
[/ “Mas pra quem tem pensamento forte o impossível é só questão de opinião
E disso os loucos sabem
Só os loucos sabem
Disso os loucos sabem
Só os loucos sabem” ...
Já faz um tempo que estou ensaiando como vir aqui falar de um tema tão importante que tem me respondido diversas perguntas. Vejo que estamos entrando numa fase da humanidade que nunca nos deparamos tanto com ele. A espiritualidade. Que não se confunda com religião, unicamente. Espiritualidade é muito mais amplo que uma religião em si ou um Deus supremo. Espiritualidade é a capacidade de crer, ter fé incondicionalmente e orar a nossa maneira. É experimentar a vida sob outra dinâmica, se atentando e valorizando coisas menos materiais. Pra não dizer, nada material. Nada explicável. Nada visível. Porém que nos faz sentido de alguma maneira muito intima e particular.
Mês passado, teve a Semana da Administração na minha faculdade. As palestras dadas pelos convidados vieram reforçar essa ideia de uma consciência espiritual que já vem ganhando força tem tempo. Creio que muita gente também já percebeu isso. Pessoas mais espiritualizadas até. A própria mídia tem divulgado bastante, de diferentes formas, como a espiritualidade tem encontrado as respostas que a ciência deixou a desejar.
Durante as noites de palestras, enquanto os convidados discursaram sobre diversos assuntos, como: o milagre da vida, conceitos filosóficos, finanças, administração de conflitos, volta e meia eles caíram no assunto Espiritualidade de alguma forma e a influência dela em suas vidas. Foi aberto. Nenhum deles usou subterfúgios. Assumiram claramente que tornar-se espiritualizado é cada vez mais necessário para entender uma porção de coisas. Uma porção de sinais...
Durante a vida a gente esbarra nesses sinais importantes e acho engraçado como não nos damos conta disso. Sinais esses que podem ser a resposta pra alguns enigmas, quando não nos programamos pra reproduzir que foi só mais uma coincidência. Manipulando-nos assim, a acreditar no contrário do que estamos sentindo. Talvez isso aconteça porque nos ensinaram desde muito cedo, que nem tudo o que sentimos é de fato o que estamos vendo. Mas será mesmo?
Passamos a vida inteira nos dizendo que os sonhos eram mesmo apenas sonhos, imagens personalizadas por nosso inconsciente tentando nos enganar; que aquela "pulga atrás da orelha" era só uma pulga atrás da orelha e foi melhor deixar as coisas como estão. Não faria sentido correr o risco de sermos taxados de loucos, não é? Afinal a Terra ainda é quadrada!
É mais prático descreditar e julgar as coisas como "não existentes" como resposta final, pra não ter que debater a verdade que ainda não foi de fato explicada como tal. Tudo pra poder deitar a cabecinha no travesseiro à noite e dormir mais seguro, agarrado a crenças que não funcionam.
Diante dessa fuga de coisas "ilusoriamente reais" - sim, reais! - me fica a pergunta: seguros de quê?
Será medo de acreditar que existem perguntas não respondidas, que até hoje o nosso "bom senso" não assume não ser capaz de esclarecer?
Será medo de acreditar que não estamos a sós, num universo infinitamente maior do que o nosso julgamento?
A vida sem espiritualidade faz sentido, também?
Não estou aqui dizendo que cada um não possa ser descrente. Em hipótese alguma. Somos livres para ter ou não crenças, para viver e ver o mundo como julgarmos. Estou apenas levantando questões. A mim, uma coisa é fato: aqueles que transformaram a ciência, a tecnologia e as matérias efêmeras num deus, estão se sentindo sós. Vazios. Falta algo que ninguém está sabendo explicar. Eu não estou vendo a tecnologia da última geração – dos últimos minutos –, alimentar todas as necessidades dos "fieis" – que cada vez mais tem aumentado. Eu estou vendo um ciclo vazio, vicioso, viciante, caro, perigoso, que só tem alimentado o dinheiro – que aliás é atualmente outro deus soberano, não?
Diante desses questionamentos, você tem acreditado em quê? Ou nada disso te faz sentido?
