domingo, 21 de maio de 2023

O ESTUDANTE E O BÊBADO


      Imagino que pelo título curioso, talvez até provocativo desse texto, deva fazer você se perguntar qual seria a relação possível entre um estudante e um bêbado. A ideia era colocar um título provocativo que chamasse a atenção, mas tem sim uma relação... Evitarei rodeios e vamos direto ao texto.

      Por volta dos meus vinte anos, iniciava a minha primeira graduação em Administração, quando tive uma conversa muito interessante que me lembro até hoje. Só um parênteses aqui: sempre presto muita atenção às conversas – não só as que tenho, como também as que ouço de outras pessoas –, as palavras que me chegam, como chegam, por quem, de que formas, sob quais contextos, como me mobilizam emoções e provam reflexões... Essa é uma das razões de eu gostar de psicanálise, pois são as palavras, a escolha ou não delas e como se encaminham às associações significativas seguintes.

      Essa pessoa com quem conversava na época já estava na sua segunda graduação e nós viajávamos juntos diariamente para a faculdade – era uma longa distância. Um dia lhe perguntei se a faculdade a mudara de alguma forma e ela me respondeu que sim; não especificou quais foram as mudanças, mas concluiu que eu também mudaria ao longo do meu curso, principalmente após o primeiro ano. E continuou que talvez eu não notaria isso, mas certamente aqueles com quem convivia mais próximo, como familiares, amigos e colegas de trabalho perceberiam a mudança no meu comportamento. Naquela noite, fui e voltei o caminho todo pensando sobre isso e resolvi então começar uma observação; não só pessoal, mas também nos meus amigos, nos meus colegas de curso, nos meus colegas de faculdade que iniciavam essa jornada comigo. E ano após ano ia nos analisando com o objetivo de verificar essa teoria. De fato, todos nós mudamos significativamente ao longo dos anos. A minha tese para esse fenômeno é a de que conhecimento é poder e o poder transforma, inconscientemente.

      Por exemplo. Há mais de uma década trabalho em ambiente organizacional em recursos humanos, tenho inúmeras amostras desse fenômeno. Indivíduos que antes não tinham qualquer responsabilidade de liderança que quando lhe dada a função de líder, eles se revelam. Sem entrar no mérito de melhor ou pior, isso seria um julgamento de valor, todavia esses sujeitos se transformam. O que de mais reprimido possuem vem à superfície. Quem trabalha ou já trabalhou em RH já viu essa dinâmica acontecer. Foi só dar um cargo de liderança àquela pessoa que ela se transformou.

      Outro fenômeno muito comum, nessa mesma linha, é quando um sujeito ascende socialmente, ou seja, quando uma pessoa muda de classe ou de posição social. Me lembro daquela famosa frase “dê dinheiro a um homem e vai conhecê-lo”. Acredito nisso. O dinheiro, assim como o conhecimento e a liderança promovem uma sensação de poder ao sujeito. Aqui neste ponto que entro para explicar esse fenômeno psicológico observado, essa “transformação”.

     A minha aposta é a de que o poder está intimamente ligado ao inconsciente. Quando uma pessoa se empodera, seja adquirindo conhecimentos, seja ascendendo socialmente, seja exercendo uma liderança, aquilo que de mais inconsciente ela tiver vem à superfície. O inconsciente se faz presente de alguma forma. A minha tese é a de que o poder contraído dá subsídios ao sujeito [do inconsciente] de reaver, de advogar, de reivindicar o seu desejo – mesmo sem consciência disso. Nas menores palavras, nos pequenos gestos, em micro-ações o desejo do sujeito se faz presente, mesmo à sua revelia. Sem que se dê conta muitas vezes, sua forma de falar, de olhar, seu jeito, seus trejeitos, sua postura, seu comportamento entregarão, não precisamente quem essa pessoa é, mas muito além disso: o que ela quer!

