quinta-feira, 28 de maio de 2009

WAKE UP!


[/ me sinto cada dia mais renovado, porque meu aniversário está chegando e sei que nesde dia eu sempre renasço! ]


Não sei se você já percebeu, mas tudo na vida tem um tempo certo para acontecer. A gente solta uma bexiga no ar e espera que ela volte em nossas mãos. Só que não é bem por aí... felizmente ou infelizmente. Durante toda minha vida bati de frente com o mundo! Em alguns momentos da minha jornada, o tempo foi o meu guerreiro fiel; noutros, um tirano que me enfrentou ferozmente; me derrubava e eu levantava. Nunca entendi esse meu desentendimento com coisas pré-estabelecidas. Me dá ânsia só de me imaginar conivente a submissão. Sei que Eu tenho o meu tempo. E desde sempre foi assim. Tempo para resolver um problema. Tempo de ficar sozinho. Tempo de dar risada. Tempo de chorar calado e sofrer no meu canto. Tempo de ‘viajar’ – ainda que em mim mesmo -.
Eu sei que às vezes acabo magoando e chateando algumas pessoas por eu ser assim... nunca fiz por maldade. Um dia eu estava conversando com a minha mãe sobre isso: por que tudo tem que ser no meu tempo?
O que minha mãe me disse:
“- Jonas, eu e natureza queríamos que você nascesse de nove meses – como é o recomendado -. Mas VOCÊ quis nascer de oito meses! Fui às pressas para o hospital mais próximo, porque você queria nascer logo. E como chutava. Daquele momento em diante, eu entendi que você vinha no seu tempo, nem antes nem depois, e eu teria que respeitar. “

Eu tenho o meu tempo! Nem me mostrem relógios com horas marcadas, porque não sigo um único caminho. Eu não mando em nada, em ninguém, em momento algum, em lugar nenhum, mas mando em mim! E no meu corpo mais ninguém controla. Tenho que respeitar os Meus apelos. Prefiro me dar ouvido a nadar a favor da maré só para aparecer bonitinho na foto.
Vejo muitas pessoas que vão conforme o fluxo, dançando conforme a banda, mecanicamente, sem questionar nada, e se matando um pouco por dia. São pessoas que não estão felizes, odeiam como agem, suportam seus falsos amigos e, mesmo assim, continuam ‘empurrando’ uma vida artificial e medíocre, sem autenticidade alguma, sem tentar mudar nada, crentes que estão bem.
Não sou perfeito, mesmo! Nunca tive a menor pretensão de me candidatar a “último biscoito do pacotinho” ou ‘o sabe tudo’, só que eu banco as minhas decisões. Eu sustento minha personalidade aonde eu estiver, perante quem for e não mudo para agradar. O pior erro que o ser humano pode cometer é querer agradar as pessoas só para ser aceito. Vejo tanto isso. Tenho um certo desprezo, porém respeito quem gosta ou prefere se exercer dessa forma. Eu, não! Meus ‘não’ têm sabor de não. E meus ‘sim’, também. As consequências de me ouvir são melhores que me render ao sistema. É difícil no começo impor nosso jeito de ser, só que com o tempo a gente nota que é melhor termos personalidade e afirmarmos nossa postura. Isso é ter Atitude. Originalidade! Somos únicos e não genéricos.

Eu aprendi que a vida não é tão difícil. Alguém sábio disse isso: “Deus não escolhe os capacitados, Ele capacita os escolhidos”. O Sol nasce todo dia e ele não escolhe para quem vai brilhar.
Se sempre soubemos que cada ser carrega o dom de ser capaz de ser feliz, por que não tentarmos mudar? [/ e isso vale pra mim!] Por que se acomodar com a situação, temer uma mudança, ou acovardar-se diante do futuro?
Converso com algumas pessoas, seja no ônibus, no trabalho ou na faculdade, e vejo o medo que elas têm do pioneirismo. Do radical. Medo do incerto. Não consigo entender por que se prender tanto ao tradicional por medo ou insegurança do novo. Nunca fui de ir à sombra dos outros. Eu abro os meus próprios caminhos. Se cair, levanta, oras, ninguém é de ferro. Só que ninguém é de vidro, também. Eu acho que quando a gente tem um 'click' e desperta, começamos perceber que tudo isso é só por um tempo, uma hora isso tudo vai acabar, então, tudo vem com outro peso, a gente começa relevar muita coisa, tratar melhor as pessoas, fazer valer nosso jeito e ser felizes. Tenham um 'click'. Despertem, antes que seja tarde.

O que parece incomodar essa sociedade atual é existir pessoas que bancam suas próprias decisões e vão a luta com garra para perder com classe ou vencer com ousadia.
Eu posso ser como sou, mas jamais serei como quiserem que eu seja, porque sou um ser oscilante e não uma massa pra molde!


