, com ideias mais frescas e com o coração mais apaziguado. Notei que o trabalho pode nos tirar a essência da vida quando não tomamos cuidado. Não apenas o trabalho, qualquer coisa em que nos dedicamos demasiadamente. Faz mal exageros. Aprendi que temos setores na vida. Família. Amigos. Trabalho. Afetivo. Pessoal. Esse último é tão importante. Eles precisam ser bem preenchidos, em dosagens iguais.

Com a bagagem cheia de livros lidos, filmes assistidos, conversas interessantes, reflexões profundas (dolorosas), sinto-me como voltando de viagem. Uma viagem que fui ao meu encontro. Um resgate talvez? Não sei se melhor ou pior, certamente estou diferente de antes. Olho para trás às vezes, na tentativa de relembrar algumas coisas e comparar com o momento presente... mas logo em seguida paro. Besteira! Já passou. É aí então que eu percebo como é fácil a gente viver nessa de sempre comparar o passado com o presente. Acredito que é porque constantemente tentamos nos dizer se estamos no lucro ou no prejuízo. E de alguma forma, vai saber porquê, nos conforta quando nos dizemos que acertamos. Vai saber o que realmente é certo...

Pra mim o certo é um só. Estar vivo. Seja com um troféu nas mãos ou com uma lição na bagagem, ou com uma boa história pra contar, certamente estar vivo é o que mais importa.
Com a certeza de que estou feliz comigo mesmo e agradecido com a vida, procuro olhar para trás com orgulho por tido coragem, humildade e determinação nos momentos em que a vida me pedia um pouco mais.


[/ “Viva uma vida boa e honrada. Assim, quando você ficar mais velho e pensar no passado, poderá obter prazer uma segunda vez.” (Dalai Lama) ]

quinta-feira, 21 de julho de 2011

CADA PESSOA... UM MUNDO


[/ Esse é o primeiro post - acredito eu, que faço primeiro o título dele. Sempre faço um post, tendo em mente uma noção do que escreverei - com espaço livre para improvisos, é claro; mas só depois de escrever é que paro, leio, releio o post e vejo que "nome" ele tem. Só aí então vem o título. Dessa vez é diferente... ]


É diferente porque sei muito bem o que quero escrever, com a certeza que sempre tive. Com a certeza que ninguém há de me tomar: cada ser humano é realmente um mundo, em toda sua complexidade e originalidade. Não há o que contestar. Embora algumas pessoas infelizmente não percebam isso, e vivam acreditando que não é possível aprender mais (ou ensinar).


Ao longo da minha vida eu conheci tanta gente bacana, tantos "João's", "Maria's" e "José's" (como meu pai) e vi que o que vi era único. E cada sorriso carregava uma história que, às vezes pode ter sido sofrida, mas certamente deixou grandes aprendizados. Cada olhar. Cada mão. Pessoas que me emocionavam, que me comoviam, que me ensinaram muito... Pessoas que são meus amigos, meus colegas de alguma coisa - de alguma época, meus eternos professores, e algumas outras foram até meus alunos. Pessoas... sim, pessoas que carregam um mundo! Hoje um pouco do delas e um pouco do meu.


Eu sempre admirei a pequenez da vida, essa simples e singular chama dos pequenos detalhes, pelo fato de serem tão humildes e carregarem tanta vida. Uma folha de árvore, uma antiga página de caderno, uma velha casa, um rio, todas essas coisas carregam tanto. E as pessoas que nos cercam são assim. Pessoas que entram em nossas vidas com um propósito; algumas delas ensinam muito sem proferir uma única palavra direta, outras nos evidenciam uma história em apenas um olhar... Pessoas de praia, pessoas de cinema, pessoas que lêem, pessoas que lemos, pessoas que ficam... pessoas de estação - às vezes voltam, às vezes não.


