segunda-feira, 19 de julho de 2010

Sigo sem saber...


[/ Com o tempo as coisas mudam de formas e de lugar, a vida ganha outro sentido e um novo horizonte, os cenários mudam com as pessoas e o que antes era tido como importante e especial, passe a ser irrelevante]


Eu sou fã da Alanis Morissette, sempre gostei das músicas dela e ultimamente uma tem se encaixado perfeitamente na minha vida: Ironic. Na música, a cantora tenta retratar as coisas engraçadas que acontecem no dia a dia e em como a vida sempre dá um jeitinho (irônico) de nos atrapalhar e nos ajudar. Eu particularmente acredito que as coisas acontecem como tem de acontecer, no fim tudo está certo.
O fato é que depois de uns dias com autoestima em baixa e passar por pensamentos derrotistas, hoje me sinto bem melhor e sei que esses momentos são de transição. O legal desses fins e começos de etapas são as mudanças que se observa. É como se você descrevesse uma viagem em detalhes: passei por aqui, vi aquilo ali, mudou aquilo lá... Eu gosto de reparar (enquanto dentro do turbilhão) quem chegou por perto, quem se afastou, o que ficou, o que o vento levou... e o que ele me trouxe.

Eu tenho ouvido muito sobre o “tal” ano 2012. Ouvi que será o fim do mundo; que aparecerão extraterrestres na Terra; que catástrofes climáticas ocorrerão etc. Mas pelo que tenho conversado com pessoas de variadas idades, religiões, regiões, profissões e pelo que eu tenho lido, assistido e pesquisado sobre esse assunto (2012), o que eu acredito é que estamos entrando numa Nova Fase. Se pararmos para reparar na História veremos que já passamos por algumas: Fase do Construir e Fase do Ter. Acredito que as pessoas já construíram tudo o que tinham que construir, já obtiveram tudo que desejavam, só que chegaram num ponto que não se enxergam felizes.
Com prazer, trato este assunto no Blog (e algumas pessoas até “torcem o nariz” pra isso). Esse espaço divulga exatamente a reflexão para se chegar até o equilíbrio em todo sentido. Uma das perguntas que sempre fiz aqui é: Sou feliz?

Acredito que as pessoas no geral estão ficando mais “egoístas” com suas escolhas, preocupadas com a forma que estão vivendo suas vidas relacionado com o tempo correndo; a humanidade está se voltando para o interior, porque se notou um grande vazio no âmago das sociedades. Por um lado, nunca se viu tantos casos de depressões e buscas por terapias e medicinas alternativas com hoje em dia, e por outro lado, também estamos vendo rebeliões das minorias, passeatas, sendo desfeitos longos casamentos, mudanças repentinas e pessoas assumindo outra sexualidade. O que fica claro é que as pessoas estão indo de encontro com elas mesmas, porque o externo já não as satisfazem. E aquela velha história:


Você pode ser rico, ter tudo e ser rodeado de amigos; a questão é: o dinheiro deu-lhe a saúde, seus bens compraram a sua felicidade e os amigos, ao seu lado, são verdadeiros?


Sempre que uma mudança acontece ela trás consigo bagunça, incertezas, dificuldades e deixa no ar aquela sensação de insegurança e medo, mas como a terra que faz de fezes adubo e precisa quebrar os ovos para se ter o omelete, veja sempre o que pode ser aproveitado e nunca pare de caminhar, porque a vida não pára se você parar.
Já passei por tanta coisa que só me fez entender que o tempo cura tudo mesmo, que certas amizades eram sim de estação, que alguns sonhos nunca morrem e que um novo dia adoça qualquer madrugada amarga. Que devemos confiar nas pessoas, mas a gente sempre deve cortar o baralho. Que o responsável pela nossa derrota somos nós mesmos e tentar colocar a culpa nos outros é se enganar a curto prazo. Ninguém consegue com sucesso manipular alguém por muito tempo, cedo ou tarde a verdade aparece e é impossível controlar todos os passos; deslizes acontecem, erros também, e o importante é como lidar com tudo isso.
Reclamar de passado não conserta presente, nem muda futuro. Ter fé e ser otimista é virtude de poucos (e vantagem na vida). Amigo defende, fica, aceita, todo o contrário disso não é amizade. Egoísmo não é viver do nosso jeito, é querer que os outros vivam. Amor próprio é dever, opinião própria é direito, respeito não é negociável e as verdades são relativas; essas são as minhas!


“Se o que é errado ficou certo

As coisas são como elas são
Se a inteligência ficou cega
De tanta informação

Se não faz sentido, discorde comigo

Não é nada demais, são águas passadas
Escolha uma estrada
E não olhe, não olhe pra trás”

(Não Olhe Pra Trás – Capital Inicial / Composição: Alvin L. / Dinho Ouro Preto)



[/ “Quem pensa por si mesmo é livre/ E ser livre é coisa muito séria/ Não se pode fechar os olhos/ Não se pode olhar pra trás/ Sem se aprender alguma coisa pro futuro” (L'Aventura – Legião Urbana)]

sexta-feira, 9 de julho de 2010

AGUENTE! SÓ MAIS UM PASSO...