[/ quem toma as Suas decisões, você ou o seu meio? Dê uma olhadinha no espelho e veja se está respeitando as suas vontades!]

domingo, 24 de maio de 2009

Círculos na Janela


[/ Aaaooo, o frio chegou! a época do ano que eu mais gosto é essa: cafezinho, um livro e uma música fecha o ambiente... ^^ ]


Acho que no inverno as pessoas ficam mais introspectivas. Elas se tornam mais observadoras. Andam mais rápido, com olhares distantes... Há nesta época do ano sempre um ar de mistério – já notou? -. Chego perto das janelas de casa – sempre embaçadas – e fico desenhando no vidro, ao mesmo tempo em que admiro a chuva finiiinha cair: me parece um convite à reflexão... espetáculos imperceptíveis aos olhos mais desatentos. Então... minha mente voa...

Comecei ler um livro do August Cury, O Futuro da Humanidade – A Saga de Marco Pólo. Um livro totalmente realista, com uma atmosfera psicologicamente tensa, densa; este livro tem mexido muito comigo, despertou alguns antigos fantasmas...
[/ vou aproveitar esse gancho para explicar algo; não foi uma nem duas pessoas que já comentaram comigo que remexo muito meu passado. Que sou nostálgico demais. Que meu Blog só têm memórias. E que não vivo meu presente, pois, de acordo com essas pessoas, meu presente parece reflexo do passado. O que eu tenho a dizer a respeito: não sei porque faço isso! Faço. Tenho consciência, mas Não consigo evitar. Não sei se não vivi tudo que queria ter vivido, ou eu era mais apaixonado pela infância, ou se sou anormal, ou autista. Simplesmente sei que vira e mexe estou eu ‘viajando’. Tudo, tudo, tudo eu comparo com antigas experiências. Minha memória é uma navalha! Eu guardo tudo – inclusive mágoas -. Não sou perfeito e respeito o jeito de todos! ].

Às vezes sinto que fico rodando a mesma volta, dançando as mesmas canções num círculo sem fim... então, quanto mais me perco em mim, mais necessito perguntas; e quanto mais pergunto mais me perco... destinos desenhando espirais [/ como os que faço no vidro embaçado... ]

Minha net voltou a funcionar ontem. Não aguentava mais ficar indo em lan-houses. Aos pouquinhos estou colocando minha vida ‘virtual’ em ordem: respondendo os recados do orkut, enviando email, retornando usar o msn, entrando com mais frequência aqui no Blog e podendo postar mais rápido.


[/ agradeço quem teve paciência! ]

domingo, 10 de maio de 2009

O Telhado


[ Já faz tempo que estou me cobrando escrever algo aqui...
...e aqui estou eu ]



Vou começar este post com a seguinte pergunta: Você prefere viver cansado ou morrer pra descansar?

Prefiro viver. Posso estar cansado, mas estou vivo! Minhas dores de cabeça voltaram, tenho trabalhado bastante e notei que o tempo está passando rápido. Um dia li a frase: 'os dias são longos e os anos curtos'; hoje entendo o que significa.
Terminei de ler o livro Onze Minutos do Paulo Coelho. Fascinate. Tem tudo a ver com o momento que eu estava vivendo a um tempo atrás. Do meu ponto de vista, este livro ensina que não podemos obrigar a primavera ficar para sempre em nossas vidas; podemos apenas pedir que venha, abençoe-nos com sua esperança, e fique o máximo de tempo que puder. Li, em seguida, outro livro do Paulo Coelho: O Monte Cinco. Retrata meu momento atual. Tenho olhado para trás e visto que cometi diversos erros com Deus. Eu, que advirto tanto: preste atenção nos sinais, não quis enxergar o óbvio. Nos últimos meses, Ele me enviou dezenas de sinais para demonstrar que algumas coisas que eu estava fazendo não era certo, que não ia me fazer bem, que eu deveria parar. Não dei ouvidos. Não quis enxergar. Eu não quis nem sentir. O resultado disso foi o Inevitável - como com Elias, personagem do livro O Monte Cinco -. Deus é nosso mestre, somos alunos Dele, e chega um momento que é necessário nosso professor nos testar. Não é errado lutarmos com nosso professor. Travei A batalha. Sai dessa. Pronto pra outra! E como ensina no livro, fui abençoado com um nome: Determinação!

Minha professora de Comunicação e Expressão passou por aqui ( né, Solange?! =D rs). Ela reparou que tem alguns erros da nossa língua aqui no Blog. Têm erros mesmo, ela está certa. Eu disse que não corrigirei, porque levo este Blog como minha vida: tem como voltar e apagar os meus erros??
A cada dia gosto mais da universidade que estudo. Tenho adquirido muito conhecimento de mundo. Sem falar nas três horas de viagem diárias que converso com um e outro. Ouvindo as pessoas do meu ônibus, vendo o que elas passam para conseguir a chance de estudar, me sinto envergonhado de reclamar. Tenho um colega de curso que viaja quase cinco horas por dia para estudar na UniPinhal! Isso é o que eu chamo de coragem e força de vontade.

