
[/ O que estou fazendo comigo...]
Às vezes eu me pergunto o porquê de me cobrar tanto, querer estar sempre fazendo as coisas certas, da maneira que eu acho mais correto. Ter uma vida tão equilibrada, centrada. Não permitir que ninguém tenha brechas pra atirar críticas contra mim.
Eu sou um tipo de pessoa que tem um senso autocrítico tão grande, tão forte, que eu já não sei se sou capaz de tolerar isso o que faço comigo. E sei que muitas pessoas passam por esse mesmo problema que eu: se cobram, se cobram e se cobram demais. Nesse desenrolar do tempo, eu tenho conseguido adquirir uma gastrite, algumas enxaquecas constantes e umas dores musculares impressionantes. Tenho conseguido essa proeza aos 22 anos! Olha que beleza.
Por que o ser humano quer tanto ser perfeito!? Eu juro que não entendo esse mecanismo. Essa busca acirrada, onde nós somos nossos próprios concorrentes, porque sempre estamos quebrando nossos recordes. Parece que tudo que gastamos certa energia e certo tempo, acreditamos poder fazer o mesmo poupando mais energia e mais tempo. E não poupando vida. E não poupando saúde. E não poupando tempo fazendo outras coisas - igualmente importantes - como: ficar mais com a família, ter um tempo maior para os amigos, dedicar um dia (todo) a nós mesmos.
Eu não sei quando foi o último dia que dediquei para não fazer nada muito importante. Apenas relaxar. Curtir desde um dia inteirinho na cama a um dia todo de passeio. Sempre há tarefas. Pensamentos mecânicos que estão programando meu amanhã. Estou me resumindo a programar meu amanhã. Como se isso fosse possível, a vida é inconstante!
Durante alguns minutos breves, enquanto estou sentado em frente ao computador no meu escritório, eu fico imaginando algumas coisas. Coisas essas que eu fico empurrando com a barriga. Como minhas férias do trabalho. Como um curso de espanhol que eu quero fazer, e tenho me dito que quero fazer há anos! Eu quero tantas coisas, mas procuro não pensar tanto nelas, porque logo em seguida me vem outro pensamento advertindo-me do que preciso fazer. E a vida passa...
A pior pressão é aquela imposta por nós mesmos, porque desta não há pra onde fugir. Eu não sei em que momento da minha vida me prometi ser um filho perfeito, um homem de caráter imaculado e um trabalhador honesto e pontual. Não sei se foi nesse momento que prometi esquecer de fazer muitas coisas que eu gosto e ir trabalhar, ir estudar, ir rumo ao progresso. Hoje me parece meio irônico esse "progresso". Só sei que foi nesse mesmo momento que escolhi pagar um preço muito alto: meu sossego. Acho que a chave de tudo isso significa perda do sossego. Me tornei escravo das minhas rotinas. Sou o próprio cronômetro dos meus horários. Sou o réu e o meu juiz.
Não digo que assisto a tudo isso passivamente, sem sequer tentar reverter essa situação. Tentar é o que mais faço! Tentar. Porque parece que eu desenvolvi um certo apreço, uma certa paixão - um tanto masoquista - por essa pressão auto imposta. Reajo melhor sob pressão. Trabalho melhor. Sou mais rápido, mais produtivo e, mais feliz às vezes, porque vejo as coisas fluírem. Porém, um corpo humano não tolera dormir 3 horas por dia, todo dia. Comer rapidamente e nunca em horários controlados. Estou querendo impor coisas ao meu corpo que ele não está conseguindo acompanhar.
Como termino isso? Com um conselho! Se não sou capaz de sair dessa no momento, pelo menos tentarei ajudar aconselhando aqueles que estão nesse redemoinho como eu. Acredito que devemos buscar nossa essência: saber o que gostamos e procurar viver isso. Ter um ritmo de vida sereno é saudável. Estar na companhia de amigos é muito reconfortante. A família merece mais atenção. E nós... nós não podemos, em momento algum da vida, abrir mão de nos priorizar. Acho que quando a gente consegue ceder e atender aos apelos de todo mundo com muita facilidade, mas não fazemos isso conosco na mesma proporção, a vida já ficou meio estranha.