Aquele que viver a vida tendo a curiosidade necessária para conhecer a fundo o interior das pessoas, acabará por conhecer também os seus vários mundos. Para isso é preciso abrir a mente para novos conceitos, abrir os olhos para novos olhares e abrir o coração para navegar nesse mundo com sinceridade.
Essa é a Alquimia da vida!
Quando você perceber que Tudo ao seu redor, inclusive você, é parte de um grande tesouro, você vai se perceber diferente. Vai perceber os outros diferente. Vai conversar, vai amar, vai viver diferente! Porque vai aprender que cada pessoa neste mundo, seja ela quem for e onde estiver, carrega dentro de si um mundo - cheio de ideias, sonhos, experiências, emoções, aprendizados..., e quando você for capaz de enxergar isso nelas e ter curiosidade de navegar, as pessoas mostrarão a melhor parte delas a você e você vai estar mostrando a sua melhor parte ao Mundo!


[/ "- Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos." (O Pequeno Príncipe) ]

sexta-feira, 24 de junho de 2011

JOVEM PARA SEMPRE!


Assim meus amigos conta a lenda...
E como todas, começa com... Era uma vez...


Um jovem sonhador, que passava grande parte do seu tempo em meio à aventuras imagináveis e pensamentos distantes. Esse jovem, desde de criança, sabia que aquele não era o seu mundo; ao menos não o seria para sempre. Ele acreditava em reinos de heróis e terras sem fronteiras, em suas visões não haviam injustiças e todos eram iguais. Cansado do seu mundo, um dia o garoto partiu sem saber pra onde...
É certo que ele passou por grandes apuros, viu o pior lado do ser humano, sofreu algumas desilusões, provou de sua coragem, enfrentou seus medos... bem, ele passou por maus bocados. Mas, como a lenda diz, ele também viu a história acontecer diante de seus olhos, onde medos deram espaço à fé, onde a dor deu espaço ao tempo, onde a vida virou uma aventura de verdade... onde esse garoto será jovem para sempre...


Quantos anos você tem? Quantos, parece que você tem!?
Você se lembra que quando era criança você acreditava? Que pra você o mundo era uma grande aventura?
Pois bem... eu me lembro de que, nessa época, a gente não pensava tanto, o tempo nunca passava, as dores eram rapidamente esquecidas, os amigos eram parte de nós, os segredos eram inconfessáveis e a gente sempre guardava um sorriso no rosto. Um olhar curioso. Uma mente totalmente inocente...

Você se lembra da flor da juventude? - O gosto da liberdade, o “depois da meia noite”, o futuro que jamais chegará...
Mas, um dia o futuro chega, e você esquece que a vida não tinha esse peso, você guarda coisas que nunca vai usar e utiliza coisas de que não precisa. Você aprendeu a mentir (e olha, ficou bom nisso hein!), aprendeu a fingir, deixou-se apagar e, finalmente, foi consumido por um fogo mortal, chamado Rotina! Ele te escravizou a relógios, quilos, anos, contas, dores e a uma vida superficial e medíocre.

Mas, ei, acorde!
O que não te contaram é que pode haver um futuro totalmente diferente esperando por você. Pense bem. Avalie esse viver e se necessário mude, não se acomode mais.
Hoje, coloque aquela sua melhor peça de roupa para ir à padaria – guardar pra quê? Coloque o melhor perfume para conhecer... a si mesmo. Não se esqueça de sorrir e ir cantando. Durma 1 hora mais tarde. Coma mais uma fatia. Cubra todos os espelhos, eles costumam mentir – o que importa é o que você acha! Aumenta o som. E feche os olhos, para ver melhor. Tudo porque, como diz a lenda: há um lugar onde a história acontecerá diante de seus olhos... onde você será jovem para sempre! E esse lugar é agora, por isso se chama Presente!

terça-feira, 10 de maio de 2011

UNIFICAÇÃO


[/ "Se em certa altura
Tivesse voltado para a esquerda em vez da direita;
Se em certo momento
Tivesse dito sim em vez de não ou não em vez de sim;
Se em certa conversa
Tivesse dito as frases que só agora, no meio do sono elaboro –
Se tudo isso tivesse sido assim,
Seria outro hoje, e talvez o universo inteiro
Seria insensivelmente outro também.”

