
[/ "O processo de banalização que atinge todas as atividades humanas – lazer, trabalho, estudo – promove simultaneamente a mediocrização do sujeito. Segundo um antigo dicionário, medíocre é "mediano, ordinário, insignificante, vulgar, sem mérito, aquele que está entre mau e insuficiente"" (Márcia Denser) ]
Há dois tipos de pessoas no mundo, aquelas que são interessadas no novo e seguem essa curiosidade natural se lançando no desconhecido e se descobrindo a cada fase da vida e aquelas que não gostam de mudança, aceitam um único padrão imútavel de vida e vão levando uma existência morna, sem grandes imprevistos e também sem grandes aprendizados.
As primeiras, as chamadas de "diferentes" na sociedade, são pessoas que pensam realmente diferente, porque acreditam que a vida muda, que as pessoas são diferentes e entendem isso, são pessoas que valorizam as suas experiências vividas e sempre estão em busca de respostas, são questionadoras, desafiadoras e amam criar algo novo e digno de admiração.
As outras, as pessoas medíocres, acreditam num único caminho para a felicidade, que só existe uma forma para se viver na sociedade e é dever de todo mundo seguir à risca essas "normas éticas". São pessoas que sonham com uma casa própria, um carro bom, um emprego bom - e que vão se aposentar nesse trabalho, para aí começarem a viver a vida! Não discordo que ter casa própria + carro bom + emprego estável sejam ótimas coisas para qualquer ser humano, mas peço desculpa se não compartilho desse sonho. Eu não. Eu não consigo. Porque eu quero mais do que isso. Eu quero, antes de ter posse de inúmeras coisas materiais, poder dizer que me conheço tão bem a ponto de saber tirar minhas próprias conclusões, ser dono das minhas verdades e com isso autor da minha história. Vejo uma porção de gente (gente medíocre) que é cheia de posses, mas a própria pessoa não teve o privilégio de se possuir ainda. E isso é uma pena, me desculpe.
As pessoas originais infelizmente estão em minoria na sociedade, porque a grande maioria não percebeu ainda que nós não somos iguais, não é possível viver de forma genérica. Não há como você ser medíocre após entender isso. Ninguém nasce fadado a ser uma coisa ou outra, é sempre uma questão de escolha: aceitar ou entender as coisas. Acredito que se pode tirar uma boa conclusão só do fato de nascermos nus, ninguém nasce usando roupa da moda, pendurado num celular multimídia, acoplado numa televisão de LED e escorrega para um carro conversível, porque obviamente as únicas coisas que precisamos para viver nesse primeiro momento é gratuito: pensar, sentir e respirar. Ao longo do tempo as pessoas esquecem das necessidades principais e pulam para o desnecessário, esse é o problema, essa inversão de prioridade que gera uma inversão de valores.
Pessoas originais são mais difíceis de se reconhecer à vista, mas as medíocres são fáceis de serem reconhecidas, porque via de regra andam juntas. E na grande parte do tempo delas estão falando da vida das outras, principalmente das "diferentes".
Que tipo de pessoa você quer ser, original ou medíocre?
Se aceita um conselho, seja original. Vale mais a pena. Lute para ter suas próprias opiniões, baseadas em suas ideias bem refletidas e mude quando preciso. Com o tempo vai acabar percebendo que a sociedade é original - pelo menos deveria ser -, o que acontece é que tomamos como correto a mediocridade. Mas, nada que não possa ser mudado.
[/ "Todo o escritor que é original é diferente. Mas nem todo o que é diferente é original. A originalidade vem de dentro para fora. A diferença é ao contrário. A diferença vê-se, a originalidade sente-se. Assim, uma é fácil e a outra é difícil." (Vergílio Ferreira) ]
2 comentários:
Hello Mr. Inspirado kkk
Olha, devo dizer que eu adoreiiiiiiii esse post!!
Outro dia estava conversando com a minha irmça sobre algo parecido. Falávamos de rótulos!
Fico atônita de ver algumas noticias na TV, pois eu imaginava que em pleno século 21, quase entrando no ano de 2012, as pessoas teriam evoluido um pouco mais a forma de pensar. Mas parece que cada vez mais vivemos numa sociedade rotulada. E esse tipo de comportamento nos coloca numa caixinha de opiniões clichês, onde a maioria das pessoas não mais conseguem pensar por si, elas ficam alienadas à opinião geral, rotulando todas as pessoas, sempre dando as mesmas explicações e opiniões medíocres, e isso vira um ciclo vicioso.
Até onde eu sei, os maiores gênios da hisórias foram pessoas "diferentes", pois elas não temiam pensar diferente e por em prática aquilo que pensavam e por isso eram muitas vezes taxados de louco.
Graças a Deus por esses loucos e por muitos outros por ai!!
Hoje em dia as pessoas querem tanto fazer parte de algo, pertencer que acabam deixando de lado as coisas mais importantes.
Infelizmente, creio que essa "etiqueta" que a sociedade exige hoje em dia, é um grande motivo de muitas pessoas estarem deprimidas, estressadas, dependentes de remédios, calmantes e outras coisas piores e, muitas vezes, acabam tomando medidas drásticas (como tirar a própria vida), porque quando enfrentam um problema financeiro, uma demissão de um emprego bom, a venda de um bem material, elas acham que aquilo tudo é o fim da vida... elas se conhecem tão pouco e estão tão presas á um padrão material social que não vêem todos os outros caminhos que existem para ser tomado, elas não vêem que existe outras formas de viver e outras coisas que nos trazem felicidade!!
Uma só ideia nunca servirá para uma população em geral!
A maior verdade do seu post Jonas, é que quando as pessoas perceberem quem elas são, o que realmente as deixam felizes, o que elas querem e buscarem isso de dentro para fora, a vida ficará muito melhor.
Parabéns pelo post!! Achei muito interessante!!
Hugs!!
Teacher!
Oi, Aline! Esse você comentou rapidinho hein!
Sabe... eu fico me perguntando em que momento a gente começa a entrar nesse caminho ilusório, que a gente busca ser o que não é, defender coisas que muitas vezes a gente nem acredita fielmente, tudo só para agradar. Ser aceito. Não desapontar, os outros, porque no fim do túnel nós nos desapontamos. Quando começa? Será que é quando omitimos uma opinião sincera, ou diminuímos um "tom", ou quando desenvolvemos a contra gosto certas posturas ou “comportamentos sociais”; quando?
Na minha opinião, você mandou muito bem quando disse que estamos nos tornando clichês. Repetidos. Eu diria até mecânicos. Se a gente não toma cuidado, falamos o que não pensamos e o que a gente pensa de verdade, a gente anula. Isso é terrível! E na minha opinião, terá um custo isso!
Eu gostaria, de verdade, que as pessoas fossem mais honestas. Mais honestos com quem? Com elas mesmas. Se respeitar, se amar e se fazer valer, antes de qualquer ação. Isso não é egoísmo, arrogância ou antisocial como fazem a gente acreditar, isso é ter maturidade, se levar em consideração e tomar as rédeas da própria. Porque as consequências a gente sabe, ninguém paga por nós!
Adorei as suas palavras, muito bem colocadas
Thanks
Hugs!
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