sábado, 3 de julho de 2021

Desperte! Antes que a vida te faça acordar.

 


      De todas as virtudes que possuo em mim, na minha personalidade, se me perguntassem qual, ao meu ver, seria aquela mais forte, a mais intensa, eu responderia a gratidão. Eu sou muito grato à vida por tudo o que já me aconteceu e ainda acontece. E isso é tão forte em mim que posso afirmar que a gratidão alicerça a minha vida em todos os setores. A fé que tenho na vida, nas pessoas, no meu dia a dia, no meu trabalho, em tudo aquilo que brota, em tudo aquilo que coloco as minhas mãos é tão essencial para mim como respirar. Faço tudo com fé e esperança, sempre.

      Eu poderia dizer que, desde de sempre, a fé é o que me alimenta! A fé é o sentimento de esperança. De confiança. De total entrega. E eu tenho tantaque acredito sinceramente que essa fé é o que me proporciona as condições necessárias para ter gratidão, porque é como se eu me sentisse pleno. Satisfeito. Em paz. Eu não consigo imaginar o que seria da minha vida sem ter fé. Sem acreditar que existe algo além daqui. Para mim somos muito mais do que matéria. O aspecto material da vida é importante, mas o lado espiritual da nossa existência é essencial.

      Vou dividir com vocês uma história que acompanhei e me marcou bastante. Há muitos anos, num dos meus primeiros empregos, eu trabalhava numa empresa e a minha chefe era uma mulher muito competente, decidida e forte. Eu via aquela mulher como um exemplo de profissional, eu a admirava muito, até como pessoa.

      Em todos os locais em que trabalhei facilmente me tornei o braço direito da gerência ou da diretoria. E não raro, um confidente. Nesse emprego, era comum essa minha chefe passar pela minha sala e fazer um leve sinal com a cabeça discretamente me convidando. “Vamos dar uma volta...” - dizia ela toda vez, enquanto caminhávamos pelos corredores ao local onde a assisti inúmeras vezes desabafar.

      Com o passar do tempo, nossa confiança só aumentava, mas eu a assistia murchar aos poucos... Pressentia que algo estava acontecendo com ela, mas pressentia também que seriam processos íntimos e que ela estaria os maturando ainda. Então, certo dia numa dessas nossas conversas, me disse ela o seguinte: “Sou jovem. Bonita. Tenho dinheiro. Sou bem sucedida profissionalmente. Casada, com dois filhos lindos. Eu tenho mais do que a sociedade disse que uma mulher na minha idade precisaria atingir na vida. Me diz: por que eu não sou feliz?!”. Aquilo ecoou.

      Demorei alguns segundos para processar o que acabara de ouvir, enquanto a assistia chorar copiosamente com olhos esvaziados de qualquer brilho. Talvez o que você precise seja ouvir mais a si mesma e se importar menos com o lado externo.- disse isso a ela. Aconselhei-a também a buscar ajuda profissional. Ela procurou um médico e começou a fazer terapia. E paralelo a isso, ela buscou pela espiritualidade. Começou a fazer vários cursos de autodesenvolvimento. Passou a investir mais em autoconhecimento também. Pouco a pouco, assisti uma mulher descobrir novos valores, como humildade, generosidade, fé e gratidão. E isso fez muito bem a ela!

      Hoje quando olho para trás e penso sobre essa história, me recordo de alguém que optou pela espiritualidade e se agarrou na fé, quando percebeu que os seus bens materiais não bastaram. Alguém que focou em autoconhecimento e através de cursos e de psicoterapia descobriu novos valores e encontrou mais saúde e paz de espírito. Histórias como essa, eu poderia citar várias que presenciei ao longo da minha vida. Histórias que serviram para reforçar tudo aquilo que acredito, busco e prego; de que nós somos muito mais do que somos capazes de ver ou ter. A vida em si não tem sentido algum. Somos nós que somos capazes de conferir algum sentido a nossa existência. E isso passa por aquilo que sentimos e que fazemos os outros sentirem. Dessa forma, os nossos relacionamentos ganham um papel central na nossa vida.

      Todos os dias as pessoas passam pela nossa vida, pelo nosso caminho. Seja no trabalho. Na faculdade. Na sociedade. Mesmo dentro de casa. O que você está levando? Que imagem você deixa nas pessoas? Nesses breves encontros dividimos um pouco de nós e recebemos um pouco dos outros. Procuro hoje estar mais consciente nas minhas relações. Nas minhas ações. Gosto de seguir com. Ser grato. Mas aprendi a pensar também que devemos nos perguntar sempre qual seria a nossa colaboração nas nossas relações. Nos atentar ao que estaríamos semeando nos relacionamentos. Primeiro, porque nós somos corresponsáveis pelos acontecimentos. Segundo, porque teremos que colher aquilo que plantamos em algum momento.

      Busque por autoconhecimento. Apegue-se mais à espiritualidade independente de religião; muitas pessoas são espiritualizadas e não têm qualquer religião. Adquira valores melhores. Aos poucos você se sentirá mais grato. E se perceberá mais consciente também.

8 comentários:

Unknown disse...

Belo texto Jonas! Parabéns!!

Jonas Souza disse...

Muito obrigado! Obrigado pela visita também.

Rosi Fernandes disse...

Gostei muito da leitura, costumo dizer que "coisas e pessoas não são suficientes para uma vida verdadeiramente feliz, a felicidade vem de dentro e não por si só mas sim de uma força sobrenatural gerada pela fé.
Parabéns Jonas!

Jonas Souza disse...

Oi, Rosi!
Obrigado pela sua visita aqui no blog e pelo seu comentário, gostei bastante! Volte sempre.🙏🏻

Unknown disse...

Me identifiquei muito com o texto. Acredito que ninguém passa em nossa vida por acaso. Segundo uma pessoa muito querida, que considero um anjo em minha vida, a minha palavra de 2021 é autoconhecimento. Metade do ano passou e não faço ideia de por onde devo começar a buscar desenvolver esse tema...

Paloma disse...

Obrigada por compartilhar Jonas, mto edificante.

Jonas Souza disse...

Obrigado pela visita. Bom, mas ainda resta a outra metade do ano e o caminho do autoconhecimento nunca é tarde para iniciar!
Obrigado novamente pela visita.

Jonas Souza disse...

Oi, Paloma!
Obrigado pela visita!
Seja bem vinda.