
[/ “Algumas pessoas acham que foco significa dizer sim para a coisa em que você vai se focar. Mas não é nada disso. Significa dizer não às centenas de outras boas ideias que existem. Você precisa selecionar cuidadosamente.” (Steve Jobs) ]
Eu utilizo esse título para o post porque dói perceber certas coisas que pra alguns tá passando batido, mas eu vejo! Aliás, não consigo não ver. Numa conversa semana passada – semente desse post –, meu professor chamou essa “dor” de consciência; de acordo com ele quando adquirimos consciência sobre as coisas da vida, não somos mais capazes de tapar o olhos para os acontecimentos, a gente vai pagar um preço por isso eternamente. Aí ele nos disse que nos resta aprender a tolerar as diferenças.
Eu sou tolerante, eu só estou desacorçoado com essa nova modalidade de geração.
Se pararmos um minuto, pelo menos, pra pensar sobre a nossa geração e a que tem vindo e sobre os estilos de vida, vamos perceber diferenças marcantes entre os anos. Nos mais variados setores.
Na educação por exemplo, antigamente havia sacrifícios; para fazer um trabalho de escola não existiam sites de buscas, tínhamos que pesquisar nos livros, revistas e afins para encontrar o conhecimento; além do que, nunca líamos um único livro ou uma única revista, o caminho era trabalhoso e demorado. Porém, o conhecimento adquirido era consistente, aprofundado e além de desenvolvermos um olhar com criticidade para as coisas, acostumávamos nossa mente a questionar e debater o que aprendíamos. Quando precisávamos pesquisar sobre um tema “x”, até o encontrarmos, durante o caminho aprendíamos sobre “y”, “z” etc.
Hoje é possível ir direto, se encontra muito facilmente o que quer – mas sempre de forma muito superficial também –, e todo o resto que poderia ser aprendido é desprezado.
O conhecimento proporcionado pelas atuais instituições de ensino, na minha opinião, propõem a repetição das mesmas ideias e dos mesmos caminhos. Há fórmulas, regras, métodos, tudo certinho, no entanto, se já aprendemos que cada ser humano é diferente, ou seja, aprende também diferente, as instituições de ensino e os “mecanismos de educação” devem promover o debate de ideias e a criticidade nas opiniões. Não respostas prontas. Padrão não encaixa em diferença.
Hoje eu sempre desconfio das referências...
Quando o assunto era paquerar ou fazer amizades era a coisa mais simples do mundo: só sair de casa e puxar assunto com as pessoas! Cara a cara, no olho no olho, assim como quem não quer nada, quando víamos encontrávamos afinidades e tão logo as relações se firmavam. Tudo tinha graça, qualquer lugar era interessante, porque no fundo o que realmente importava era o contato com a pessoa, a simples presença do outro.
Hoje não há contato (físico), é desnecessário sair da frente da tela do computador – ou celular –, existem comunicadores instantâneos e redes sociais das mais variadas e internet ligando todo mundo. Cada um na sua casa, trancado no seu mundo. Bom, até aí tudo bem. Só é questionável ver grandes amigos que conversam sobre tudo, o tempo todo, pela internet, e quando se encontram pessoalmente não passa do "oi". São pessoas íntimas na internet, mas estranhas pessoalmente!(?)
Até que ponto então podemos dizer que todos os amigos/seguidores podem ser realmente amigos? Uma amizade de contato raro, exclusivamente pela internet, onde só o que se sabe um do outro muitas vezes é o que é mostrando no avatar ou no perfil, é real? É saudável? Será interessante ter uma porção de amigos virtuais e nenhum "à moda antiga"?
Eu não estou aqui dizendo que a tecnologia é inútil para a humanidade, nem que deveríamos aboli-la das nossas vidas. Na minha opinião, a tecnologia existe para facilitar a vida, mas, jamais para substituir o contato humano. As relações humanas. Ter um microondas para fazer algo rápido porque não temos muito tempo – de vez em quando –, tudo bem. Utilizar a internet para conversar com alguém que mora muito longe, é necessário. Usar robôs para fazer um trabalho que seria humanamente impossível, por causa de precisão ou peso, eu concordo.
