Diogenes, Jean-Léon Gérôme.
“Sobe a montanha e
contempla a terra prometida, mas não digo que entrarás nela...”
Este foi um ano e
tanto!
Se eu fosse resumir numa única palavra o que ele significou
para mim, tenho certeza que usaria a palavra “Trabalho”. Foi um
ano que trabalhei duro; diria que a tarefa interna foi ainda maior
que a externa...
O autocontrole e a
automotivação pautaram o ano. Ética, imparcialidade, arbitragem, e
a resistência também! Gerenciar interesses é uma tarefa difícil e
as vezes é preciso ser paciente; determinados acordos simplesmente
acontecem no tempo deles. Não tem jeito.
Em muitos momentos do
ano contei até dez. Onze! Cheguei no meu limite mesmo; mas estou
feliz por ter conseguido me controlar e não ter metido os pés pelas
mãos; não dar vazão ao impulso de outras épocas já foi um grande
avanço. Em suma, me safei de várias. O saldo acabou não terminando negativo como estimado. Sorte.
Como todo ano conheci
muitas pessoas e fiz algumas boas amizades. Me desfiz de antigas
também – aprendi que tem laços que se esfacelam sozinhos... Vi
pedras que reluziam e não eram ouro, e isso me ensinou a tomar
mais cuidado com minhas próprias expectativas. Ouvi palavras suaves
cortando como faca em manteiga! Máscaras caindo mesmo, e não é
fácil pôr no lugar novamente. Entre o certo, o errado e a
verdade, existe uma lacuna imensa. Com isso aprendi a observar de longe
e deixar a cabo do tempo a missão de trazer a luz à certas questões.
Daí entra o título e a tela escolhida deste post. O ermitão, do
tarot e Diogenes, do pintor francês Jean-Léon Gérôme. Reza a
lenda que, igualmente ao nono arcano maior, Diogenes perambulava
pelas ruas como mendigo utilizando uma lamparina, à procura de um
homem honrado.
Como um iniciado,
seguirei ao futuro guiando-me pelo conhecimento e apoiado nessas
experiências passadas. Seguir a 2014 tendo aprendido com este ano a
observar de longe, atenta e pacientemente, os detalhes, e a guardar o
silêncio comigo. Sinto que é um momento para me autodesenvolver. Me
trabalhar mais. E intuo também que o próximo ano será complicado
para todos bem por isso – de um ponto de vista existencial mesmo.
Como observo esse movimento em mim, observo também em outras
pessoas: uma vontade de autoconhecimento; um desejo de se
autodesenvolverem. Já falei disso aqui; gastamos tempo demais
investindo em descobertas externas e levantando estruturas, sem
trabalhar conteúdos. Sem criar novos valores. Deixando de descobrir
novas visões de mundo. E agora é o momento que precisamos mais
dessa capacidade.
Por todos os cantos observo grandes transformações.
As pessoas querem mudar. As empresas estão mudando. O mundo mudou.
Diante desse cenário volátil acho que a única certeza que temos é
a necessidade de experimentar o novo. De desbravar o desconhecido e
reinventar antigos caminhos. Aceitando o diferente.
Aconselho a todos para
investirem mais nessa parte interna em 2014. O pessoal. Busque ler mais, fazer
cursos, terapias... Converse mais, viaje mais, reflita mais. Olhe com
mais atenção para a um autoconhecimento voltado ao
autodesenvolvimento. Pense fora da caixa. Descubra quais são os seus
talentos, aquilo em você é muito bom, conheça-se melhor e
experimente compartilhar isso. Talvez o mundo só esteja esperando
isso de você! O mundo precisa de novas ideias, de novos valores, de
novas perspectivas. E serão mãos coletivas nessa criação.
Como este ano estive
muito focado no trabalho, postarei um vídeo que tem uma mensagem bem
bacana – principalmente neste aspecto. E não só para 2014! Acho
que o discurso do palestrante não só é muito interessante – e
motivacional também – como é bastante importante. Apesar de ele
não falar nada de muito inédito, são coisas que deixamos de
pensar, mas precisamos muito; as questões tratadas por ele e a forma
como elas são colocadas valem muito a pena uma reflexão. Convido
então a assistirem ao vídeo e refletirem não apenas no contexto
profissional, mas de uma maneira ampla. Porque nós, como sociedade,
precisamos prestar atenção a essa transição de sociedade industrial
para sociedade do conhecimento e no impacto disso em nossas relações uns com os outros e com nós
mesmos.
Fonte: AQUI.
Desejo de coração a todos um
Feliz Natal e um Feliz Ano Novo!