[/ Mas para que temer... eu tenho fé!]


Tenho passado por momentos terrivelmente turbulentos, quase sendo crises existenciais.
Olho à minha volta e vejo algumas pessoas assim também: tristes, chateadas, pessoas passando por dores psicológicas...
Pode parecer difícil de acreditar para pessoas que nunca viveram momentos de aperto, mas, pra quem vive, é algo físico! Uma decepção aqui, uma infelicidade ali, tudo vai se acumulando, e a gente até tenta não se abater e não se abalar (muito), mas chega uma hora que ficamos por um fio.

Outro dia me peguei com pensamentos tão pra baixo, deixando cair-me tanto, desacreditando de mim mesmo e isso chegou a parecer uma depressão. Driblei aqui, caminhando e praticando corrida; driblei ali, vendo um filme motivador e não dando espaço para pensamentos negativos. A verdade, é que pensamentos ruins aparecem e é sim muito difícil controlá-los. Parece que quando as coisas vão indo bem no trabalho, em casa, na vida pessoal, precisa acontecer algo para nos tirar do eixo e perdermos (e é melhor que seja por um período curto) o equilíbrio.
Para nos mostrar como somos nada e quanto podemos tudo.

Períodos decisivos, que nós nos confrontamos bruscamente, nos desafiamos, nos perguntamos um monte de coisas (e para a grande maioria das perguntas não se obtém resposta alguma), e a gente cai, sofre um bocado por um tempo, acredita ser o fim, mas enfim nos levantamos! É preciso se levantar! Erguer a cabeça, recomeçar de algum modo e evoluir.
Eu não acredito que nunca existirá uma saída que seja para um problema. Nós fomos colocados no universo por um motivo maior, não estamos aqui assim à toa, tampouco acredito que devemos apenas sobreviver e nos agredir. Precisa-se plenitude, viver com coragem e ter resignação. No mundo não foram colocados anjos porque são seres perfeitos e na perfeição não haverá jamais evolução. Os ser humano é imperfeito e errôneo, e, graças à isso nós podemos evoluir; melhorar, recriar, se renascer a partir de cada queda.

Hoje prefiro agradecer Deus por ter nascido impreciso, imperfeito e temente; por eu ter dores e por passar por momentos difíceis, porque através de tudo isso que surgirá minha capacidade de olhar pra mim mesmo e descobrir qual saída encontrar, descobrir uma força dentro de mim capaz de vencer e aprender que a dor me lembrará que se eu a sinto é porque ainda estou vivo. Vivo para sorrir, para amar, para sonhar, para agradecer. Viver sem temer os tombos da vida, saber levantar dignamente, ter bravura, intensidade e amar sempre. Amar sempre. Sem mágoa, nem ódio, nem tristezas... eu agradeço o fato de ser tão limitado, de passar por esses momentos de aperto que só me fazem compreender minha pequenez. Minha pequenez perante à Vida!

Eu vejo casos de pessoas que chegam a perder tudo. Perdem primeiro o equilíbrio, depois os bens, os amigos, a saúde, às vezes perdem até a dignidade, chegando a perder a esperança...

...Mas não perdem a vontade de se manterem vivas. Vão a luta galgando aos poucos, aos pouquinhos, e com um tropeço aqui e um escorar ali vão se reerguendo. Paulatinamente. Através das suas cinzas e das suas lágrimas cansadas redescobrem seus passos, um à frente do outro... Um à frente do outro... Um à frente à outro... Até que um dia, em pé (para poderem ter o direito de cair novamente), reconquistam a dignidade e voltam ao equilíbrio, e aí a água retoma seu curso e acontece algo que se chama superação.

Podemos não ser ou não estar do jeito que nós gostaríamos num momento, mas é nosso dever respeitar o que formos. É dever nos gostar, nos amar, nos dar o direito de superar e nos orgulhar de quem somos!
Como tenho dito: um passo à frente do outro...um passo à frente do outro. Lá trás esquece. Frente! Passado não volta, e no máximo é lição. Mira uma estrela e vá buscá-la pra você, porque o que importa é o presente e nele, por mais que as coisas estejam complicadas e dolorosas, a gente deve se ver e se dizer: sairei dessa!!!


[/ É muito fácil ter fé e acreditar que sou capaz, que sou forte e que posso me superar, quando tudo está tranquilo. No entanto, eu sou provo pra mim mesmo que sou capaz de tudo isso quando ocorre o inverso, a turbulência. De baixo de uma forte tempestade, eu só tenho uma única certeza nas mãos: uma hora o Sol vai dominá-la, isso é fato, mas eu estarei aqui ainda. Então só é preciso resistir!]