      Vou contar uma das histórias que lembro sempre com muita atenção. Trabalhava como analista de recursos humanos numa empresa e havia uma colaboradora que era muito tímida e reservada. Ela era uma excelente profissional, trabalhava com atendimento direto aos clientes e a elogiavam muito; sempre pontual, disciplinada, organizada, educada e muito receptiva. Todavia, ela tinha uma imensa dificuldade de conversar com as outras pessoas, principalmente com superiores. Quando a sua gestora precisava conversar com ela para dar alguma instrução, era começar a falar e as lágrimas já começavam a cair. Não eram críticas nem feedbacks negativos, pelo contrário, até quando recebia elogios ela se desconcertava emocionalmente e chorava. Em reuniões, sessões de brainstorming, ela não erguia a mão, nunca tomava a palavra, não tinha opiniões sobre nada, com tudo ela concordava. Muitas vezes nós percebíamos o quanto podia ser difícil algumas circunstâncias e ela tinha abertura para trazer as suas percepções, suas dificuldades, mas não fazia. Mesmo quando eu tentava conversar com ela – tenho bastante habilidade nisso – ela chorava copiosamente. Tinha percebido que não era algo com o meio, era uma característica pessoal dela.

      Pois bem, passados vários meses, um dia chega à minha sala a notícia que essa colaboradora mudaria de horário, porque iniciaria uma faculdade. Eu que já conhecia esse fenômeno que defendo nesse texto, disse a sua gestora na época: “agora conheceremos melhor essa colaboradora”. Me lembro bem quando ela me questionou o porquê e só respondi o seguinte: “agora ela afirmará o seu desejo”.

     Passados seis meses, o setor dessa colaboradora estava fazendo uma reunião – da qual eu participava – e quando perguntado se todos concordavam, eis que alguém levanta a mão e diz: “Eu DISCORDO”. Era a colaboradora em questão. Corri os olhos em direção a gestora, que já me olhava atentamente... Passados outros seis meses, a empresa fazia uma convocação para trabalhar num feriado e essa colaboradora que até então nunca dissera NÃO para a empresa, desta vez se recusou a vir trabalhar. Estava passando pelo corredor, quando pude assisti-la explicando à sua gestora, de forma assertiva olhando nos olhos, falando em alto e bom tom, as razões pelas quais não viria trabalhar. A gestora me olhou, abaixou a cabeça e deu um sorriso de canto de boca, talvez relembrando nossa conversa. 

     Nesse dia, a gestora veio à minha sala conversar e a questionei: “Ela ainda é boa colaboradora?!”. Ela respondeu, “sim, continua sendo uma das melhores da minha equipe, mas como você disse um dia 'ela afirmará o seu desejo', agora ela se coloca, está impondo seus limites.” Não pude concluir a conversa sem perguntar: “E isso é ruim?!”. Ela respondeu com chave de ouro: “Pela pessoa que sou, que gosto de ser, a minha liderança sabe lidar com isso; outro gestor não sei!”.

      Esse fenômeno observei em muitos colaboradores, ao longo de mais de uma década. O colaborador começa a fazer faculdade e o conhecimento adquirido vai o empoderando e com isso ele ganha maior força para pleitear o seu desejo. Assumir novas posturas. Ter maior posicionamento na vida. Começa a se delinear melhor uma identidade dessa pessoa, naquele momento de sua vida. Acho isso fantástico de assistir, de conviver, de aprender a lidar, porque envolve a capacidade de lidar com as diferenças. E diria mais, envolve a capacidade de aprender com as diferenças. O conhecimento é extremamente poderoso por conta disso. Ele promove a transformação das pessoas. Note por exemplo que, quando se instala uma ditadura num país, uma das primeiras coisas que se procura fazer é retirar ao máximo o pensamento crítico do ensino. Disciplinas como Filosofia e Sociologia sempre foram alvos dessa censura. Hoje em dia o pensamento crítico perpassa todas as disciplinas, mas é inegável que em alguns cursos, principalmente de Humanas, esse critério é forte.

