quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

AH VÁ! TÔ NEM AÍ...


[/ Parar e me entregar à vida no fim é a única coisa que posso fazer depois de ter tentado tudo que eu podia. Já xinguei, briguei, me estressei demais por coisas que não vou compreender. Nem controlar. Quer saber... tô nem aí! rs rs ]


Em alguns momentos na vida você perceberá que algumas coisas não estarão no seu controle, porque simplesmente a vida quis assim. E a única coisa que você poderá fazer é erguer as velas, sem poder ainda escolher a direção do vento, e deixar que a vida o empurre pra algum lugar. Seguir o fluxo... São nessas horas que enfrentamos a força da vida.

Quantas vezes você não se prepara para um compromisso importante e no dia cai o maior "toró" d'água?? É assim mesmo... rs
Ou naquele dia perfeito que você está super preparado para uma apresentação que, na hora H, não vai saber o que falar - e ainda vai gaguejar! Acontece... rs
Porque choveu na praia.
Você passou mal bem no dia da viagem tão esperada.
Porque Aquela pessoa vai te dar o belo "nãO" na cara, e você não estará preparado pra isso...
E vai fazer o quê? Essas coisas acontecem, não dá controlar! Sinto dizer... rs rs

Porque essa é a certeza do caminho incerto.
É a resposta para a pergunta que você ainda não conhecia.
Porque você passará 10 mil vezes por ali até perceber que girou em torno do que queria.
Porque essa benDita vida é assim!! Não tem jeito!!!
Porque entre tantos desencontros, controvérsias e contradições, o que é pior é que você termina se encontrando. Da mesma forma que hoje tudo parece bagunçado, amanhã tudo se encaixa (é só você não esperar).
Então não espere!
Não se prepare!
Não treine!
Não tenha tanto cuidado assim.
Se importar tanto pra quê!? No fim tudo sairá diferente mesmo. As palavras serão outras, o vento soprará na direção oposta, o "sim" será "não", o Sol vai desaparecer e o tempo fechar. Entre as milhões de maneiras certas, você escolherá a errada e vai terminar metendo os pés pelas mãos novamente. Vai dizer que não!? rs rs


[/ Se quer um conselho... Coloca um chinelo havaianas no pé, um óculos na cara, um fone no ouvido com um som muito doido e dane-se o resto. Pode cair o mundo, porque hoje: Ah vá! Eu tô é nem aí!!! rs rs rs ]

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Nada muda


[/ Parado, quieto, absorto com meus pensamentos na minha mesa no trabalho, tenho a impressão que nada muda. Que por mais que tudo ao meu redor esteja em constante movimento, em frenética transformação, na cadeira eu continuo o mesmo. Parado. Quieto. Ansioso e com raiva. Nada muda... ]


Não sei se você já percebeu que a vida tem um certo prazer em nos contrariar. Parece até provocação. Quando achamos que já dominamos o jogo a vida muda as regras; quando achamos as respostas a vida muda as perguntas; quando achamos as perguntas a vida muda as respostas; quando nos acostumamos com as pessoas vem a vida e muda todo o cenário novamente. É quase loucura!
No meio de toda essa combinação de interesses aparentemente contrários entre a vida e eu, fico ansioso e com uma tremenda raiva. Nada muda.

Quando a gente está estressado com algo ou triste por alguma coisa, tudo ao redor parece nos irritar. Uma coisinha que antes talvez não daríamos a menor importância pode ser a causa central da nossa ira, do nada. Num momento é paz, noutro é guerra. Vou do céu ao inferno em instantes na minha mesa e percebo como tem sido fácil sentir raiva. Meu computador sem aviso prévio não responde aos comandos, raiva. As pessoas - parecem - não entender o que eu falo, raiva. Eu não entendo o que as pessoas falam, raiva. O maldito relógio na tela do pc não acompanha minha vontade, raiva. Uma tentativa frustrada de controlar toda essa raiva, mais raiva. Por fim, nada muda!

Poderia citar inúmeros outros exemplos que me causam profunda irritação, e tenho certeza que estressam meio mundo também nessas horas, mas o ponto principal sei que não está na raiva. Porque senti-la é fácil; somos humanos, é inerente a nossa condição. O ponto é como lidar com isso no dia a dia... De acordo com Aristóteles: "Qualquer um pode zangar-se - isso é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo e da maneira certa - não é fácil."

Nesses momentos em que estamos com o "saco cheio", que dá uma vontade de partir pra briga com meio mundo, a única coisa que observo é o mecanismo de vazão, que obviamente tem duas saídas: uma externa e outra interna. Na explosão posso dizer o que no fundo não queria ter dito (ou talvez sim), da forma mais injusta e inadequada possível, no pior momento e muitas vezes pra quem não tinha nada a ver com a história. Na implosão o mais prejudicado sou eu, guardo toda a raiva que obviamente ficará sendo nutrida e curtida com o tempo, até o momento de um futuro "acerto de contas"... aí virá tudo a tona, em dobro.
Em suma, todos perdem quando não somos capazes de nos controlar!

Às vezes fico me perguntando porque tudo não muda, porque tudo não é mais fácil. Porque as pessoas simplesmente não cuidam da própria vida ao invés de gastarem tanta energia e tempo com coisas alheias. Porquê não se preocupam mais com a própria consciência, com seus atos e palavras e facilitam a convivência, ao invés de ficarem umas sendo obstáculos às outras. Juro que às vezes, sentado na minha cadeira, fico me perguntando coisas assim. Por que nada muda?!

Aí no meio desse monte de porquês, é como se a vida me dissesse (em letras garrafais) que sou só um grão de areia na praia. Humilde e insignificante. Que existem milhares de maneiras de existir nesse mundo - não só a minha -, que não somos robôs, que ninguém é perfeito, que não sou o dono da verdade e que os "tais" obstáculos que eu vejo é o que gera a evolução, que o drama e as complicações somos nós que fazemos e que, no fim, eu ainda vou olhar pra trás e rir de tudo isso.

De repente então, é aí que percebo o que insistimos em esquecer: Quando nada muda, quem deve mudar somos nós! A raiva pode ser uma ótima matéria prima para grandes realizações quando canalizada positivamente, porque se transforma em impulso criativo. E do contrário, quando mal administrada se torna um impulso destrutivo. Tudo é uma questão da forma como vamos trabalhá-la.


[/ “Persistir na raiva é como apanhar um pedaço de carvão quente com a intenção de o atirar em alguém. É sempre quem levanta a pedra que se queima.” (Buda) ]