Só precisamos tomar cuidado e refletir para sabermos distinguir o que é necessidade do que não é. Não nos relacionamos com as máquinas.
Trocar uma conversa pessoalmente com outra pessoa por um contato virtual apenas, é estanho pra mim. Ter milhares de amigos numa rede social, mas estar só num fim de semana por não ter com quem sair, não é alta sociabilidade pra mim. Resumir minha vida, minhas experiências e relações a um espaço virtual, não é saudável pra mim.
Eu gosto de internet, mas eu priorizo a realidade. Eu gosto de ler livros, de correr na rua, de andar descalço às vezes, de olhar nos olhos das pessoas enquanto eu converso, de preparar minha própria comida, de sentir a vida como ela é. Eu gosto é de gente!
[/ “Escrevo sem pensar, tudo o que o meu inconsciente grita. Penso depois: não só para corrigir, mas para justificar o que escrevi.” (Mário de Andrade) ]
7 comentários:
Bom dia Jonas,hj começo diferente este comentário,sempre começo em dizer bom dia amore,mas de uns tempos para k temos mudado infelismente nossa amizade,sinto que estamos cada dia mais distânte,digo infelismente,pois só nós sabemos por td que ja passamos,momentos bons e ruins,momentos em que as palavras nos faltava,mas só o ombro e o olhar nos bastava....é seu post hj diz bem como é dificil ter amigos real....amigos virtual é sim mais facil de ter,as vzs por não ter em quem confiar olho no olho,outras vzs por se decepcionar por olhar olho no olho,não sei se vc me entende....como vc sabe não sou muito boa em palavras....Mas como sempre vc escrever perfeitamente...continue contagiando as pessoas com suas belas palavras....grande beijo,espero que nossa amizade volte a se fortalecer,pois uma amizade como a nossa,é a moda antiga,momentos simples em que nós amava passar juntos,as vzs apenas sentar na praça pra rir e contar o dia-dia,vinhos em dias frios,brincadeiras simples mas que fazia com que nós se divertisse.......momentos simples da vida que faz toda diferença.....fica com Deus.....forte abraço....sua eterna amiga-irmã,assim espero Meire,pra vc Pimenta....
Olá JOnas!!
E o post saiu!! Muito bem!!
Pois é, eu sempre gosto de falar nesse assunto, pois fico comparando minha juventude com a de hoje. A diferença é tão grande que as vezes parece que essa época foi milhões de anos atrás!! Como tudo mudou demais e tão rápido.
Lembro de ir com as meninas na biblioteca numa sexta após a aula, sentar na mesinha, ler livros e copiar aquilo que nos interessava porque nem máquima de xerox tinha lá.
Depois íamos ao bosque nos divertir.
Vejo hoje em dia, pessoas com 18 anos que não conseguem assistir um filme legendando, simplesmente porque "as palavras passam muito rápido".... :( - a pessoa tem raciocínio lento.
Vejo pessoas na rua discutindo quem foi eliminado no BBB, quem matou o fulano na novela, quais vídeo cassetadas passou no Faustão, mas não vejo ninguém falando que a Nasa descobriu um novo planeta em outro sistema solar regido por dois sóis.
Nao vejo ninguém comentar que leu um livro interessante, ou assistiu um documentário sobre um assunto polêmico, ou criticar a opinião de um jornalsta no noticiário. Ninguém o faz! As pessoas não mais pensam, não mais criticam, elas só aceitam aquilo que lhes dão de bandeja.
Uma amiga que se formou comigo disse uma vez que nunca leu Código Da Vinci porque ela OUVIU falar que a história era anti-cristo....
Fiquei brava e disse a ela que como uma professora recém formada, ela devia ler o livro e tirar a propria conclusão.
Então temos uma população cada vez mais medíocre, com cada vez menos contato pessoal, cada vez mais alienada e mais anti social.
Uma população que está se tornando obesa tal como nos Estados Unidos, porque usam o carro para ir no outro quarteirão comprar pão, porque ao invés de sair no fim do dia fazer uma caminhada e ver pessoas, preferem ver as atualizações no facebook, preferem enfiar um hot pocket no micro ondas ao invés de preparar algo.