      Bem, mas você deve estar se perguntando em que ponto entra o bêbado do título desse texto. E agora vou fazer uma amarração disso, indo por outro caminho. Existe um jargão dentro da psicologia, mais precisamente na psicanálise, que diz assim, a bebida dilui o superego. Para fins didáticos, o superego é aquela instância moral do indivíduo que freia os seus desejos; são as leis, os valores, os códigos de conduta interiorizados pelo sujeito, advindos dos seus pais, dos pais dos seus pais, que norteiam o seu comportamento. Imaginariamente veja o superego como sendo uma sela de um cavalo ou como sendo uma barragem que impede um fluxo livre dos desejos. Mas isso acontece com uma pessoa alcoolizada? A resposta é não, o indivíduo age livremente.

     Essa represa que age como um censor da personalidade, na embriaguez fica afrouxada, ocorrendo assim o fluxo livre das pulsões. Por isso é muito comum a pessoa alcoolizada ter comportamentos muito diferentes daqueles que ela costuma ter quando sóbria. É comum também aquelas desculpas de que não se queria fazer algo, que foi a bebida que provocou determinado comportamento, que o que foi dito não era verdade. Mas a verdade é que a bebida só afrouxou a censura do indivíduo, e como o álcool é um depressor do sistema nervoso central diminuiu a capacidade crítica do sujeito, mas a bebida não lhe gerou o desejo! A pessoa embriagada faz e fala o que deseja, mesmo sem plena consciência disso.

      Esse texto busca apontar algumas circunstâncias em que há um contato com os nossos desejos e como isso pode acontecer inconscientemente. Pode acontecer através da obtenção de poder advindo de inúmeras formas, como podemos ter contato com os nossos desejos a partir da diluição do superego quando alcoolizados. Isso não significa também que precisamos encher a cara para conhecer o que rola no nosso inconsciente. Embora cada um é livre para fazer e se dar depois a desculpa que quiser.

      Numa análise por exemplo, o que um psicanalista faz é promover um setting onde haja uma associação livre por parte do paciente. A associação livre é quando o paciente é convidado a falar livremente. A aposta psicanalítica é que a partir dessa fala livre, ocorrendo em alguns momentos afrouxamentos da censura dessa pessoa, escape no seu discurso materiais do seu inconsciente. Vestígios do seu desejo. Esses vestígios sinalizam o circuito pulsional, os caminhos do seu desejo. A técnica psicanalítica visa o afrouxamento da censura do sujeito, mas diferente do álcool que deprime o sistema nervoso central e provoca um rebaixamento das funções executivas da pessoa, numa análise ocorre o contrário, o sujeito permanece consciente. Freud abandona a hipnose por isso, porque ela promove um rebaixamento da consciência do indivíduo fazendo sugestões, quando a análise promove o contrário, análise não tem sugestão. Freud também percebe que após voltarem do transe hipnótico, os sintomas dos pacientes voltavam.

      A única sugestão aqui é pense nas associações trazidas nesse texto. Você já tinha notado que as pessoas se transformam, ou se revelam, ao adquirir conhecimento, uma função de liderança ou ascender socialmente? Você que está estudando ou que já estudou uma graduação, nota alterações no seu comportamento? E no comportamento das outras pessoas? Você que tem o hábito de tomar bebidas alcoólicas, nota alterações no seu comportamento quando alcoolizado? E no comportamento das outras pessoas? Você já fez, faz ou já pensou em fazer análise algum dia? Por quê?

segunda-feira, 1 de maio de 2023

AMOR À PESQUISA


Mas não entendam este meu anúncio como se eu pretendesse dar palestras dogmáticas e requerer sua fé incondicional. Esse mal-entendido seria uma grave injustiça contra a minha pessoa. Não quero despertar convicções — quero fornecer estímulos e abalar preconceitos. Se, por desconhecer o material, os senhores não têm condições de julgar, não devem crer nem condenar. Devem escutar e permitir que o que lhes é relatado produza efeito. Não é tão fácil adquirir convicções, ou, se chegamos a elas sem fazer esforço, logo se mostram desprovidas de valor e capacidade de resistência. Direito à convicção possui apenas aquele que, assim como eu, trabalhou muitos anos no mesmo material e viveu ele próprio, repetidas vezes, as mesmas novas e surpreendentes experiências. De que servem, no campo intelectual, as convicções apressadas, as conversões fulminantes, os repúdios momentâneos? (FREUD, 2014, p. 265-266)


