
[/Finalmente acabou a pressão, o corre-corre, tudo se concretizou e estou com a sensação de missão cumprida uma vez mais]
Há dois meses atrás comecei pensar em como a campanha do Dia das Crianças deste ano deveria ser. Eu queria algo mágico neste ano, queria mais risada, queria mais brinquedos, mais crianças, mais garra e comprometimento. Quando iríamos, como iríamos, com quem e como poder ultrapassar nossas metas, foram dilemas que, por vezes, tiraram-me o sono.
Só que desta vez eu me senti só, a campanha começara tão singela, tão discreta, que quase ninguém comentou sobre ajudar ou não.
As semanas iam se passando, corrida contra o tempo, o cerco se fechando e nada; parecia mais algo que eu queria realizar do que qualquer outra coisa. Não sentia o calor das pessoas se envolvendo, se aproximando do propósito e isso me angustiava, isso estava acabando comigo. Parar com um sonho? Abandonar a campanha na metade? Tentar sozinho?
Confesso que cheguei a pensar em tentar arcar com tudo mesmo sozinho, mas isso seria quase impossível.
Bem, eu estava tão atolado de trabalhos da faculdade, matérias para estudar por causa da semana de provas, que não consegui me doar como queria neste ideal. Confesso que, também, me deixei entregar um pouco pelo cansaço e quase me conformei com a situação difícil.
Foi então que, faltando poucas semanas para o dia tão aguardado, meus amigos mais próximos começaram a me ajudar neste sonho. Me senti amparado. Me senti suportado, a esperança voltava a abrigar meu peito. Ia dar certo, tinha de dar! Começava a sentir o calor da ideia, os corações batendo no mesmo compasso, na mesma batida e notei que voltávamos a dançarmos juntos. Uma vez mais juntos! Pelo mesmo sonho, pela mesma arrecadação, pelas crianças, por nós mesmos.
E se no fim tudo dá certo, as coisas desta vez não tinham de ser diferentes. Não podiam ser...
Os mais afins começaram a se aglomerar para o centro da pista, os mais distantes começaram a reparar-nos e pouco a pouco senti que iam todos se chegando. Até o momento que todos dançavam! A mesma música! Uma mão carregando a outra, suprindo cada lacuna da pista e eu já podia ouvir o final: as risada da criançada.
Acredito que pulamos de 50 brinquedos para mais de 200, em poucos dias. Bonecas, carrinhos, roupas, jogos e calor humano – o principal, calor humano! -.
Quando chegou o momento tão aguardado, pulei naquela pick-up, meu coração já transbordava, um bololô de emoções me dominou e só me lembro de fazer reverência a Nossa Senhora de Aparecida, pedir proteção a todos e dizer “Mais uma, vamos lá!”.
E fomos! Doamos mais de 200 brinquedos naquela tarde! Vimos mais de 200 sorrisos! Olhos que brilhavam, mães agradecidas, gritos, risada e, se Deus quiser, aquelas crianças crerão que existirá um mundo melhor em algum lugar, por alguns momentos, pela força de um ideal.
Houve, sim, um mundo melhor nos olhos daquelas crianças, naquela tarde, eu vi, e estou tão certo e acredito tanto nisso que vibro. E isso me dá gás, me dá força e me impulsiona a viver até a próxima campanha. Porque ouvir de uma criança de uns 4 anos, durante a campanha: " Mãe mamãe, olha, eu ganhei uma 'muneca'! ", isso NÃO TEM PREÇO! *-*
[/ Eu quero agradecer de coração a todos que me ajudaram. Que Deus dê em dobro cada pedacinho de sonho que reavivaram.
Obrigado mesmo às crianças... obrigado, porque no fim o presente foi todo nosso!]
[/ Eu quero agradecer de coração a todos que me ajudaram. Que Deus dê em dobro cada pedacinho de sonho que reavivaram.
Obrigado mesmo às crianças... obrigado, porque no fim o presente foi todo nosso!]