Fernando Pessoa ― Poesias de Álvaro de Campos ]


Eu noto como é fácil pedir, reclamar e culpar. Mais tempo, mais descanso, mais paciência, mais atenção, mais amor, mais dinheiro, mais e mais, essas são as exigências. Eu acredito que os verbo mais usados e não importa em que tempo, sejam o querer e o culpar. Querer tantas coisas de uma só vez, reclamar tanto de pequenos detalhes, procurar culpados, isso tudo nos leva a esquecer que o objetivo de estar aqui nunca foi acumular ou julgar, e sim experimentar e vivenciar. Então, do meu ponto de vista os verbos deveriam ser outros: acreditar, contemplar, dividir, agradecer...

Às vezes eu fico pensando e observando a vida e fico admirado com a perfeição de fins e começos de etapas, com as transformações, os mistérios, como tudo se liga e acaba se encaixando magnificamente. Acho tão bonito isso. A vida tem uma certa beleza que não dá pra explicar.
Mas quando eu me ponho na arte de ouvir meus pensamentos eu sinto isso. Eu vivencio. E me calo. Mas, eu gostaria de poder mostrar às pessoas essas transformações que ardem dentro de mim, porque são como explosões de fogos de artifícios que praticamente me obrigam a refletir algumas ideias, a repensar alguns valores, a questionar minha opinião d/nesse cenário, e mais precisamente, contemplar a vida.

Eu assisti a um vídeo, muito interessante:


"Estamos todos criando o futuro, criando o que está fora de nós. Nenhum de nós é inocente nessa tarefa; se tem alguma coisa lá fora que não gosto, não posso virar as costas pra isso. Porque somos co-criadores, de uma forma ou de outra, e temos que fazer as coisas certas, para tentar deixar o futuro de um jeito que seja melhor para todo mundo.".




[/ Que tal repensar algumas coisas? Já está na hora, não acha!?]

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Minha vida. Minhas escolhas. Meu custo!


[/ Dei a mim mesmo um tempo pra não decidir a vida e refletir, mas tenho percebido que estou pagando um preço por isso também... ]


É difícil nos bancar...

Às vezes eu fico observando como é mais fácil jogar as minhas responsabilidades em cima de coisas externas e não assumir o que de fato é meu.
Outro dia eu ouvi uma frase na televisão que me chamou à atenção e é até meio engraçada: "Quem pariu Mateus que balance o berço!".

A gente vai vivendo a vida como se nada que acontecesse (no presente) fosse resultado de uma série de escolhas e decisões, atos e coisas feitas lá trás, no passado, por nós mesmos. Coisas essas que vem nos lembrando da nossa própria trajetória. É a vida nos cobrando.
Há meses atrás - pra não dizer anos, eu já vinha reclamando de falta de tempo, da falta de energia, de estress e ansiedade constantes; hoje, ainda persistem os sintomas. Quando eu não dava conta de fazer todos os trabalhos da universidade nos prazos, o primeiro em que eu jogava a culpa era no trabalho. Depois me defendia, dizendo que estava cansado e acumulado demais com tarefas, e me enganando. Pois bem... o tempo passa, não estou mais trabalhando e as tarefas acadêmicas ainda estão acumulando e ando ansioso. Irritado. Reclamando...
Será que não é só uma questão de administrar melhor meu tempo e minhas tarefas?

Eu queria fazer um curso de espanhol, mas não tinha tempo, nem dinheiro pra isso. Hoje, eu tenho esses dois pré-requisitos, não o faço por quê!?
Sempre encontrei tempo pra correr ou fazer alguma outra atividade física, mesmo com a agenda lotada, porém hoje ela está bem folgada e eu não saio da cama. Como, bebo, durmo, acordo e o ciclo se repete.
Tenho realmente observado que estou muito acomodado com essa história de "quem é o culpado".

Quando algumas coisas não vão dando certo, não saindo conforme o planejado, ao invés de assumir isso como uma consequência natural, eu tenho procurado depositar a culpa em alguma coisa externa. No entanto, a responsabilidade é interna. A vida é e sempre foi minha. E se permiti que outras pessoas tomassem decisões por mim, ainda assim eu decidi isso.
Não me arrependo de nenhuma escolha que eu fiz, como ter saído do trabalho por exemplo. Vejo claramente que os motivos foram outros - não apenas estress e cansaço. Mas, o fato é que é difícil sim se bancar. Assumir as nossas experiências como sendo nossas e dar os créditos à quem realmente os mereça - nós mesmos. É mais fácil ter a quem ou a que jogar a culpa quando as coisas vão se dificultando e a gente faz o papel de vítima da vida, os coitados e inocentes que sofrem na história. O difícil é ter maturidade o suficiente para erguer a cabeça, olhar pra trás, ver que o trajeto que foi começado levava até aqui, e a partir daí rever se continuamos pagando esse preço ou revemos algumas coisas, porque certamente a vida continuará cobrando.

