
Hoje está sendo um dia de recordações. Um tio que eu não via a muito tempo veio nos visitar. Nós nos reunimos na cozinha, acredito que seja o canto mais aconchegante de uma casa, em meio a cafés tecemos diversos comentários sobre o passado; história da nossa família. Sempre gostei desse tio em particular, porque na minha família ele sempre foi neutro. Nunca procurou problemas com ninguém. Sempre ajudou todos, na medida do possível. Eu posso dizer que ele nunca me ajudou em nada, mas, a contra partida ajudava muito só pelo fato de nunca me atrapalhar. A gente pode até pensar que família não é um fator difícil e importante em nossas vidas, mas é, sim. Não vivemos sozinhos. O ser humano é racional e optou por viver em sociedade (civilizada, era o combinado). A família é a primeira sociedade da qual fazemos parte, é a primeira referência sociológica e ideológica que temos, e é onde adquirimos os primeiros costumes, preconceitos, culturas, religião, etc. Então, a família acaba se tornando uma das prioridades, item de importância, onde muitas das vezes assume relevante presença em nossas decisões.
Ao longo do desenrolar das conversas na mesa da minha cozinha, eu notava nitidamente o quanto minha família é desunida. Olhares se estranhando, conversas paralelas, um certo desrespeito oculto, até algumas dores latentes. Infelizmente, ou felizmente, cada um viveu sempre no seu canto e sem muito contato. Salvas as raras vezes em que telefonamos um para os outros para saber se estão todos vivos. Pode parecer forte isso, talvez até triste, mas é a realidade daqui.
Apesar de tudo isso, nos amamos. Há um certo código peculiar de respeito e união. Não somos nem nunca fomos modelo de uma boa família; existe família perfeita?
O tempo passa, a gente cresce, amadurecemos e nos tornamos fortes. Hoje eu vejo que tudo vale a pena. Eu precisei cair muito na adolescência, precisei brigar muito com meus pais, me deparar com o lado mais difícil da vida para entender que tudo isso faz parte. Olho nos olhos deste meu tio e, como numa máquina do tempo, vou para anos atrás. Vejo nestes mesmos olhos o quanto eu era inexperiente. Nós tomamos decisões e, hoje, achamos estarmos completamente certos. O tempo vai passando e vamos vendo a medida da nossa impaciência, impulsão, intolerância e despreparo. Mas isso me conforta, porque estamos evoluindo. Seria horrível envelhecer e não ganhar nada com os anos. Ganhamos poder de opinar com consciência. Poder de argumentação lógica em base sólida. Conhecimento de mundo. Paramos de olhar e aprendemos a observar. Nós nos tornamos críticos da história, com criticidade, não a crítica pela crítica apenas.
Eu tenho 20 anos e posso dizer que vivo a cada dia uma das melhores fases da minha vida; ontem foi melhor que anteontem e amanhã será melhor que hoje - se Deus quiser, porque eu quero -. Faço a minha vida dia a dia. Não mês a mês. Não a ano a ano. Não faço planos longínquos para ser feliz ou milionário amanhã, apenas me dou o privilégio de viver o agora sem ser vítima de mim mesmo. O pior inimigo que posso encontrar no meu caminho sou eu, então, não resolve nada eu brigar comigo. Eu me compreendo, e ponto final.
Com esta visita do meu tio eu aprendi que, por mais que o tempo passe, família é família. Família é base.
Vamos respeitar nossas origens, nossa naturalidade. É legal e interessante o conhecimento de culturas novas, conhecimento de mundo, mas a gente nunca pode esquecer do ponto de partida, onde tudo começou, das nossas raízes.
Ao longo do desenrolar das conversas na mesa da minha cozinha, eu notava nitidamente o quanto minha família é desunida. Olhares se estranhando, conversas paralelas, um certo desrespeito oculto, até algumas dores latentes. Infelizmente, ou felizmente, cada um viveu sempre no seu canto e sem muito contato. Salvas as raras vezes em que telefonamos um para os outros para saber se estão todos vivos. Pode parecer forte isso, talvez até triste, mas é a realidade daqui.