       Existe um teórico da psicanálise chamado Jacques Lacan que confesso que eu tinha muito preconceito, mas o engraçado, que na verdade é bastante comum, é que eu também desconhecia a sua obra. Quando digo que é bastante comum é pelo fato de quantas coisas na vida temos preconceito sem nos dar a oportunidade de conhecer melhor. É aquele preconceito sem fundamento. Uma coisa seria eu me dar a oportunidade de conhecer e julgar que não gostei ou que não concordo; outra coisa, completamente diferente, é eu julgar o seu trabalho sem nunca tê-lo conhecido. E fazemos muito isto, seja com teorias, seja com pessoas: é o não gostar simplesmente por não gostar. É a famosa crítica sem criticidade alguma. Deixo aqui então o seguinte questionamento, para você e para mim também: quais julgamentos ou opiniões possuímos sobre temas, sobre pessoas, que nunca nos demos a oportunidade de saber, de conhecer essas pessoas em questão? Essas opiniões têm fundamento?

        Do pouco que li e conheci sobre a obra de Jacques Lacan estou gostando bastante. O que noto, e que percebi em mim também, é que a psicanálise lacaniana é julgada pela dificuldade do entendimento. É claro que sou a favor de que sempre que possível quem se expressa precisa fazer um esforço para [tentar] ser entendido, o objetivo da comunicação é justamente esse. Não faz sentido rebuscar ou florear demais o discurso, a tal ponto que fique incompreensível à maioria dos leitores – a menos que o objetivo seja este, alcançar um nicho muito especializado. Lacan é um teórico difícil de compreender até para quem tem conhecimento aprofundado de psicanálise, no entanto, o fato de escrever difícil não desqualifica a genialidade do seu trabalho, porque vejo muita. Estou lendo e aprendendo sobre o que ele fala sobre os quatro discursos e é muito interessante, principalmente quando transpomos à prática das nossas relações cotidianas e é isso que trarei no texto de hoje. Tenho refletido muito sobre isto: em quais momentos, com quais pessoas, em que locais me utilizo de cada discurso inconscientemente? E quando esse discurso provém do outro? Pesquisem sobre os quatro discursos de Lacan e em seguida se permitam uma reflexão sobre a própria vida.

        Gostaria de compartilhar também que fui aprovado na iniciação científica na UniFAJ, no curso de Psicologia do qual faço parte, com pesquisa em Psicanálise. A minha orientadora é dessa linha. Estou gostando bastante. O tema que escolhi na minha pesquisa é sobre o Fetichismo, quero compreender melhor esse fenômeno psicológico, adentrando na estrutura perversa (se é que fetichismo está lá). Quando lemos a obra freudiana “O Fetichismo” (1927) percebemos que alguns pontos foram levantados por Freud e pretendo investigar se os pós-freudianos responderam os questionamentos que lá ficaram em suspenso. E por que o interesse – podem estar se perguntando?

        Respondo: e por que não? Não tenho encontrado muitos materiais sobre esse tema, o que aguça ainda mais a minha curiosidade e a vontade de pesquisar. Por que há poucos materiais sobre o fetichismo? E sobre a perversão? Existiria algum manto de “moralidade” dificultando o interesse à pesquisa? Ouço que “o perverso [e o fetichista se encontra aqui (?)] não procura pela clínica, ele não sofre.” - essa é uma voz quase monocorde dentro da psicanálise. Quero entender melhor isso. Onde encontro lacunas na teoria, sinto necessidade da pesquisa. Vejo pesquisadores que possuem teses que giram em torno de temas habituais, então me questiono se essas pessoas não estariam mais interessadas num título, do que no compromisso científico. Me lembro quando fiz a graduação em Administração e ao final do curso o tema do trabalho de conclusão de muitos era sobre Motivação. Na época fui à biblioteca conhecer os trabalhos elaborados na última década e poderia afirmar que quase metade dos trabalhos realizados giravam em torno desse tema. Meu trabalho foi sobre MDL – Mecanismos de Desenvolvimento Limpo e Créditos de Carbono, o que na época o meu orientador me advertiu que não encontraria publicações, dado o ineditismo do tema. Entendi ainda mais como necessário.