Um bom exercício é prever o fim a partir do começo: "Onde isso vai me levar?", "a partir daqui, eu posso deduzir que...?". Concordo que ninguém sabe onde o rio desboca, o futuro é incerto. No entanto, tem certas coisas que dá pra prever; não tem como colher laranjas a partir de sementes de limão; quem planta ventos certamente que colherá tempestades. Então, mesmo na imprevisibilidade da vida, a partir de alguns atos haverá uma sequência lógica.

Fica claro então pra mim que é muito arriscado brincar de viver, porque é preciso sim atenção para decidir a nossa vida, como viver nela e ter responsabilidade para assumir essas escolhas. Ninguém é culpado disso. Entender que nem sempre tudo vai ser como planejamos, os imprevistos acontecem, mesmo assim é preciso ter uma boa noção de onde queremos chegar, porque o tempo vai passando quer gostemos ou não e a vida vai cobrando seus preços.

Eu acredito que cada um deve viver do seu jeito, parar e refletir sobre algumas coisas na vida é necessário, só o que se tem que tomar cuidado são os custos disso tudo e ficar claro que no fim a conta é nossa!


[/ "Somos responsáveis por aquilo que fazemos, o que não fazemos e o que impedimos de fazer" (Albert Camus) ]

terça-feira, 29 de março de 2011

ALREADY GONE


Lá vem o vento... Portas que se fecham e batem, ao som de janelas que se abrem. Abrem pra vida, que me convida a respirar, a sentir e a viver. Uma vez mais, livre! O vento Norte está me chamando...


Daqui do alto, eu posso tocar o céu e sentir o calor do Sol. Daqui do alto, eu já não tenho medo e digo mais, eu tenho é sonhos! Esperança. Força de vontade.

Algumas vezes na vida nós alçamos voos. O voo da liberdade rumo ao desconhecido. À felicidade(?). Nessas horas não importa o que encontremos pelo caminho ou no que esbarremos, desde que sejamos capazes de sonhar e acreditar nisso.
Algumas vezes na vida, a gente se cansa da rotina, de olhar o relógio e se lembrar que não temos mais tempo. Aí, torna-se tediante e até angustiante constatar que tivemos toda uma vida pela frente e a perdemos se limitando, se podando e se anulando. Nos perdendo junto.
Quantos sonhos deixei escapar no silêncio da noite, confiando e selando-os apenas ao meu travesseiro? Quantas paisagens eu cheguei a ver e tive visões de lugares em que eu queria estar, e não estava? Quantas vezes eu me segurei para o vento não me levar? Mas agora será diferente...

O que sobra: quando a gente se cansa de se cansar? quando a gente já não se reconhece em nosso olhar? quando a gente se esquece de como viver e sobrevive sem se lembrar? O que acontece nesses momentos é simples, é chegado o momento de partir. É chegada a hora de encarar a vida e realmente viver em sua plenitude. Se encontrar! Hoje eu quero olhar para céu e respirar. Eu quero viver, hoje eu quero é amar. Amar-me primeiro!
Em algum momento eu me perdi de mim... uma ave que se esqueceu como voar. Hoje eu me lembrei que tenho asas. O vento Norte me chama e é com Ele que vou embora. Já não estou certo se sou certo ou se sou santo, mas carrego uma certeza: esse meu mundo ficou pequeno, preciso descobrir outro, porque só tenho uma vida e vou vivê-la, vou nessa...