[/ Alguém esperto disse isso: "Trabalhe pra viver, mas não viva pra trabalhar" ]
Às vezes eu me pergunto o porquê de me cobrar tanto, querer estar sempre fazendo as coisas certas, da maneira que eu acho mais correto. Ter uma vida tão equilibrada, centrada. Não permitir que ninguém tenha brechas pra atirar críticas contra mim.
Eu sou um tipo de pessoa que tem um senso autocrítico tão grande, tão forte, que eu já não sei se sou capaz de tolerar isso o que faço comigo. E sei que muitas pessoas passam por esse mesmo problema que eu: se cobram, se cobram e se cobram demais. Nesse desenrolar do tempo, eu tenho conseguido adquirir uma gastrite, algumas enxaquecas constantes e umas dores musculares impressionantes. Tenho conseguido essa proeza aos 22 anos! Olha que beleza.
Por que o ser humano quer tanto ser perfeito!? Eu juro que não entendo esse mecanismo. Essa busca acirrada, onde nós somos nossos próprios concorrentes, porque sempre estamos quebrando nossos recordes. Parece que tudo que gastamos certa energia e certo tempo, acreditamos poder fazer o mesmo poupando mais energia e mais tempo. E não poupando vida. E não poupando saúde. E não poupando tempo fazendo outras coisas - igualmente importantes - como: ficar mais com a família, ter um tempo maior para os amigos, dedicar um dia (todo) a nós mesmos.
Eu não sei quando foi o último dia que dediquei para não fazer nada muito importante. Apenas relaxar. Curtir desde um dia inteirinho na cama a um dia todo de passeio. Sempre há tarefas. Pensamentos mecânicos que estão programando meu amanhã. Estou me resumindo a programar meu amanhã. Como se isso fosse possível, a vida é inconstante!
Durante alguns minutos breves, enquanto estou sentado em frente ao computador no meu escritório, eu fico imaginando algumas coisas. Coisas essas que eu fico empurrando com a barriga. Como minhas férias do trabalho. Como um curso de espanhol que eu quero fazer, e tenho me dito que quero fazer há anos! Eu quero tantas coisas, mas procuro não pensar tanto nelas, porque logo em seguida me vem outro pensamento advertindo-me do que preciso fazer. E a vida passa...
A pior pressão é aquela imposta por nós mesmos, porque desta não há pra onde fugir. Eu não sei em que momento da minha vida me prometi ser um filho perfeito, um homem de caráter imaculado e um trabalhador honesto e pontual. Não sei se foi nesse momento que prometi esquecer de fazer muitas coisas que eu gosto e ir trabalhar, ir estudar, ir rumo ao progresso. Hoje me parece meio irônico esse "progresso". Só sei que foi nesse mesmo momento que escolhi pagar um preço muito alto: meu sossego. Acho que a chave de tudo isso significa perda do sossego. Me tornei escravo das minhas rotinas. Sou o próprio cronômetro dos meus horários. Sou o réu e o meu juiz.
Não digo que assisto a tudo isso passivamente, sem sequer tentar reverter essa situação. Tentar é o que mais faço! Tentar. Porque parece que eu desenvolvi um certo apreço, uma certa paixão - um tanto masoquista - por essa pressão auto imposta. Reajo melhor sob pressão. Trabalho melhor. Sou mais rápido, mais produtivo e, mais feliz às vezes, porque vejo as coisas fluírem. Porém, um corpo humano não tolera dormir 3 horas por dia, todo dia. Comer rapidamente e nunca em horários controlados. Estou querendo impor coisas ao meu corpo que ele não está conseguindo acompanhar.
Como termino isso? Com um conselho! Se não sou capaz de sair dessa no momento, pelo menos tentarei ajudar aconselhando aqueles que estão nesse redemoinho como eu. Acredito que devemos buscar nossa essência: saber o que gostamos e procurar viver isso. Ter um ritmo de vida sereno é saudável. Estar na companhia de amigos é muito reconfortante. A família merece mais atenção. E nós... nós não podemos, em momento algum da vida, abrir mão de nos priorizar. Acho que quando a gente consegue ceder e atender aos apelos de todo mundo com muita facilidade, mas não fazemos isso conosco na mesma proporção, a vida já ficou meio estranha.
[/ Alguém esperto disse isso: "Trabalhe pra viver, mas não viva pra trabalhar" ]