Sabe quando você está num daqueles momentos de pausa de viagem, como numa das paradas de um ônibus? me sinto assim... alguns passageiros descem, outros sobem...
Sinto que têm coisas, neste momento, a minha volta que não podem ser observadas com olhos apressados. Ao longo da minha vida - e quem acompanha o meu Blog já notou - têm momentos que eu fico absorto. Consumido por mim mesmo. Aaantigamente eu fugia desses momentos - hoje eu os adoro! -. Porque que é aí que me conheço; me abservando eu aprendo muito mais...

" Vou viver como alguém que só espera um novo amor. Há outras coisas no caminho onde eu vou. As vezes ando só trocando passos com a solidão, momentos que são meus e que não abro mão! Já sei olhar o rio por onde a vida passa. Sem me precipitar e nem perder a hora, escuto no silêncio que há em mim e basta. Outro tempo começou pra mim agora. "
( Ana Carolina)

Quando eu era criança, e não estava legal, eu ia atrás da minha casa, pegava uma escada e subia no telhado olhar o céu, ora estrelado ora azul negro. Eu tinha dez anos.
Só queria ver o horizonte - e não existia céu mais lindo do que o visto daquele telhado -. Me lembro do vento gelado e cortante, do meu corpo quente, meu coração palpitando rápido, meu olhar fixo e meus pensamentos longe. Ah... que lágrimas difíceis de rolar! Eu juro que se eu fechar fortemente meus olhos eu retorno naquelas noites. Noites que eu orava. Noites que eu clamava. Noites que eu subia naquele telhado pra conversar com Deus. E Ele vinha!! A gente brigaaava, brigava! Fazia isso quase toda madrugada. Uma, duas, três horas da manhã... não tinha horário. Ali minha mente voava e cortava o céu estrelado sobre minha cabeça.
A madrugada que mais me marcou naquela época, foi a última. Lembro como se fosse ontem. Eu tinha treze anos. Meus pais me comunicaram que tinham encontrado uma casa que eles queriam, toda papelada burocrática estava pronto, já estava tudo certo para nos mudarmos no dia seguinte - como sempre a vida me comunicando uma mudança às vésperas -. Perdi meu chão! Naquela noite subi ao telhado com o coração apeeertado. A cabeça cheia de perguntas. Chorei de raiva. Chorei de impotência. De medo! Nossa, como eu chorava. Morávamos num lugar alto e eu podia ver a cidade acesa. Luzes abaixo e acima de mim...
De repente eu olho para trás e vejo meu pai subindo o último degrau da escada. O tempo congelou, naquele instante meu coração parou... Logo imaginei que ele iria me bater por eu ter acordado alguém com meus passos no telhado. E no entanto, ele se aproximou de mim, colocou uma das mãos no meu ombro, sentou ao meu lado e disse olhando nos meus olhos: "filho, ficará tudo bem". Eu desmoronei, mas não queria chorar perto dele; ele me ensinou a ser um guerreiro - mais tarde eu aprenderia que guerreiros também choram -. Eu dizia: "pai, eu não quero mudar, eu gosto daqui". Na verdade, eu não gostava daquela casa e eu odiava aquele lugar. E se me perguntassem qual lugar daquela casa eu mais gostava, eu responderia o de fora - o telhado -. Porque o telhado tinha um céu, e este céu me dava esperança...
Meu pai olhou firme para a mesma direção que eu - o centro da cidade, onde moraríamos - e disse: "Jonas, a gente vai ter que se mudar!".
Eu entendi que nem mesmo meu pai queria se mudar ou estava certo que se acostumaria com a mudança, mas era preciso. Ali eu senti que algumas decisões Têm que ser tomadas. E um verdadeiro guerreiro se lança guerra adentro, com o coração apertado, com as lágrimas caindo, lembranças na bagagem para mais tarde lamber as suas cicatrizes - é o Inevitável -. E fugir não resolve nada. Então, naquela noite, seguei as lágrimas, enxuguei o rosto, ergui a cabeça para o ouvir o meu pai finalizar a conversa: "filho, aonde formos ou o que encontrarmos eu estou do seu lado!".
Nos mudamos. Moramos cinco anos na nova casa. E posso garantir que, a partir do momento que pisei o primeiro pé lá dentro, vivi uma das melhores fases da minha vida - Ele me tirou um telhado para me dar uma casa -. É claro que tive meus momentos de crise e meus problemas... mas isso é para uma outra história...

O fato é que Deus, realmente, fecha a porta. Mas Ele jamais deixa de abrir a janela. Uma lição?

- O mar está furioso e o céu está cheio de tempestade, MAS NÃO TENHA MEDO, SEGURA FIRME O LÊME E NÃO DESISTA, porque quanto mais feio o cenário vai ficando MAIS PERTO DE TERRA VOCÊ ESTÁ!


[/ ACREDITE]