[/ "Um dia volto, mas não pra ficar. Porque ainda está pra existir, alguém capaz de meus sonhos roubar"]

quinta-feira, 17 de março de 2011

Despeço-me dessa fase


[/ A vida só pode ser compreendida, olhando-se para trás; mas só pode ser vivida, olhando-se para frente (Soren Kierkergaard) ]



A vida é feita de ciclos que se iniciam e se encerram constantemente. São etapas que duram o tempo suficiente para nos ensinar algo. Com o tempo, depois de errar muito e com um certo sofrimento, aprendi distinguir quase que perfeitamente esses ciclos. Aprendi a aceitar e não tentar adiar o término deles. Reconheço quando é chegada a hora de partir e me lançar numa nova. Sinto medo e insegurança, mas não é o bastante para me impedir de continuar meu caminho, seja ele por onde for. Já consigo conviver pacificamente com a ansiedade deixada nesses descompassos. Momentos de pausa em que nós - a vida e eu - nos analisaremos mutuamente. Como nos intervalos entre o tic tac de um relógio, o som deixado pelo silêncio na minha mente e muitas lembranças que teimarão em não partir facilmente, sei que é o aviso de que a travessia será difícil. Mais uma vez, solitária. Triste. Mas não é impossível.


Nessa etapa, eu comemoro três anos trabalhados com muito esforço, com muita dedicação, em que obtive muito sucesso - não apenas profissional - sendo funcionário da minha última empresa. Sem vergonha alguma de assumir o que me pertence, posso afirmar que sou um vencedor por ter chegado até aqui. Eu desenvolvi muitos trabalhos para essa empresa, começando como um repositor de mercadorias. Com o tempo, fui convidado para fazer parte do RH da rede, e tenho muito orgulho de saber que eu ajudei efetivamente na construção da Missão, da Visão e dos Valores da organização. Como profissional de RH, conheci o lado profissional do ser humano, motivei, liderei e mudei algumas histórias. No meu antigo e último cargo nessa empresa, fui gerente de uma das lojas mais desacreditadas da rede. Sendo eu uma pessoa que encara a vida de frente e aceita desafios, peguei um cargo que ninguém queria, que todos temiam e acredito que ninguém acreditava que eu fosse capaz de conseguir: comecei do zero, contratei quase toda a equipe, mudei estruturas e paulatinamente ergui a loja! Em todos os sentidos...

Três anos, sem férias, de dedicação e fortes dores nas costas. Muitas críticas. Muitas e muitas dores de cabeça. Cansaço. Lágrimas quase diariamente. Obstáculos. Pessoas que atrapalhavam. Mais cansaço. Mais críticas... Tive medo e insegurança, muitas vezes quis desistir e tentar o caminho mais fácil, porém, era me procurar no meu posto e lá estava eu, pontual, firme e responsável com as minhas obrigações diárias. Hoje comemoro os frutos do meu trabalho.

Trabalho esse que nem sempre foi reconhecido...


Ao contrário do que disseram e do que cheguei a pensar: o caminho mais fácil não está sendo sair, o caminho mais fácil era continuar, apenas pelo dinheiro. Me obrigar a ficar numa organização que eu não mais concordo com algumas coisas, me calar, me anular e estar num cargo crente que sou perfeito, que meus colaboradores me amam e que a empresa depende única e exclusivamente de mim. E assim ir me matando por dentro aos poucos.

Acredito que com o passar do tempo a gente adquiri maturidade e direção. Hoje, eu posso não saber o que eu quero, mas eu já sei bem o que não quero. Não sei quais serão os meus próximos passos. Confesso que estou sem rumo e não estou nenhum pouco preocupado com isso. Preciso descansar. Ter tempo para pensar. Estudar. Crescer. Respirar. Não tenho medo do futuro, pois já aprendi que a travessia é incerta de qualquer forma. Não há o que fazer a respeito. Me dou o privilégio, momentâneo, de não pensar muito e apenas refletir. Contemplar. Observar e meditar. Da mesma forma que soube distinguir uma partida, saberei reconhecer terra firme quando esse momento chegar. Até lá, me dedico a mim.


[/Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito (Machado de Assis)]

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

SOMBRAS QUE COBRAM


[/ O que estou fazendo comigo...]