Eis nossa maravilhosa tecnologia, que eu chamo de "engordiet"
A tecnologia veio para auxiliar, não para substituir certas atividades.
Espero que as pessoas notem isso.
Hugs!!
Teacher.
Bom dia, Meire!
Sinto muito se está se sentido dessa maneira. Acredito que nos afastamos mesmo, mas também acredito que quando há amizade sincera no fim tudo se resolve. E assim será conosco! :)
Vamos procurar manter mais contato.
Beejo
Fique com Deus.
Muuuito bem falado, Aline!
Vejo uma porção de gente que não anda mais. Acoplaram no automóvel. Onde vejo o carro, encontro a pessoa. E vice versa. Juro que acho isso tão engraçado e sem sentido.
Aí, num dia desses quando vou para algum lugar - tipo, no outro quarteirão - e vem um desses alienados e me pergunta: "Mas você veio a pé!!!?", com o tamanho espanto do indivíduo, juro que imagino se ele tá pensando que eu rodei o continente!
Se não nasci dentro de um carro, se tenho pernas, se não é longe, por que complicar? Isso pra mim não é facilidade. O nome é outro, é preguiça mesmo!
Hugs!
Nossa este texto fala inúmeros acontecimentos, coisas normais que acontessem diariamente com amigos nosso e conosco tbm por mais que tomemos cuidado... e sinceramente fico trsite com isso também... sempre comento com alguns amigos sobre este assunto, sabe, o tecnologia esta "AFASTANDO OS AMIGOS PRÓXIMOS, E APROXIMANDO OS AMIGOS DESTANTES", por um lado é bom, poder conversar com quem esta longe, é magnífico, matar a saudades, mesmo que de longe, vale a pena, conversar com aquela pessoas que vc conheceu rapidinho, mas que deu pra pegar o e-mail e manter contato depois... gosto muito!!! Mas por outro lado as pessoas passam tanto tempo na frente do computador que não sobra tempo nem pra se concentrar em uma boa refeição em família, "fato que não vejo em muitos lares, difícil de achar", fico triste com isso :( Sou prova disso todo mundo anda tão ocupado, que não consegue terminar ou muito menos começar coisas simples como ler um livro ou passear com os amigos como antes, tinha um grupo de amigos que todo final de semana íamos andando até o centro para comprar o melhor cachorro quente, aquele que a fila é quilométrica, mas era uma bagunça, todo mundo contando as novidades, mas se tornava um momento tão agradável, que a fila andava rapidinho. :) hoje luto para reunir alguns poucos que se preucupam em manter a amizade como eu, hoje somos apenas trÊs que fazemos o nossa caminhada ao cachorro quente, mas somos felizes pq nós fomos sobreviventes. Eu tbm sou ocupado, faço faculdade, faço curso, tenho minhas redes sociais, minha família, relacionamentos, igreja, amigos virtuais e sei separar muito bem o tempo para cada coisa! Mas tem gente que nao se controla, daqui um tempo virão obviamente as doenças novas, sindrome das tecnologias, pessoas obsecadas precisando fazer tratamento psicológicos, e não esta muito distante não hein... pessoas que não sabem se relacionar pessoalmente, conheço algumas, sinto pena delas. Ia escrever mais coisa , mas esqueci... e era importante, se eu lembrar posto, valeu??? Grande abraço e continue escrevendo, muitoooooooooo!!!
Oi "Eu"! rs
Sabe, você abordou um assunto interessante e preocupante: a sindrome das tecnologias.
Li recentemente um livro do Cury chamado O Semeador de Ideias. O livro entre outros assuntos aborda esse tema, não especificamente com esse nome. Mas o enbasamento é o mesmo; essa problemática futura. É bem interessante perceber como ele percebe as coisas no livro, recomendo.
Abraços
Fique com Deus.
Hummm, bom saber, não conhecia esse livro de Augusto Cury, :D obviamente que vou lê-lo e assim que fizer isto, digo o quê achei, tenho a leve impressão de que vou gostar...
Abraços!!! Sumido... RSRSRS
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