A espiritualidade está ganhando cada vez mais espaço entre a própria ciência e há quem diga – e quem sempre disse! –, que num futuro muito próximo ambas caminharão lado a lado e a ciência encontrará através da espiritualidade, curas, respostas e novos caminhos, sabia?
… “Toda positividade eu desejo a você
Pois precisamos disso nos dias de luta
O medo segue os nossos sonhos
O medo segue os nossos sonhos”
( Charlie Brown Jr. / Composição: Chorão e Thiago Castanho) ]
4 comentários:
Olá Jonas!!
Então o post saiu?? Que bom!!
Acho especialmene interessante dois pontos que você tocou no post.
O primeiro é a questão do materialismo. Nós somos sugados dia a dia para um vórtex de tentações, acreditando que possuindo cada vez mais coisas, nossa felicidade será garantida.
As pessoas pensam que o carro do ano, as roupas mais caras, os melhores sapatos, o celular mais inovador do mercado (todas as coisas que trazem status) vão trazer também a felicidade. Mas eu sei, e você por experiência também sabe, que a satisfação da compra é imediata e passageira. O resultado são pessoas cada vez mais afastadas da espiritualidade, que alcaçam suas metas materiais e caem em depressão logo após pois não sabem mais com o que preencher o vazio, ai entram drogas e álcool... e daí já sabemos onde essa linha de pensamento vai parar.
As pessoas precisam começar a entender que devemos achar nossa felicidade dentro de nós. Não em objetos e não em outras pessoas. Ninguém além de nós deve ter a responsabilidade de nossa felicidade plena em seus ombros.
A segunda questão é o medo que as pessoas têm de dizer que acreditam em algo. Por mais absurdo, louco que seja, existe liberdade de expressão por um motivo.
Eu entendo esse receio, as pessoas julgam, te olham diferente, colocam rótulos. Porém creio que em certo ponto de nossas vidas temos que avaliar o que é mais necessário: eu me preocupar comigo mesma, minha saúde e meu bem estar, ou com que as pessoas vão pensar de mim quando achar aquela crença que me traz um bem estar?
Não importa o que a pessoa acredita, contanto que isso traga paz e conforto nos momentos dificieis e alegria nos momentos bons.
A ideia de que a ciência não tem todas as respostas me conforta ao invés de me deixar desesperada.
Afinal, quando os cientistas chegam á um impasse, entra o universo, as energias, tudo aquilo que não vemos, mas sentimos.
Com todas as doenças que existem hoje, e a falta de soluções para as mesmas, fico aliviada ao saber que posso procurar 300 alternativas diferentes do consultório médico e sua ciência.
Talvez eu esteja sendo ousada em dizer o que vou dizer agora, mas ao meu ver a espiritualidade (independente de crença) salva as pessoas. Pois quando elas estão passando por provações, elas procuram algo em que acreditar, algum ser de Luz que ouça suas orações, um livro para ler que lhe dê forças e compreensão. As pessoas superam as provações, elas mudam, crescem, evoluem e tudo isso porque elas encontrarm um pouco da divindade que existem dentro delas.
Hugs.
Teacher.
Oi, Aline!
Que comentário, hein! Gostei bastante. Você retratou tudo o que acontece, na minha opinião também.
Eu acredito que essa estória de colocar valores pessoais em coisas materias ou buscar conforto interior nelas, é algo temporário. Se o nome já diz conforto "interior", como algo externo, palpável e quantificável vai ajudar?
Sem querer polemizar de mais, mas levantando uma questão que vale reflexão: Será que o mundo não está com fome de coisas internas? E esse tipo de necessidade é possível alimentar sem espiritualidade?
Vale pensar...
Hugs!
Você disse algo legal, Ju. Ser espiritualizado é ter minhas crenças, minhas análises, o meu jeito de lidar com as coisas, mas principalmente, é compreender que o é certo pra mim pode muitas vezes ser certo só pra mim. Que os outros, também, têm a visão deles, o jeito deles, as suas escolhas. Precisamos respeitar sejam elas quais forem.
Quando a gente aprender a ouvir mais o outro, se pôr no lugar dele, sem julgar, a gente passa a ser menos duros. Menos críticos. Menos preconceituosos. A gente passa a ser humano.
Beeeejo Ju, obrigado pelo comentário. Feliz Natal e um próspero Ano Novo, pra você e toda sua família.
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