Às vezes eu me pergunto o porquê de me cobrar tanto, querer estar sempre fazendo as coisas certas, da maneira que eu acho mais correto. Ter uma vida tão equilibrada, centrada. Não permitir que ninguém tenha brechas pra atirar críticas contra mim.

Eu sou um tipo de pessoa que tem um senso autocrítico tão grande, tão forte, que eu já não sei se sou capaz de tolerar isso o que faço comigo. E sei que muitas pessoas passam por esse mesmo problema que eu: se cobram, se cobram e se cobram demais. Nesse desenrolar do tempo, eu tenho conseguido adquirir uma gastrite, algumas enxaquecas constantes e umas dores musculares impressionantes. Tenho conseguido essa proeza aos 22 anos! Olha que beleza.

Por que o ser humano quer tanto ser perfeito!? Eu juro que não entendo esse mecanismo. Essa busca acirrada, onde nós somos nossos próprios concorrentes, porque sempre estamos quebrando nossos recordes. Parece que tudo que gastamos certa energia e certo tempo, acreditamos poder fazer o mesmo poupando mais energia e mais tempo. E não poupando vida. E não poupando saúde. E não poupando tempo fazendo outras coisas - igualmente importantes - como: ficar mais com a família, ter um tempo maior para os amigos, dedicar um dia (todo) a nós mesmos.
Eu não sei quando foi o último dia que dediquei para não fazer nada muito importante. Apenas relaxar. Curtir desde um dia inteirinho na cama a um dia todo de passeio. Sempre há tarefas. Pensamentos mecânicos que estão programando meu amanhã. Estou me resumindo a programar meu amanhã. Como se isso fosse possível, a vida é inconstante!

Durante alguns minutos breves, enquanto estou sentado em frente ao computador no meu escritório, eu fico imaginando algumas coisas. Coisas essas que eu fico empurrando com a barriga. Como minhas férias do trabalho. Como um curso de espanhol que eu quero fazer, e tenho me dito que quero fazer há anos! Eu quero tantas coisas, mas procuro não pensar tanto nelas, porque logo em seguida me vem outro pensamento advertindo-me do que preciso fazer. E a vida passa...

A pior pressão é aquela imposta por nós mesmos, porque desta não há pra onde fugir. Eu não sei em que momento da minha vida me prometi ser um filho perfeito, um homem de caráter imaculado e um trabalhador honesto e pontual. Não sei se foi nesse momento que prometi esquecer de fazer muitas coisas que eu gosto e ir trabalhar, ir estudar, ir rumo ao progresso. Hoje me parece meio irônico esse "progresso". Só sei que foi nesse mesmo momento que escolhi pagar um preço muito alto: meu sossego. Acho que a chave de tudo isso significa perda do sossego. Me tornei escravo das minhas rotinas. Sou o próprio cronômetro dos meus horários. Sou o réu e o meu juiz.
Não digo que assisto a tudo isso passivamente, sem sequer tentar reverter essa situação. Tentar é o que mais faço! Tentar. Porque parece que eu desenvolvi um certo apreço, uma certa paixão - um tanto masoquista - por essa pressão auto imposta. Reajo melhor sob pressão. Trabalho melhor. Sou mais rápido, mais produtivo e, mais feliz às vezes, porque vejo as coisas fluírem. Porém, um corpo humano não tolera dormir 3 horas por dia, todo dia. Comer rapidamente e nunca em horários controlados. Estou querendo impor coisas ao meu corpo que ele não está conseguindo acompanhar.

Como termino isso? Com um conselho! Se não sou capaz de sair dessa no momento, pelo menos tentarei ajudar aconselhando aqueles que estão nesse redemoinho como eu. Acredito que devemos buscar nossa essência: saber o que gostamos e procurar viver isso. Ter um ritmo de vida sereno é saudável. Estar na companhia de amigos é muito reconfortante. A família merece mais atenção. E nós... nós não podemos, em momento algum da vida, abrir mão de nos priorizar. Acho que quando a gente consegue ceder e atender aos apelos de todo mundo com muita facilidade, mas não fazemos isso conosco na mesma proporção, a vida já ficou meio estranha.


[/ Alguém esperto disse isso: "Trabalhe pra viver, mas não viva pra trabalhar" ]