        Precisamos lembrar que o pesquisador, seja qual área for, ele tem um compromisso com a ciência. E a ciência pressupõe progresso, novas descobertas, o conhecimento científico não é concluído, ou se conclui temporariamente, até que as evidências apontem novas direções. O contrário é dogma. Mas para isso vejo como necessário um espírito de pesquisador. Ao contrário de Lacan, Freud era pesquisador. Quando lemos Lacan percebemos um texto fluido, como um analisante falando em sessão, e ele se apresentava assim, quem assistiu os seminários de Lacan disse que era exatamente desta forma, que Lacan falava de maneira livre, de forma solta, deixando os conteúdos virem. Neste ponto, quando lemos Freud é diferente – e confesso que prefiro. Analisando o texto, a escrita de Freud, percebemos uma postura investigativa, a de um cientista. Freud era um pesquisador! Ele só foi para a clínica porque era pobre e não tinha dinheiro para se casar com Martha. No entanto, foi a clínica que lhe deu subsídios ao desenvolvimento da sua obra. É a clínica que constrói a psicanálise.

        Fico sempre imaginando Sigmund Freud anunciando a psicanálise, na virada do século XIX/XX, falando de sexualidade infantil e sendo visto pelos próprios companheiros médicos como um pervertido, se ele tivesse recuado? Para mim o pai das psicoterapias é Freud, porque começou com ele. Quase todos os dissidentes que formularam mais tarde as suas próprias teorias psicológicas beberam ou vieram da psicanálise. Jung, Adler, Aaron Beck, Perls, Viktor Frankl, entre tantos outros. Wundt é considerado o pai da psicologia moderna, mas os seus estudos não iniciaram com clínica, na época se buscava compreender os processos psicológicos básicos. Teoria psicológica para fins clínicos se iniciou com Freud. A psicanálise não vem da psicologia, ela vem da psiquiatria. É uma rua que caminhou desde sempre paralela. A psicanálise entra nos cursos de graduação em psicologia por conta da história clínica. Lembrando também que não se deve resumir a Psicologia em psicoterapia apenas. Mas, parafraseando o psicanalista David Zimerman, psicoterapia e psicanálise são como dia e noite, embora existem extremos entre a claridade do dia e a escuridão da noite, há também a aurora e o crepúsculo, e neles não se pode distinguir quando começa um e em que ponto terminaria o outro.

        Esse texto é para dividir a paixão que estou tendo pela graduação de psicologia, assim como a paixão que sempre carreguei pela psicanálise. E admito que não enxergo, facilmente, diferenças significativas entre as próprias teorias psicológicas, quando estamos falando de clínica, sejam elas comportamentais, cognitivas, humanistas, psicanalíticas, sócio-históricas. São formas distintas de enxergar os fenômenos psicológicos, o que diferencia é o referencial teórico. Gosto bastante quando os meus próprios amigos e colegas de classe zombam dizendo que não sabem se gosto mais da psicanálise, da comportamental ou da cognitiva, apostando até que termino o curso no humanismo. Ficarei feliz se conseguir absorver o conhecimento de todas as teorias psicológicas. Penso que na clínica o profissional segue uma abordagem específica para se nortear, pois numa forma de enxergar o fenômeno ele conduz o tratamento por um caminho, mas enxergando de outra forma conduziria por outro, não se mistura as técnicas para não se perder e mais confundir o paciente. Mas, quanto mais estudo, mais defendo que a leitura do fenômeno pouco importará no resultado final. Pretendo me manter aberto durante o curso, para aprender e crescer a partir dele, e também para pesquisar e poder de alguma forma contribuir nesse conhecimento. Assim como o Freud.