Apesar de tudo isso, nos amamos. Há um certo código peculiar de respeito e união. Não somos nem nunca fomos modelo de uma boa família; existe família perfeita?
O tempo passa, a gente cresce, amadurecemos e nos tornamos fortes. Hoje eu vejo que tudo vale a pena. Eu precisei cair muito na adolescência, precisei brigar muito com meus pais, me deparar com o lado mais difícil da vida para entender que tudo isso faz parte. Olho nos olhos deste meu tio e, como numa máquina do tempo, vou para anos atrás. Vejo nestes mesmos olhos o quanto eu era inexperiente. Nós tomamos decisões e, hoje, achamos estarmos completamente certos. O tempo vai passando e vamos vendo a medida da nossa impaciência, impulsão, intolerância e despreparo. Mas isso me conforta, porque estamos evoluindo. Seria horrível envelhecer e não ganhar nada com os anos. Ganhamos poder de opinar com consciência. Poder de argumentação lógica em base sólida. Conhecimento de mundo. Paramos de olhar e aprendemos a observar. Nós nos tornamos críticos da história, com criticidade, não a crítica pela crítica apenas.
Eu tenho 20 anos e posso dizer que vivo a cada dia uma das melhores fases da minha vida; ontem foi melhor que anteontem e amanhã será melhor que hoje - se Deus quiser, porque eu quero -. Faço a minha vida dia a dia. Não mês a mês. Não a ano a ano. Não faço planos longínquos para ser feliz ou milionário amanhã, apenas me dou o privilégio de viver o agora sem ser vítima de mim mesmo. O pior inimigo que posso encontrar no meu caminho sou eu, então, não resolve nada eu brigar comigo. Eu me compreendo, e ponto final.
Com esta visita do meu tio eu aprendi que, por mais que o tempo passe, família é família. Família é base.
Vamos respeitar nossas origens, nossa naturalidade. É legal e interessante o conhecimento de culturas novas, conhecimento de mundo, mas a gente nunca pode esquecer do ponto de partida, onde tudo começou, das nossas raízes.
4 comentários:
À família é o nosso fundamento,a base do nosso futuro,mas é
reconhecido que a família unidade base da sociedade,enfrenta,desde
algum tempo,problemas complexos,que têm afetado a sua estrutura,tais
problemas ou desajuste familiar ocorre por motivos mais diversos tais
como:o desrespeito de cada uma das pessoas em relação a outra,
inclusive no que tange a privacidade;à ausência do diálogo;a
desmotivação da vida à dois e a falta de amor,este último tem
contribuído,em larga escala,para a dissolução da estrutura familiar!
Nossa! Muito tempo que não passo por aqui, percebi que muita coisa mudou...
Gostei muito do post, novidade né?!?! Sempre gostei de passar aqui e ler.
Não existe família perfeita, existe famílias com endereços diferentes... ^^
Família é a basa de tudo, por mais que tenha suas diferenças.
Que bom! Estou feliz em ver que a cada dia você amadurece cada vez mais.
Um grande abraços.
Saudades.
Fique com Deus...
by Math
Michele, que saudade de você!!
Adorei o que você escreveu, é bem a sua cara; você sempre pensa na família, como eu penso na minha também.
Espero que estejam todos bem por aí.
Que saudade dos nossos papos, não? Lembra? Quantas histórias!!
Beijão, Mi, não esquece de mim não, tá?!
Fique com Deus.
Math, poxa, que saudade docêê!
Ow, estou com sérios problemas de rede e sinal, por isso estou sem net. E não tenho tido muito tempo para ir em Lan House - como agora, né! -.
Quando quiser me add de novo no orkut, manda convite que eu aceito.
Abraçãooooo, caro amigo.
Fique com Deus.
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